100 milhões de árvores foram derrubadas no Xingu em seis meses, aponta levantamento

Em apenas seis meses, cerca de 100 milhões de árvores foram desmatadas na Bacia do Xingu, que tem 531.250 km². Segundo a plataforma Rede Xingu +, a derrubada de 70 mil hectares de florestas no Pará e em Mato Grosso foi causada pela pressão da expansão da agropecuária, grilagem de terras (falsificação de documentos), retirada ilegal de madeira e expansão do garimpo.

Só em junho deste ano, 24.541 hectares foram destruídos, sendo que 7 mil estão dentro de áreas protegidas, tais como terras indígenas e unidades de conservação. Os dados são do relatório Sirad X, sistema de monitoramento de desmatamento do Instituto Socioambiental (ISA).

De acordo com o ISA, ribeirinhos e povos indígenas já fizeram denúncias para os órgãos governamentais, mas isso não impediu que as atividades ilegais continuassem na região do Xingu.

No Pará, a Terra Indígena (TI) Ituna Itatá, de um povo indígena isolado, registrou três hectares destruídos em maio deste ano. No mês seguinte, junho, o número saltou para 756 hectares. A região fica próxima a um canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, e o ISA aponta que o desmatamento na área iniciou com a construção da usina. Além disso, o Sirad X indica que a derrubada da floresta do TI é consequência da ação de grilagem.

A Floresta Nacional (Flona) de Altamira, no oeste paraense, teve 800 hectares desmatados em junho, um aumento de 1000% em relação à maio, quando 80 hectares foram destruídos. Segundo o ISA, a área da mata protege os rios Iriri e Xingu, sendo estratégica para a preservação da Bacia do Xingu.

Já na Floresta Estadual do Iriri, vizinha à Flona, foram detectadas 57 quilômetros de estradas usadas para extração e escoamento ilegal de madeira. As informações do Sirad X apontam que isso ocorreu apenas nos últimos dois meses. Além disso, mais de 100 hectares da floresta foram desmatados sem autorização do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), que administra a área.

Ex-prefeito, Tony Fábio, é acusado de ocupar áreas na Floresta do Iriri de forma irregular.

Tanto a Flona e a Floresta do Iriri estão próximas ao município de Novo Progresso, no Pará. Para o ISA, o desmatamento e aumento de garimpos na região é sinal de que a cidade está pressionando as áreas protegidas de seu entorno. Isso porque Novo Progresso possui histórico de conflitos socioambientais, sendo que o ex-prefeito, Tony Fábio, já foi acusado de ocupar áreas na Floresta do Iriri de forma irregular.

Por: http://www.nx1.com.br /Galileu

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