1º trimestre de 2018 deve registrar mais de 950 mm de chuvas na região e maior incidência de raios

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Janeiro registrou média abaixo do esperado, mas chuvas serão mais intensas em fevereiro e, principalmente, em março. Confira dicas para se proteger de raios.

Nos últimos dias os municípios do oeste do Pará estão registrando chuvas recorrentes, seja em menor ou maior intensidade. Para região, neste primeiro trimestre de 2018 o regime pluviométrico pode registrar a marcar de 950 milímetros de chuva.

De acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o mês de janeiro registrou até o dia 26 a marca de 163,4 mm – volume 36% da média esperada para os primeiros 30 dias do ano, que seria 254,2 mm.

Apesar de ser um volume abaixo do esperado, para os meses de fevereiro e março os volumes serão intensificados. Respectivamente, o mês do carnaval pode chegar a marca de 273,5 mm, enquanto o mês seguinte registrará quase o dobro, com 435,8 mm.

Para a meteorologista Gláucia Gomes, o aumento de chuvas está diretamente ligado ao fenômeno conhecido como La Niña, que, oposto ao El Niño, consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, causando mudanças no clima.

“Em dezembro de 2017 os modelos de previsão apontavam para a chance de configuração do episódio La Niña no trimestre janeiro, fevereiro e março de 2018, com chances de ocorrência até abril de 2018. Esse padrão favorece o aumento de chuva em parte da região norte do Brasil. Neste mês de janeiro os modelos indicam que este episódio frio persiste ao longo do pacífico equatorial, provocando anomalias negativas na Temperatura da Superfície do Mar”, explicou.

Com as fortes chuvas e rajadas de ventos, também é recorrente a incidência de descargas elétricas neste período do ano. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), raios ganham maior intensidade primeiro nas regiões sul, sudeste e sudoeste do Pará.

As chuvas são carregadas de nuvens com grande desenvolvimento vertical, conhecidas como Cumulonimbus. “São nuvens muito carregadas eletricamente, que acabam provocando descargas elétricas devido ao diferencial de energia entre a atmosfera e a superfície terrestre. Portanto, é esperada uma grande incidência de raios durante tempestades em nossa região, ocasionados por esse tipo de nuvens”, enfatizou Glaúcia.

Em um ranking de maior densidade de raios, o estado do Pará ocupa a 5ª posição. Cerca de 12,4 raios por quilômetro quadrado caem em território paraense por ano.

Durante os temporais é necessário adotar algumas medidas de seguranças para não evitar tragédias, como as que aconteceram em Óbidos e Monte Alegre, onde duas pessoas morreram após receberem descargas elétricas.

Especialistas dão dicas de como se prevenir:

Evitar falar ao celular;
Evitar áreas descampadas (fazendas, campos de futebol, piscinas, etc.);
Manter-se agachado em posição fetal;
Evitar manter-se na água;
Não buscar abrigo debaixo de árvores;
Nuvens escuras são sinais de que a tempestade será acompanha de raios. Buscar abrigar-se em casas ou imóveis de alvenaria, sempre longe de portas e janelas.
Abrigar-se dentro de carros desligados.

Com o objetivo de alertar a população para se proteger e evitar acidentes causados por raios nesta época, a Semas lançou a campanha “Pará raios”. Por meio de peças divulgadas no site e nas redes sociais, a secretaria aponta cuidados primordiais de proteção à vida, entre eles, buscar abrigo em casas ou prédios de alvenaria, ficar longe de portas e janelas com grade – condutores de eletricidade. “Estamos vivendo um momento crítico com a incidência de raios. Essa campanha é educativa e com medidas simples”, disse o secretário adjunto da Semas, Ronaldo Lima.

Por Geovane Brito, G1 Santarém, Pará

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