75% dos paraenses vivem em condições precárias

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O Pará apresenta uma das piores condições de moradia do País. Isso segundo um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseado na avaliação de residências que possuem serviços de água tratada, esgoto e coleta de lixo, entre outros itens.

No ranking, o Estado ocupa o antepenúltimo lugar entre no Brasil em adequação da moradia para a população, com apenas 24,8% dos domicílios das áreas urbanas adequados à habitação humana. Está muito longe de São Paulo, por exemplo, que é o primeiro colocado no ranking com 93,2% de moradias adequadas. O Pará só não está pior que Rondônia (15,46%) e Amapá (14,84%).

PRIVILEGIADOS

Isso significa que somente 327,2 mil moradias paraenses contam com infraestrutura básica de rede geral de abastecimento de água e de esgoto ou fossa séptica, além de coleta de lixo direta. São os domicílios mais “privilegiados”, que gozam ainda da privacidade de até dois moradores por dormitório.

Ou seja, do total de 1,3 milhão de residências paraenses, quase um milhão enfrenta precariedade de acesso a serviços básicos. Na Região Metropolitana de Belém, 41,7% dos endereços (222,2 mil) têm condição adequada para se viver, mas, entre as 36 regiões metropolitanas do País, a da capital paraense obteve o 32º lugar no ranking.

A primeira posição ficou com a da Baixada Santista, com 91,7%. O último lugar é o do agreste alagoano, com 13,77%. O levantamento mostra que o Brasil tem 47,3 milhões de casas particulares permanentes em áreas urbanas, sendo 13,7 milhões de moradias em condições inadequadas.

O ATLAS DO IBGE

As informações estão na edição 2017 do Atlas Nacional Digital do Brasil, o primeiro em meio digital divulgado pelo IBGE. Os dados do Atlas Digital envolvem todas as pesquisas e atualizações cartográficas, inclusive o Censo 2010, e introduz temáticas sobre cidadania, habitação, sociedade e cidades sustentáveis.

GRANDES CIDADES CONCENTRAM HABITAÇÕES PRECÁRIAS

E se nas grandes cidades estão os maiores percentuais de coleta de lixo e saneamento básico, por exemplo, é também nesses locais em que se concentram grande quantidade de residências com infraestrutura inadequada, problema que é potencializado pelo expressivo número de habitantes que vivem em uma mesma área.

“Em uma área de grande concentração populacional, o impacto sobre o urbano proporcionalmente é muito maior do que naqueles com menor número de habitantes, que estão mais distribuídos no espaço”, explica Maria Lúcia Vilarinhos, geógrafa do instituto. “É um fenômeno estrutural brasileiro presente em todo o território. A cidade, ao atrair população, superlota o seu entorno e gera precariedade, por não se tratar de um crescimento planejado. Essa manifestação não é tão preponderante nos municípios menores”, avalia a pesquisadora do IBGE.

Fonte: Diário do Pará.
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Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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