‘Safári humano’ em Sarajevo: turistas italianos pagavam valor adicional para atirar em crianças

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Lápides do Cemitério Monumento de Potocari na vila de Potocari em Srebrenica, Bósnia e Herzegovina, em 10 de julho de 2018. Foto: Samir Yordamovic / AFP

Segundo o jornal La Repubblica, dinheiro era entregue às milícias sérvias em meio à Guerra da Bósnia, em 1990. Entre os atiradores estavam políticos, empresários e médicos de extrema-direita. Ministério Público de Milão investiga

‘Safári humano’ em Sarajevo: turistas italianos pagavam valor adicional para atirar em crianças

Segundo o jornal La Repubblica, dinheiro era entregue às milícias sérvias em meio à Guerra da Bósnia, em 1990. Entre os atiradores estavam políticos, empresários e médicos de extrema-direita. Ministério Público de Milão investiga

Turistas italianos suspeitos de participar de “safáris humanos” pagavam valor adicional para atirar e matar crianças. Os crimes ocorreram em meio ao cerco de Sarajevo, um dos capítulos mais sangrentos da Guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995, período da dissolução da antiga Iugoslávia (atual Sérvia).

A denúncia é investigada pelo Ministério Público de Milão e foi aberta após uma investigação do repórter e escritor italiano Ezio Gavazzeni, que concedeu uma entrevista ao jornal La Repubblica. Segundo a reportagem, as “excursões” custavam de € 80 mil (cerca de R$ 493 mil) a € 100 mil (R$ 616 mil) por pessoa.

O dinheiro era entregue a intermediários das milícias sérvias. Os suspeitos devem ser julgados por homicídio doloso agravado por crueldade e motivos torpes.

Como funcionava o esquema

De acordo com a denúncia, os turistas italianos voavam até Belgrado, na Sérvia, pela companhia aérea Aviogenex. Depois, seguiam de helicóptero ou por terra até as colinas da capital da Bósnia e Herzegovina, onde recebiam armas e eram posicionados para atirar em civis.

Quem são os suspeitos?

Segundo a reportagem, a maioria dos atiradores era composta por políticos ou simpatizantes da extrema-direita, entre 40 e 50 anos, que tinham paixão por armas e procuravam por formas de adrenalina “sádica”. Eles moravam nas regiões de Lombardia, Piemonte e Triveneto.

Muçulmanos bósnios colocam flores em um caminhão em movimento que transporta caixões das vítimas do massacre de Srebrenica em 1995, do necrotério municipal na cidade Centro-Bósnia de Visoko, em 9 de julho de 2016, antes do enterro coletivo no cemitério Memorial de Potocari, perto da cidade Leste-Bósnia de Srebrenica. Foto: Elvis Barukcic/AFP
Muçulmanos bósnios colocam flores em um caminhão em movimento que transporta caixões das vítimas do massacre de Srebrenica em 1995, do necrotério municipal na cidade Centro-Bósnia de Visoko, em 9 de julho de 2016, antes do enterro coletivo no cemitério Memorial de Potocari, perto da cidade Leste-Bósnia de Srebrenica. Foto: Elvis Barukcic/AFP

Quem será ouvido pelo Ministério Público de Milão?

  • um ex-funcionário da agência de inteligência da Bósnia, que, de acordo com o La Repubblica, já afirmou que o Serviço de Inteligência e Segurança Militar (Sismi) da Itália foi alertado sobre a situação no início de 1994;
  • um oficial da Eslovênia;
  • um bombeiro que depôs no julgamento do ex-presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic. Na ocasião, ele citou os “atiradores turistas” com roupas e armas que destoavam do contexto;
  • os pais de uma bebê de um ano que foi morta no “beco dos atiradores”.

Fonte: Estadão Conteúdo e  Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 14/11/2025/13:21:41

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