Ação da polícia de Alckmin na casa de filho de Lula causa indignação

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Para deputados estaduais e federais, senadores e constitucionalistas, operação da Polícia Civil na casa de Marcos Lula, motivada por denúncia anônima, foi ilegal, imoral e revelou que “país vive Estado de exceção que precisa ser combatido”

Medida abusiva, prática nazista, ato estarrecedor e ação imoral. Estas foram algumas das definições, em tom indignado, de juristas, parlamentares do PT, políticos de outras legendas e profissionais diversos diante do ato da operação de busca e apreensão realizada ontem (10) na casa de um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marcos Lula da Silva, no interior de São Paulo, por suposta acusação de “consumo de drogas e porte de armas”. A operação, conforme confirmaram policiais, foi deflagrada em razão de uma denúncia anônima e nada encontrou na casa de Marcos.

O assunto, assim que foi divulgado, repercutiu amplamente na capital do país e continua provocando indignação. Um grupo de deputados e senadores exige explicações do governo de São Paulo sobre os critérios utilizados pela Polícia Civil para a realização de tal ação, qualificada como “mais do que arbitrária”. A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a operação foi “violência e tem de ser explicada por todas as autoridades envolvidas”.

“O simples fato de nada de ilícito ter sido encontrado na residência mostra que a medida foi abusiva e sem qualquer fundamento real. A perseguição a Lula e sua família não tem limites. O PT está solidário com Lula, com seu filho, nora e netos. O Brasil precisa enfrentar seriamente os repetidos abusos de autoridade”, destacou a parlamentar.

A deputada Maria do Rosário Nunes (PT-RS) disse que o filho do ex-presidente foi usado para atingi-lo, o que é “inadmissível”. Para Paulo Teixeira (PT-SP) o caso é de “abuso de autoridade”. “Estamos num estado de exceção. Fazem com Lula, fazem com os mais pobres e farão com qualquer um”, afirmou.

‘Campanha de ódio’

O líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Alencar Santana Braga, divulgou nota na qual afirma que a bancada de deputados e deputadas estaduais do PT paulista já vinha alertando a população e a militância “sobre a campanha de ódio – alimentada por veículos de imprensa e grupos políticos – contra o ex-presidente Lula, assim como contra seus familiares e contra o Partido dos Trabalhadores”.

“Exigimos esclarecimentos do governador Geraldo Alckmin e de seu secretário de Segurança Pública acerca dos motivos de tal operação, de claro caráter político”, destaca a nota.

Braga também disse que a bancada petista da Assembleia Legislativa quer a identificação do autor da falsa denúncia. “Não podemos permitir que as instituições públicas sejam usadas de forma discricionária e para uso político. Todos perdem com isso, principalmente o Estado Democrático de Direito”, ressaltou.

‘Inconstitucional e imoral’

No meio jurídico, a notícia recebeu duras críticas de juristas renomados, caso do professor de Direito Constitucional Pedro Estevam Serrano. Segundo Serrano, realização de busca e apreensão com base em denúncia anônima é “absolutamente inconstitucional, ilegal e contra jurisprudência turística”.

“A persecução a Lula e sua família é de estarrecer. Pelo que conheço de história, tudo que o sistema de Justiça fez de bom nas últimas décadas não deixará registro significativo. Ficará a imagem de persecução a um líder político relevante e sua família. Se Lula é culpado, seus algozes, com esses abusos, vão inocentando o ex-presidente. Colocando-o como vítima, o que, de fato, tem sido”, ressaltou.

Fonte: redebrasilatual.
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