Acusado de matar Dorothy será julgado em Belém

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Na última segunda-feira (26), uma reunião na Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará decidiu — por unanimidade de votos — transferir para Belém o julgamento de Rayfran das Neves Sales e outras cinco pessoas, denunciadas pelo Ministério Público por suposto envolvimento em três homicídios e em uma tentativa de homicídio, nos municípios de Bujaru e Tomé-Açu.

Rayfran, vulgo “Fogoió”, é acusado também de matar com seis tiros Dorothy Mae Stang, de 73 anos, missionária norte-americana naturalizada brasileira, no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu.

Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJ/PA), o pedido de desaforamento do julgamento foi requerido pelo próprio Rayfran, que alegou a necessidade de transferência em virtude da repercussão do crime e a garantia de sua segurança. A relatora do pedido foi a desembargadora Maria de Nazaré Gouveia dos Santos.

O Juízo da Comarca de Bujaru, assim como o Ministério Público, concordou com o pedido, por razões de segurança do acusado e de todas as pessoas presentes na sessão plenária, em virtude do baixo contingente policial da Comarca de Bujaru, havendo risco de um possível resgate ou represália contra o acusado.

Outros argumentos levados em consideração pela relatora para o deferimento do pedido de transferência foram os fatos de que nenhuma das testemunhas residem em Bujaru, todos os acusados presos se encontram custodiados na Região Metropolitana de Belém, além de que as audiências, na primeira fase do processo, foram realizadas nos fóruns Criminal de Belém e de Ananindeua.

Conforme a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Rayfran, juntamente com Raimundo Fernando Ferreira Monteiro, Charly da Silva Holanda, Osimar Lobato Rodrigues, Luis Carlos do Carmo Lopes e Jamilton dos Santos Souza, são apontados como autores da morte de Evalso Fagundes da Silva, Leandro Kestring de Vargas e Joseane Noronha Santos, e de tentativa de homicídio em que foi vítima Luana de Cassia Castro Silva.

O caso

A denúncia afirma que os acusados, com exceção de Jamilton, se associaram para traficar drogas, cujos fornecedores eram Evalso e Luana de Cássia, e transportadores o casal Leandro e Joseane. O MP também informa, com base nas investigações realizadas, que Rayfran e Charly, no entanto, organizaram todo o crime, chamando Raimundo e Luís Carlos para negociarem diretamente com Evalso e Luana. Osimar seria o responsável pelo aluguel do carro para que os envolvidos se deslocarem em Belém.

Para o MP, o objetivo de Rayfran e Charly era ficar com a droga sem pagá-la. Assim, os acusados executaram Evalso e tentaram matar Luana, em um ramal na altura do km 24 da Alça Viária, em Bujaru, e com o auxílio de Jamilton, que teria sido contratado exclusivamente para a emboscada, assassinaram Leandro e Joseane no Ramal do Areial, em Tomé-Açu. Os crimes ocorreram todos no dia 5 de setembro de 2014. Luana, a sobrevivente, também foi denunciada pelo MP no mesmo processo, por associação para o tráfico de drogas.

Fonte: DOL
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