Advogados dizem que empresária que convidou Ronaldinho negociará com MP antes de se entregar

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Defesa de Dalia López, uma das responsáveis por trazer astro ao Paraguai, afirma que cliente quer garantias para se apresentar à polícia e cogita pagar fiança antecipada (Foto:Reprodução/Martín Fernandez)

A empresária Dalia López, uma das responsáveis por convidar Ronaldinho Gaúcho para ir ao Paraguai na última semana, não se entregou à polícia, como era esperado para a manhã desta segunda-feira. Os advogados de Dalia vieram a público e concederam uma entrevista coletiva, na qual apontaram que a empresária pretende se apresentar, mas apenas depois de negociar garantias.

– Ela vai (se apresentar). Mas antes nós vamos negociar com o Ministério Público – disse Alvaro Arias, um dos advogados.

A defesa de Dalia pretende, ainda, tentar recursos que impeçam que a empresária seja detida. As opções que serão oferecidas ao MP são o pagamento de uma fiança antecipada ou mesmo um acordo para que ela entregue seu passaporte e aceite não sair do país.

ronaldo1Alvaro Arias em entrevista coletiva nesta segunda-feira — Foto: Martín Fernandez

A defesa de Dalia López aponta que o setor de Imigração da polícia nacional do Paraguai é responsável pelos problemas envolvendo Ronaldinho e Assis na entrada no país, na última quinta-feira. Os dois são acusados de usarem documentos falsos – um passaporte e uma carteira de identidade – e estão detidos desde a última sexta.

Os advogados reiteraram que Dalia tem a intenção de cooperar com a investigação desde o começo, e que a ordem de detenção contra a cliente foi publicada de última hora.

– Antes de sair a ordem de detenção da senhora Dalia, eu, pessoalmente, foi falar com os promotores colocando as condições para que Dalia fosse convocada para dar sua versão. Minutos depois saiu a ordem de detenção. No primeiro momento, antes de ser chamada pela Justiça, se colocou à disposição do Ministério Público – afirmou Marcos Estigarribia, outro membro da defesa.

ronaldo3Marcos Estigarrabia também é advogado de Dalia Lopez — Foto: Martín Fernandez

Defesa diz que Dalia apenas aproveitou presença do astro no país

Segundo os advogados da empresária, ele apenas quis aproveitar a visita de Ronaldinho ao país, não tendo sido responsável por fazer o convite e viabilizar a presença do astro. A defesa diz que o brasileiro Wilmondes de Souza Lira é quem tinha a responsabilidade pelo ex-jogador durante sua passagem pelo Paraguai – e, possivelmente, foi quem tocou o processo de emissão dos documentos.

– Ele não cobrou nada da senhora Dalia e de sua fundação. Mas ele também veio para promover um cassino. Não há relação (de Dalia com o cassino). (Wilmondes) Lira era o representante de Ronaldinho. Dalia conhecia a esposa (dele), Paula, que disse que queria abrir uma sociedade anônima. Ali, ela entrou em contato com Lira para aproveitar a presença de Ronaldinho no país – afirmou Alvaro Arias.

Arias ainda indicou que Ronaldinho não tinha nenhuma empresa no Paraguai, embora tivesse um projeto de sociedade com Dalia e Paula, esposa de Wilmondes. O advogado apontou uma versão diferente da defesa de Wilmondes Souza Lira, indicando que o brasileiro foi quem pediu os passaportes para Dalia e que ele, provavelmente, fez o depósito de uma espécie de “caução” de US$ 5 mil (R$ 23,7 mil), protocolo seguido por estrangeiros que pedem cidadania paraguaia.

– Lira pediu a ela (Dalia) que obtivesse os passaportes. Um passaporte tem custo de US$ 100 (R$ 474,90), mas há um depósito de US$ 5 mil como garantia, que se faz de forma legal no banco nacional, em uma conta do departamento de imigração. Deposita em garantia, se concluem os trâmites, e depois se retira pessoalmente. Esse depósito foi feito. Suponho, minha opinião, que foi Lira, que estava representando Ronaldinho no país – pontuou o advogado, lembrando que para ter a cidadania é preciso ter três anos de moradia no Paraguai.

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Por Guilherme Pereira e Martín Fernandez — Assunção

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