Agentes do Ibama trocam tiros com garimpeiros ilegais em Terra Indígena de MT mais devastada do país
Operação combate garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé em MT — Foto: Ibama
Os suspeitos fugiram para a floresta e agentes acreditam que o grupo tem ligação com Comando Vermelho; um fuzil, carregador, munições, telefone celular e um kit de internet starlink foram apreendidos.
Cinco garimpeiros ligados ao Comando Vermelho são procurados neste domingo (28) após trocarem tiros de fuzil com agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante operação na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá. O território é um dos mais devastados do país.
Após o confronto, eles abandonaram um fuzil, carregador, munições, telefone celular e um kit de internet starlink, na quinta-feira (25).
A principal suspeita dos agentes é que o grupo estaria escondido no garimpo do Cururu, dominado pela facção que controla outras regiões de garimpo.
A ação ocorreu no âmbito da Operação Xapiri, deflagrada para combater o garimpo ilegal e efetuar a desintrusão de invasores, em andamento na Terra Indígena Sararé desde 1º de agosto de 2025.
Os agentes foram surpreendidos por disparos de fuzil pelos cinco suspeitos ao se aproximarem da aldeia central da etnia Nambikwara. Eles permaneciam no local para proteger os maquinários usados na extração ilegal de mineral no território.
As equipes reagiram na troca de tiros e o grupo fugiu para a floresta, e seguem sendo procurados.
No dia seguinte ao confronto, os agentes retornaram ao local e encontraram as armas e equipamentos usados pelos suspeitos, que enterraram os materiais na tentativa de encobrir o crime.
O local é chamado pelos suspeitos de Garimpo do 14, segundo os agentes. Há um ano, no mesmo lugar, outra equipe havia entrado em confronto com criminosos, e cinco morreram no local.
A força-tarefa reuniu agentes do Grupo Especial de Fiscalização (GEF) do Ibama e do Grupo Tático 3 (GT3) da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil de Goiás. Eles continuam no local.
Sararé
Com uma área de 67 mil hectares e habitada por grupos indígenas da etnia Nambikwara, a Terra Indígena Sararé está entre as mais afetadas pelo garimpo ilegal no Brasil. O território está localizado em zona sensível na faixa de fronteira do país onde há forte incidência de crimes como o tráfico de drogas e de armas, segundo os agentes.
A estimativa é que aproximadamente dois mil hectares tenham sido devastados pela exploração ilegal de ouro, impulsionada por organizações criminosas armadas que invadiram e atuam dentro da área.
Os agentes suspeitam que há cerca de dois mil garimpeiros e membros de organizações criminosas que atuam dentro do território indígena, o que gera conflitos armados.
Em quase dois meses de operação já foram destruídas na área mais de 160 escavadeiras, centenas de motores e estruturas diversas para suporte logístico das atividades ilegais.
Desde 2023, mais de 460 escavadeiras já foram neutralizadas durante ações de fiscalização em Sararé.
Esse tipo de maquinário é responsável pelos danos ambientais mais graves, especialmente a destruição de milhares de hectares em áreas de preservação permanente e destruição de rios e córregos.
Fonte: Rogério Júnior, g1 MT e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 29/09/2025/16:34:44
O formato de distribuição de notícias do Jornal Folha do Progresso pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, ou pelo canal uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Jornal Folha do Progresso, clique nos links abaixo siga nossas redes sociais:
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Sugestão de pauta enviar no e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com.
Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835– (93) 98117 7649.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com