Alunos perdem aula por falta de ônibus escolar em Santarém.

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A falta de transporte escolar prejudica crianças de algumas comunidade e eixo forte em Santarém, oeste do Pará. Segundo os moradores, há mais de um mês que o serviço deixou de ser prestado em vários pontos da zona urbana e rural. O motivo é a falta combustível para os ônibus.
Na região do Eixo Forte, algumas comunidades como Santa Maria, Pajuçara, Ponte alta e Ramal dos coelhos possuem alunos que precisam se deslocar por muitos quilômetros até a escola. “As crianças estão sofrendo muito com a poeira no ramal aonde a gente mora e o calor acaba sendo desgastantes e o meu filho não tem mais nem vontade de ir para a escola” declara a dona de casa Anne Silva de Sousa.
O veículo escolar que atende a essas comunidades está estacionado dentro da escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na comunidade do Cucurunã. Segundo a pedagoga do educandário, Maira Regiane, não tem combustível não há previsão de quando vai voltar. O problema tem atingido diretamente o rendimento dos alunos em sala de aula e o índice de faltas aumentou
“Isto tem influenciado. Iniciamos o quarto bimestre e nossas salas estão vazias por são mais de 100 crianças que utilizam o transporte escolar e eles não tem como vir para a escola. Alguns chegam aventurando uma carona pela estrada, outros utilizam a carteira de estudante, mas as vezes precisam faltar porque não tem dinheiro para a passagem” , declara a pedagoga.
No Residencial Salvação a ausência dos ônibus escolares também é sentida. De acordo com a dona de casa, Edna dos Santos, que é mãe de quatro filhos, o problema alterou a rotina da família. “Tive que deixar eles com a avó para poder estudarem para não perderem o ano. Nos disseram que os ônibus estavam parados por falta de combustível”, explica Edna.
Para o autônomo Reginaldo dos Santos, pais e alunos passam por um transtorno muito grande e que até mesmo a motivação dos filhos nos estudos tem sido afetada. “As crianças estão reclamando. Tem vezes que estou disponível e posso ir buscar, mas tem dias que estou no trabalho e preciso deixar alguém no meu lugar para pode ir e acaba sendo um sufoco para todo mundo. Às vezes, tenho pena de pais e mães que estão passando por isso”.

Portadores de necessidades especiais

Para as crianças portadoras de necessidades especiais o desafio é ainda maior. Segundo a dona de casa Edineuza Campos, mãe de uma aluna cadeirante que teve paralisia cerebral, a qualidade do transporte vem caindo ao longo dos anos. “Antes o transporte era muito melhor. Eles iam em casa pegavam minha filha e levavam de volta para casa e hoje a dificuldade é muito grande da minha filha vir para a escola e eu preciso trazê-la de pés”.
De acordo com a dona de casa Graziele dos Anjos, as longas distâncias percorridas para ir e buscar a filha todos os dias tem sido um grande sacrifício. “Ela sente dores na perna, ela cai e se torna muito difícil trazer por ser muito longe e a rua não ajuda, os carros não respeitam e em dias de chuva não tem como sair e ela fica em casa”, conclui.

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