Após receber duas crianças vítimas de queimaduras, Metropolitano alerta para os riscos do uso de celular ligado à tomada

Com 7 e 11 anos de idade, as duas crianças deram entrada na unidade após queimaduras por descarga elétrica

Referência no atendimento de queimados no Norte do Brasil, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, iniciou uma série de atividades para conscientizar pacientes e acompanhantes sobre os riscos do uso de celular ligado à tomada.

A iniciativa começou na manhã desta quarta-feira, 28, após a unidade receber duas crianças com queimaduras de 2º e 3º grau devido a descarga elétrica. Os dois estavam brincando com um celular quando receberam o choque. Os aparelhos estavam na tomada carregando a bateria.

Raiza Cunha, de 7 anos, estava em casa quando o acidente aconteceu. “Estava fazendo a comida e ela no celular, quando ouvi um barulho alto. Ao ir na sala percebi que a minha filha estava caída no chão com o rosto queimado”, explicou Rosana Cunha, mãe da menina.

Outra vítima foi o garoto Andriel de Souza, 11 anos. “Meu filho estava usando o smartphone quando recebeu a descarga, após um curto circuito em um poste que fica próximo de casa”, lembrou o pai do menino, Adinilton Lima de Souza.

Com origem do município do Acará, na região nordeste do Pará, ambos pacientes seguem em tratamento no HMUE. Na última terça-feira, 27, Andriel recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva e foi para a enfermaria.

Dados mais atuais da Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos de Eletricidade (Abracopel) apontam que, em 2019, foram registrados 37 acidentes com celulares e 19 mortes. As eventualidades incluem choques e explosões dos aparelhos.

No HMUE, o número de pacientes com queimaduras diversas, incluindo por eletricidade, é de 473 em 2019. No ano passado, a unidade registrou 399, ou seja, uma queda de 15,64% no número de atendimentos de vítimas desse tipo de acidente.

O HMUE é uma unidade do Governo do Pará, sendo administrado pela entidade filantrópica Pró-Saúde. O Metropolitano presta atendimento especializado a pacientes com queimaduras advindos de mais de 140 municípios paraenses.

Prevenção contra acidentes

Durante a roda de conversa, foram apresentados os riscos do uso de celular conectado à tomada. Segundo o coordenador da Tecnologia da Informação do Metropolitano, William Bendelak, é preciso ter atenção ao usar o aparelho celular.

“Um choque, curto-circuito, incêndios ou explosões provocadas por carregadores de celular não é algo tão comum, mas o perigo existe sempre que estamos falando de redes elétricas”, afirmou o profissional.

A dona de casa, Sandra Barros, está no hospital acompanhando o filho que sofreu um acidente de moto. “Lembro de um amigo que recebeu uma descarga enquanto falava ao celular. Nesse dia chovia bastante e o aparelho estava na tomada”, afirmou a doméstica.

 

O Metropolitano preparou uma lista com instruções para evitar acidentes. Confira:

 

•   Desligue o aparelho enquanto ele carrega;

•   Use apenas carregadores originais, pois esses equipamentos são homologados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações);

•   O uso do celular enquanto carrega pode superaquecer o aparelho, podendo gerar explosões;

•   Tire o smartphone da tomada durante chuvas fortes e de grande duração. A condição atmosférica gera descargas elétricas que podem representar riscos à segurança da rede elétrica;

•   Jamais deve-se usar fones de ouvido com celular conectado à tomada;

•   Reparo na instalação elétrica da residência;

•   Nunca abafe o celular no momento do carregamento;

•   Não deixe seu aparelho em locais úmidos;

•   Celular não pode ficar carregando debaixo do travesseiro;

•   Retire o carregador da tomada após encerrado o uso.

Em caso de acidente

 

•   Chame uma ambulância ligando 192;

•   Desligue imediatamente a fonte de energia do local;

•   Afaste a pessoa do aparelho que está causando o choque usando uma madeira.

Por: Jornal Folha do Progresso

Fonte:Comunicacao – HMUE/Com Foto

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