Assassinato brutal de três irmãs choca cidade no interior de SC

Julyane Horbach, de 23 anos, uma das irmãs mortas a golpes de faca em cidade do interior de Santa Catarina (Foto© image/jpeg Julyane Horbach)

Um crime cometido na segunda-feira chocou a população de Cunha Porã, tranquila cidade de 11 mil habitantes no Extremo Oeste de Santa Catarina: três irmãs, com idades entre 12 e 23 anos, foram brutalmente assassinadas a facadas dentro da casa onde a irmã mais velha, Julyane Horbach, vivia com o marido, Gilvane Meyer.

O principal suspeito do triplo assassinato é Jackson Lahr, 24 anos, ex-namorado de uma das irmãs, Rafaela Horbach, 15 anos, com quem ele tinha um filho de dois meses – o bebê estava na casa e foi poupado. A outra irmã era Fabiane Horbach, de 12 anos.

Segundo o delegado Joel Specht, responsável pelas investigações, Lahr foi preso na cidade de São Carlos, a cerca de 30 quilômetros de Cunha Porã. Ele passava por atendimento médico em um hospital da cidade já que, durante o crime, ele também foi atingido por golpes de faca desferidos por Meyer.

As vítimas foram enterradas na terça-feira sob forte protesto e comoção na cidade. Para o delegado, o crime é um dos mais graves da história do município, fundado em 1958 como uma colônia para abrigar imigrantes protestantes de origem alemã. “Para uma cidade como Cunha Porã, o crime é chocante. A população ficou muito consternada com a família”, afirmou.

Página de Julyane Horbach transformada em memorial
Pessoa calma

De acordo com as investigações, Lahr não tinha histórico de violência doméstica, mas já havia ameaçado a ex-namorada – na ocasião, Rafaela chegou a registrar um boletim de ocorrência por ameaça e a pedir proteção policial.

Para familiares, o acusado era uma pessoa calma. “As pessoas que foram ouvidas até o momento, inclusive familiares do Jackson, alegam que ele era um homem simples e calmo. Segundo os parentes, ele não apresentava comportamento violento e sempre trabalhou em lavouras da região”, afirma o delegado.

Em depoimento, Lahr confirma que esfaqueou o marido de Julyane, mas disse não se lembrar do que aconteceu depois disso. Segundo o depoimento, ele não tinha acesso ao filho, não aceitava o fim do relacionamento e não concordava com o pagamento de pensão alimentícia. A arma do crime ainda não foi encontrada pelos policiais.

No dia do crime, Meyer, após receber diversas facadas, se fingiu de morto e rastejou até a casa de um vizinho para pedir socorro. As três irmãs foram encontradas mortas.  O bebê foi encontrado pelos policiais dormindo em um dos quartos da casa.

Lahr será indiciado por triplo feminícidio e uma tentativa de homicídio qualificado. Os laudos periciais deverão ser concluídos nesta sexta-feira. Segundo o delegado, os pais das vítimas deverão ser ouvidos ainda nesta quinta-feira. As buscas pela faca usada no crime continuam.AAnJ9c6.img

Por VEJA.com Rafaela Lara
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