Austrália vence o Peru nos pênaltis e vai à Copa do Mundo do Qatar

image_pdfimage_print

Andrew Redmayne, goleiro da Austrália, durante pênaltis na partida contra o Peru Imagem: Mohammed Dabbous/Reuters

Os apaixonados e persistentes torcedores do Peru cantaram por boa parte do jogo o refrão: “Vamos, peruanos, essa noite temos que ganhar”.

Um clamor popular que tinha a perspectiva de participar da segunda Copa do Mundo consecutiva. E a vaga não veio. A Austrália levou a melhor nos pênaltis e vai disputar o Mundial do Qatar, em novembro.

O jogo em Doha foi de baixo nível técnico, com a persistência do 0 a 0 ao longo de 120 minutos, contando a prorrogação. Mas o desfecho foi melhor para os australianos e para o goleiro Redmayne, personagem do confronto por ter entrado no fim da prorrogação e ter defendido a cobrança decisiva, pegando a batida de Valera. Chamou atenção o comportamento dele no momento das cobranças: fez catimba, provocou e ficava se mexendo sem parar em cima da linha.

A seleção classificada agora entrará no Grupo D, tendo como adversárias França, Dinamarca e Tunísia. A estreia será justamente diante dos franceses, no dia 22 de novembro, no estádio Al Janoub.
A dinâmica do jogo

A Austrália foi a campo com uma proposta bem clara. Um time disciplinado, que marca bem e teve superioridade física em relação ao Peru. Com as linhas compactas, conseguia por vezes marcar pressão e, depois, rapidamente se posicionar em bloco à frente da área, dificultando a criação peruana. Ofensivamente, no entanto, nada muito elaborado.

O primeiro tempo foi de poucas chances para os dois lados. No Peru, muitas dificuldades para fluência do jogo com Cueva e Carrillo, que deveriam ser os mais incisivos. Lapadula recebeu poucas bolas e ficou sumido também. No segundo tempo, o Peru teve ainda mais a bola no pé para tentar alguma coisa. Decisões equivocadas em algumas escapadas mais próximas à área comprometeram as jogadas. Tanto que Carrillo foi o primeiro a ser substituído.

O Peru cometeu muitos erros técnicos individuais, com falhas em passes e domínios. A Austrália no segundo tempo deu algumas estocadas pelas pontas. Um time frio que até poderia ter, sim, marcado o gol, depois de passar a maior parte dos 90 minutos esperando para ver se os peruanos deixariam o jogo mais dinâmico.

A prorrogação

Sem gols ao longo de dois tempos, a definição do classificado à Copa chegou à prorrogação. O primeiro tempo também teve alta dose de monotonia. Mas a segunda etapa ganhou ares de dramaticidade mais intensos. Em três minutos, o Peru teve uma chance com Cueva, que pegou mal dentro da área e mandou para fora, e outra com Flores — o cabeceio após bola alçada explodiu na trave.

Já pensando nos pênaltis, o técnico australiano substituiu o goleiro: saiu o capitão, Mathew Ryan, e entrou Andrew Redmayne.

A disputa de pênaltis

O Peru chegou a ficar em vantagem depois que Gallese defendeu a cobrança de Boyle, já na primeira. Mas Advíncula acertou a trave e isso permitiu a igualdade dos australianos no placar. Todos os batedores em seguida acertaram o alvo, até que Valera, substituto de Cueva durante o jogo, parou em Redmayne.
O melhor do Peru (com a bola rolando) perdeu pênalti

Advíncula foi o jogador que esteve melhor pelo lado do Peru ao longo dos 120 minutos. O lateral-direito teve uma participação muito equilibrada defensivamente e, pelo fator de ser veloz e forte, conseguiu algumas escapadas pela ponta. Algumas tentativas pareciam desesperadas diante da falta de inspiração da seleção, como um todo. Nas cobranças de pênalti, no entanto, ele acertou a trave.
O melhor da Austrália

Aaron Mooy foi o principal jogador da seleção australiana. Ele “carimbou” praticamente todas as bolas na construção de sua equipe, achou passes importantes que desencadearam algumas situações promissoras no ataque. É o grande cérebro do time. De todo modo, a melhor chance australiana saiu dos pés de Behich, depois de uma jogada pela esquerda na qual ganhou dois duelos e bateu rente à trave esquerda de Gallese.

Torcida do Peru dá espetáculo

O jogo em Doha teve ares de Copa do Mundo não só pelo componente decisivo da partida, mas pela presença significativa dos torcedores peruanos. Foram cerca de 10 mil. Parte deles já tinha se unido na véspera para incentiva a seleção na porta do hotel. Durante o jogo, o áudio ambiente foi o bumbo e os demais instrumentos musicais que a torcida do Peru levou consigo. (As informações são do Igor Siqueira Do UOL, em Doha).

Jornal Folha do Progresso em 14/06/2022/

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com

%d blogueiros gostam disto: