Inpa utiliza drone para obter dados para inventários florestais na Amazônia

O estudante de doutorado, Carlos Celes, utiliza o equipamento para obter dados e dinamizar o acompanhamento dos níveis de carbono na floresta

Por Camila Leonel, INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

inpaOs Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant), mais conhecidos como drones (que no inglês significa zangão), são aeronaves que não precisam de pilotos embarcados para ser guiadas e que ficaram mais conhecidas pelo uso para fins militares. Aproveitando as vantagens dos drones, desde julho de 2013, o estudante de doutorado do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Carlos Celes, utiliza o aparelho para obter dados e estimar o nível de carbono da floresta.

A pesquisa de doutorando em Ciências de Florestas Tropicais foi apresentada durante o Seminário Final do Projeto Cadaf (Carbon Dynamics of Amazonian Forest), realizado no auditório da Ciência, de 27 a 29 de abril. Durante a palestra “O uso do quadricóptero drone na obtenção de dados de sensoriamento remoto para o Inventário Florestal Contínuo (IFC)”, Celes, explicou características técnicas sobre o aparelho, além de mostrar como se dá o processo de obtenção de imagens e como as fotos são convertidas em dados. Celes é orientado pelo pesquisador do Inpa Niro Higuchi, coordenador geral do Projeto Cadaf.

O modelo de drone utilizado nas pesquisas é o Md4-1000. O drone tem o corpo feito de fibra de carbono e capacidade para voar cerca de 80 minutos. Entre as vantagens de se utilizar esse equipamento estão o baixo custo de manutenção e operação, além da alta resistência à variação de temperatura (resiste temperaturas de -20°C a 50°C), chuva e poeira. De acordo com Celes o quadricóptero é mais versátil se comparados com os aviões, que são utilizados pra fazer esse tipo de mapeamento.

“O avião precisa de uma infraestrutura muito maior para sua operação. Você precisa de uma pista de decolagem, um piloto, um co-piloto, uma torre de comando; toda essa infraestrutura. Em compensação, o avião consegue fazer a cobertura de uma área muito maior. O drone não consegue fazer essa cobertura tão grande, mas ele apresenta essa vantagem de ser versátil, então se você falar ‘eu preciso voar agora’ em 15 minutos eu faço o plano de voo, a gente coloca o drone onde ele tem que ir e já está voando”, disse Celes.

Durante o voo, uma câmera fotográfica digital é acoplada ao drone para a captura das sequências de imagens que serão sobrepostas para que se façam modelagens em 3 dimensões das áreas sobrevoadas. Outros trabalhos possíveis de se desenvolver são os de clareira, sombra, textura, dendrologia (estudo de plantas lenhosas como árvores e arbustos), fenologia (estudo dos fenômenos periódicos dos seres vivos e relações com o ambiente), dendometria, hidrologia, além de permitir o acompanhamento desses dados.

Além da câmera, é acoplado ao drone um sensor Lidar (Light Detection and Raging), que é uma caixa que emite pulsos a laser infravermelho e tira fotos para controle da área que o laser atinge. Esse laser faz um mapeamento em quatro planos perpendiculares e permite melhor captura de dados.

A pesquisa

O trabalho foi iniciado em julho de 2013 e já foram feitos 150 voos, a maioria na Estação Experimental de Silvicultura Florestal e Reserva Florestal do Inpa (ZF2). Também foram feitos voos na Reserva Adolpho Ducke e em Itacoatiara (município a 176 quilômetros de Manaus). Os voos atingiam um raio de 500 metros.

O objetivo da pesquisa de Celes é “estimar o nível de carbono na floresta e tentar extrapolar esse número para uma área maior”. Ao fazer esse extrapolamento, o objetivo é chegar à dinâmica desse elemento para entender como esse carbono está mudando dentro a floresta com as árvores caindo, morrendo e nascendo.

Fonte: EcoDebate 

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Prefeitos fecham participação na Marcha a Brasília

Na caminhada, os prefeitos carregavam plaquinhas pedindo o aumento de 2% no repasse do Fundo de Participação.

prefeitosA semana foi movimentada em Brasília durante a Marcha dos Prefeitos. No Congresso Nacional, os corredores ficaram lotados e houve até uma procissão com mais de dois mil deles percorrendo todo o espaço da Câmara dos Deputados e do Senado Federal – onde, pelo regimento interno, não pode haver manifestações populares. Mas tudo seguiu pacificamente e a segurança apenas ficou de longe monitorando a movimentação. Na caminhada, os prefeitos carregavam plaquinhas pedindo o aumento de 2% no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. Aliás, essa foi a principal reivindicação da Marcha esse ano.

A Constituição Federal determina que a União deve repassar 22,5% mais 1% da arrecadação com Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o FPM. Pelo menos esse pedido foi reconhecido pela Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, determinou a criação de uma comissão especial para analisar a proposta de emenda à Constituição que aumenta os recursos aos municípios. E a decisão final deve sair até junho, conforme prometeu o presidente.

A PEC 341/13, impõe os 2% reivindicado pelos prefeitos. A PEC 406/09 estabelece um valor mínimo anual de recursos para o FPM e aumenta a parcela municipal na distribuição dos recursos arrecadados com tributos federais e estaduais. As propostas tramitam em conjunto e já foram aprovadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Agora, serão analisadas pela comissão especial, conforme noticiou o site da Câmara Federal. Os gestores paraenses ficaram satisfeitos. “Foi muito proveitoso. Vim pela batalha do aumento no repasse do FPM e volto muito esperançoso”, disse o prefeito de Placas, na Transamazônica, Leonor Hermes.

Apesar do encaminhamento da principal reivindicação, os prefeitos ainda se queixaram de outros problemas. Os do Pará foram atrás da bancada paraense com uma pauta cheia. A Associação dos Municípios das Rodovias Transamazônica, Santarém/Cuiabá e Região Oeste do Pará levou oito itens: a construção de pontes na rodovia 230; retomada do programa Luz para Todos – interrompido pelo governo federal que alegou falta de recursos; Emendas Parlamentares, programa Minha casa minha vida; solicitação de ambulâncias e ambulanchas para as regiões ribeirinhas e até discussão sobre a privatização da BR 163. A Federação das Associações de Municípios do Pará também engrossou a lista de pedidos.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), coordenador da bancada paraense, presidiu todas as reuniões com os prefeitos e na segunda delas recebeu mais uma ampla pauta de reivindicações, dessa vez com a participação de quase todos os parlamentares do Pará. Na área de saúde, os prefeitos querem repasse maior dos recursos do governo federal. O valor é muito inferior em relação aos valores gastos com a merenda escolar, por exemplo onde o cálculo per capita estaria defasado. O transporte escolar também estaria sendo preterido por falta de investimento.

“Em Baião, os alunos do ensino médio estão sem aulas por falta do transporte. Em 2013, não recebemos um tostão do governo para manter o serviço que atende aos estudantes das regiões mais distantes”, desabafou o prefeito da cidade Nilton Lopes de Farias. O derrocamento de Pedral do Lourenço também esteve em pauta. A publicação do edital está marcada para o dia 30 de maio, depois de uma primeira prorrogação. “Esperamos com os adiamentos fiquem por aqui”, cobrou Flexa Ribeiro.

E houve um consenso sobre o tema, tanto que o vice-prefeito de Nova Timboteua, Adeilson Pessoa, defendeu a ideia de chamar os parlamentares e prefeitos de toda a Amazônia Legal para juntos aumentarem a pressão para convencer o governo federal de que é preciso investir nos municípios. “O govervo transfere missões aos estados e municípios, mas não transfere recursos para isso, assim ninguém vai desenvolver”, finalizou defendendo ainda o pacto federativo. Para Flexa Ribeiro a união é fundamental para garantir o crescimento. “O Brasil só ficará grande se os estados estiverem fortalecidos”, encerrou o encontro.
Por: ORMNEWS Thiago Vilarins (Sucursal Brasília)

 

 




Mais de R$ 70 milhões foram desviados de prefeituras baianas, estima PF

70milhoesO total de verbas públicas desviadas de 20 cidades baianas pode ultrapassar os R$ 70 milhões. A informação foi divulgada pela Polícia Federal (PF), durante entrevista coletiva, na qual delegados federais apresentaram um primeiro balanço da Operação 13 de Maio, deflagrada na manhã de hoje (13), com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), da Receita Federal e da Previdência Social.

Mais cedo, a própria PF havia divulgado que os prejuízos aos cofres públicos chegava a pelo menos R$ 30 milhões. Os peritos do órgão chegaram à nova estimativa, de R$ 70 milhões, a partir dos documentos apreendidos hoje. A polícia diz ter encontrado indícios de que as irregularidades vinham sendo praticadas desde 2001, mas o valor já anunciado diz respeito apenas ao período entre 2009 e 2014.

O esquema foi descoberto a partir de uma fiscalização de rotina feita pela CGU, em 2007, na cidade de Fátima, a cerca de 340 quilômetros da capital baiana, Salvador. Em 2009, a CGU notificou a PF dos indícios de irregularidades. A investigação criminal foi iniciada em 2011, quando policiais federais passaram a monitorar os suspeitos de envolvimento com o esquema, acompanhando inclusive a movimentação financeira dos mesmos.

Dezenove pessoas foram presas em caráter temporário. Entre os já detidos, estão dois ex-prefeitos, dois vereadores, dois ex-vereadores, três secretários municipais, quatro funcionários públicos, empresários, pessoas que foram usadas como laranjas e outros suspeitos de participar do esquema.

Outros dez mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal continuam em aberto – entre eles os dos prefeitos de Fátima, José Idelfonso Borges dos Santos, e de Sítio do Quinto, Cleigivaldo Carvalho Santarosa, que não foram encontrados. A Justiça também determinou o cumprimento de 83 mandados de busca e apreensão e determinou o afastamento cautelar de sete pessoas de qualquer função pública.

De acordo com a PF, o grupo usava empresas de fachada e laranjas contratados para a realização de serviços de engenharia, transporte escolar e realização de eventos sociais. Entre outras coisas, o grupo desviava parte do dinheiro que deveria ser pago, a título de gratificações, a professores do ensino fundamental.

Além de Fátima e Sítio do Quinto, foram constatadas irregularidades nos municípios baianos de Heliópolis, Ipecaetá, Aramari, Banzaê, Ribeira do Pombal, Água Fria, Novo Triunfo, Itiruçu, Ourolândia, Santa Brígida, Paripiranga, Itanagra, Quijingue, Sátiro Dias, Coração de Maria, Cícero Dantas, Lamarão e São Francisco do Conde. A maioria dos mandados estão sendo cumpridos em Fátima, onde funcionários da prefeitura confirmaram a prisão do secretário de Finanças, José Roberto Oliveira do Nascimento, e de seu pai, o ex-prefeito Osvaldo Ribeiro Nascimento.
Fonte: EBC

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Mais de 60% dos trabalhadores rurais estão na informalidade

trabalhadoresDos 4 milhões de trabalhadores assalariados rurais no país, 60% – cerca de 2,4 milhões – atuam na informalidade e com salários menores que os formais. O número foi divulgado hoje (13) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2012.

O levantamento foi apresentado no Seminário Nacional sobre Assalariamento Rural. Para o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (Contag), Elias D’Angelo, a informalidade no setor rural é um problema grave e precisa ser enfrentada.

“São mais de 2 milhões de trabalhadores na informalidade no Brasil. Só no Nordeste, são 1 milhão nessa situação. Precisamos olhar o problema para que ele seja enfrentado porque muitos trabalhadores ficam sem os direitos trabalhistas”, disse D’Angelo.

Além da perda de garantias trabalhistas, os baixos salários são preocupantes. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, 78,5% dos trabalhadores assalariados rurais informais têm rendimento médio mensal de até um salário mínimo (R$ 622,00 à época da pesquisa), sendo que quase metade desse total, 33,9%, recebe menos de um salário.

Sem amparo legal, os trabalhadores em situação informal não têm direitos trabalhistas e previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, férias, descanso semanal remunerado, 13º salário, hora extra, licença-maternidade e paternidade, aviso-prévio, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e seguro-desemprego. A informalidade também aumenta o risco de o trabalhador ser exposto a situações de trabalho escravo.

Fonte: Agência Brasil




Soldados da borracha serão recompensados por trabalho na 2ª Guerra

borrachaEm sessão solene do Congresso Nacional foi promulgada nesta quarta-feira (14) a Emenda Constitucional 78/2014, que estabelece o pagamento de uma indenização única de R$ 25 mil aos chamados soldados da borracha. O valor pode ser recebido também pelos dependentes. Pela Constituição, eles já têm o direito a uma pensão vitalícia de dois salários mínimos, equivalentes a R$ 1.448,00.

A emenda vai beneficiar os seringueiros – a maioria nordestinos – que na década de 1940 deixaram suas cidades para extrair látex na Amazônia. A borracha tinha como destino os Estados Unidos, onde era usada em equipamentos utilizados pelos aliados durante a 2ª Guerra Mundial.

Para o senador Aníbal Diniz (PT-AC), relator da matéria no Senado, a aprovação da medida, após 12 anos de debates,  faz justiça “a heróis nacionais”. Apesar da norma que prevê o pagamento da indenização em prazo de até um ano após a promulgação, Diniz espera um entendimento com o Ministério do Planejamento para que o benefício seja pago este ano.

A deputada Perpétua Almeida (PcdoB-AC), filha de um ex-soldado da borracha, discursou no mesmo sentido, lembrando que muitos beneficiados estão com mais de 90 anos. Para ela, é preciso concentrar esforços para que o pagamento saia o quanto antes.

“Essas pessoas dedicaram uma vida não apenas no esforço de guerra, mas também à conservação e à preservação do maior patrimônio do povo brasileiro, que é a Floresta Amazônica”, destacou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

Em audiência realizada no ano passado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, os seringueiros relataram as condições difíceis enfrentadas por eles nas florestas, no esforço de guerra, e disseram que foram submetidos a regime de trabalho classificado de semiescravidão.

Eles contaram que, durante a 2ª Guerra, foram recrutados para os seringais cerca de 55 mil trabalhadores, principalmente de estados nordestinos. Segundo os depoimentos, continuam vivos 5.879, mas os benefícios especiais pagos beneficiam 12.272 pessoas, incluindo 6.393 pensionistas.




Amazônia: convênio possibilita que efeito estufa seja medido

Parceria foi assinada com o BID e tem previsão de término para 2027.

amazoniaO ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, e a representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Daniela Carrera Marquis, assinaram hoje (14) um convênio que garante um investimento de US$ 2,3 milhões para o Programa Amazon Face, projeto que avaliará os efeitos do aumento de gás carbônico sobre o ecossistema da Floresta Amazônica.

Segundo Carlos Afonso Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, o convênio é importante porque fornece uma fonte estável de recursos para tirar a pesquisa do papel.

“Um experimento desses é muito caro. É uma ciência de categoria internacional que vai fazer pesquisas na Amazônia, então é muito importante ter um financiamento, estável, robusto. Esse acordo com o BID institui o primeiro nível de financiamento para os primeiros dois anos de projeto”, disse o secretário.

Nobre disse ainda que o experimento é essencial para avaliar a resposta da floresta ao efeito estufa. “Temos de pelo menos tentar entender se há limites, se a floresta vai responder muito ou pouco [ao aumento do gás carbônico na atmosfera]. Enquanto não soubermos disso, não há certeza para fazer projeções”, declarou.

De acordo com o professor assistente David Montenegro Lapola, do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o projeto Amazon Face um sistema de torres distribuídas em forma de círculo aspergirá um ar com concentração elevada de gás carbônico em determinadas regiões da floresta. Em seguida, os cientistas verificarão a reação das plantas, desde as folhas mais altas às raízes mais profundas.

Ainda segundo Lapola, o projeto é um experimento de longo prazo, com previsão de término em 2027. No total, o projeto pretende monitorar oito regiões da floresta, quatro delas com elevada concentração de gás carbônico e quatro com os níveis atuais.

“Estamos começando a primeira fase agora, com uma caracterização para experimentar as primeiras medidas. Se tudo correr certo, implementamos os dois anéis mais para o fim do ano que vem. Daí começa o experimento piloto, para gente aprender a parte de logística e de infraestrutura. Dando certo, acrescentamos mais três pares de torres”, explicou o professor assistente.

Por: Agência Brasil

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Fandango Dia das Mães(10/05) – CTG – Querência Amada

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Antaq libera terminal da Hidrovias

antaqA Hidrovias do Brasil recebeu autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para erguer seu primeiro terminal portuário no país. O empreendimento ficará no município de Barcarena, no Pará, e faz parte de um investimento total de R$ 1,3 bilhão da empresa no sistema logístico da região (o que inclui mais dois terminais e barcaças). Mas a companhia pode expandir sua atuação além do inicialmente planejado.

Bruno Serapião, presidente da Hidrovias do Brasil, diz que já tem a parte do capital próprio necessária para todo o programa de investimentos estabelecido originalmente. Esse montante responderá por até 40% do investimento previsto. O restante virá por meio de dívidas, a serem estruturadas pelo Banco do Brasil, contratado para cuidar da operação financeira.

O terminal que a companhia começa a erguer agora deve ficar pronto para operar durante a safra de 2016. O plano é receber cargas do Centro-Oeste, principalmente por rodovias. Ao chegarem a um terminal de Miritituba, no Pará (onde já há um terreno comprado, mas ainda sem a autorização necessária), as cargas dos caminhões são colocadas em barcaças. Depois, são encaminhadas até o terminal final de Vila do Conde, de onde são exportadas.

O plano é que as cargas dos clientes viagem em direção ao Norte, invertendo hoje o caminho feito pela produção agrícola do país. Atualmente, a maioria dos grãos produzidos vai por rodovias e ferrovias até os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

O projeto terá capacidade para 4,4 milhões de toneladas ao ano, respondendo por cerca de 30% da demanda logística dos grãos calculada pela empresa. O objetivo é a movimentação e armazenagem de granel sólido (grãos vegetais, farelo e fertilizantes). A Hidrovias quer receber as cargas a partir de 2016 e diz já ter memorandos de entendimentos para transportar cargas para clientes.

O plano todo considera a duplicação da BR-163 até o Pará, trecho que o governo federal pretende conceder à iniciativa privada ainda neste ano. Na mesma região, também tem interesse o grupo Odebrecht. A companhia arrematou um trecho da BR-163, no Estado do Mato Grosso, e agora se prepara para aproveitar melhor o potencial logístico para escoamento de cargas pelo Norte do país, num plano semelhante ao da Hidrovias. Serapião evita comentar o interesse do grupo Odebrecht na mesma área de atuação. Afirma apenas que vai continuar a fazer os investimentos já previstos, conforme os planos.

Serapião diz ainda que a empresa pode buscar novas oportunidades de crescimento na região Norte e aumentar os investimentos a serem feito em relação ao que era previsto. Uma dessas possibilidades é disputar terminais portuários a serem licitados pelo governo federal na região.

Dos três terminais planejados pela Hidrovias, somente o terminal de uso privativo em Vila do Conde já tem autorização da Antaq. Outro, que na verdade é um terminal de transbordo de carga, fica em Miritituba. Haverá uma terceira unidade em Marabá. Mas nessa região, a empresa ainda aguarda investimentos do governo para retirar um pedral abaixo do rio.

O investimento foi alvo da abertura de uma licitação, há menos de dois meses, pela presidente Dilma Rousseff. Ela anunciou a licitação do derrocamento do Pedral do Lourenço, para possibilitar o funcionamento da Hidrovia Araguaia-Tocantins. O pedral é uma extensão de 43 quilômetros de rochas, próximos de Itupiranga, no sudeste do Pará, que impedem a navegação nos períodos de seca, o que inviabiliza a hidrovia.

A Hidrovias Brasil é controlada pelo P2 Brasil, uma associação do Pátria Investimentos e da Promon Engenharia.

Por: Fábio Pupo
Fonte: Valor Econômico

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