Bandidos se passam por médicos para aplicar golpes em famílias de pacientes internados no Pará

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Quadrilhas, inclusive de fora do estado, entram em contato com parentes de pessoas internadas para cobrar por procedimentos ou vantagens inexistentes e ilegais.

A polícia do Pará alerta para a atuação de quadrilhas de bandidos que se aproveitam do desespero de famílias de pacientes internados em hospitais de Belém para praticar crimes – é o chamado “golpe do hospital”.
O golpe funciona da seguinte forma: os criminosos abordam os familiares de algum paciente oferecendo vantagens, ou alegando que o doente precisa de algum cuidado urgente que só pode ser realizado caso a família repasse dinheiro para a quadrilha. Não raro os bandidos tem acesso a dados do paciente, e usam estas informações para convencer as vítimas.
De acordo com o governo do estado, já foram registradas dez denúncias de crimes com essas características na Divisão de Investigações e Operações Especiais da Polícia Civil (Dioe) nos primeiros meses de 2017. Segundo a polícia, ações como estas são enquadradas no crime de estelionato, que prevê pena de 1 a 5 anos de prisão.

“Este tipo de criminoso se aproveita do momento delicado que a pessoa passa, cita nomes e a urgência de algum procedimento. Na agonia, os parentes acabam fazendo o pagamento e só depois se dão conta de que foram enganados”, disse o delegado Neyvaldo Silva, diretor da Dioe.
Foi o que ocorreu com um senhor que pediu para ter a identidade preservada, cuja cunhada está internada no hospital Jean Bitar com problemas na vesícula. O golpista se passando por médico entrou em contato e disse que ela precisava fazer exames complementares, já que o hospital suspeitava que ela tivesse câncer no sangue.

“Ele falou que o hospital não teria o equipamento necessário para a realização e por isso teria um custo. Pediu R$ 1.500 que deveria ser depositado em conta bancária. Desconfiado, imediatamente fui até a direção hospital pedir mais informações e descobri que tudo não passava de um golpe”, disse.
Este não foi o único caso identificado pela administração do hospital Jean Bitar. “Até onde sabemos, foram três famílias vítimas dos estelionatários e infelizmente uma delas chegou a depositar dinheiro em conta bancária. As outras duas desconfiaram das cobranças e procuraram a unidade hospitalar para esclarecer a situação”, afirma o administrador hospitalar Giovani Merenda.

O que fazer

A orientação da polícia é que as famílias procurem imediatamente a polícia caso sejam abordadas com este tipo de proposta, já que os procedimentos realizados nos hospitais públicos do estado são vinculados ao SUS e, portanto, gratuitos. “Só assim conseguiremos identificar se a informação partiu de pessoas de dentro ou de fora do hospital, prender os envolvidos e coibir esse e outros tipos de golpes contra os usuários do SUS”, disse o delegado Neyvaldo.
Até mesmo familiares de pacientes internados na rede particular devem suspeitar deste tipo de contato. “Se houver alguma abordagem ou pedido de valores para a realização de atendimento ou exames complementares a pessoa tem que desconfiar sempre”, explica Neyvaldo.
As ligações podem ser feitas até mesmo de fora do estado, e utilizam dados bancários de laranjas para intermediar o depósito do dinheiro exigido pela quadrilha. Segundo a polícia, uma quadrilha do Mato Grosso que aplicava golpes no Pará já foi presa por conta deste tipo de crime.

Outros casos
Os golpes não se restringem a hospitais: há pouco mais de um mês, a Fundação Hemopa, que abastece os hospitais do estado com sangue, tomou conhecimento de um golpista que usava o nome do hemocentro para entrar em contato com instituições privadas e pedir patrocínio. O golpe foi evitado porque o gestor da empresa entrou em contato com o Hemopa para checar a situação.

Em 2016, a família de um paciente internado na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) também foi alvo dos golpistas quando um homem se passou por médico para cobrar por um procedimento. O caso foi descoberto quando os parentes do paciente conversaram com a enfermeira chefe do setor de internamento. No mesmo ano o golpe foi aplicado em quatro famílias de pessoas internadas no Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas, sudeste do estado.
Protesto perimetral, alunos da escola de aplicação fecharam desde 9h30. 200 estudantes pedindo segurança e sinalização em frente a escola. Condução escolar recentemente, estudante atropelada no último sábado.

Fonte: G1 PA.
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