Barcarena vive pesadelo há cinco meses após naufrágio

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Foto: Tarso Sarraf/O Liberal-“Infelizmente, não temos previsão e respostas concretas de quando vamos chegar ao fim desse grave sinistro ambiental. Judicialmente, quais serão os próximos passos, já que nenhum prazo foi cumprido? O que pedimos é que, quando for iniciada a retirada da embarcação do fundo do rio, todos os órgãos ambientais envolvidos estejam organizados, e com planejamento para acompanhamento, a fim de se mitigar e controlar ao máximo os possíveis danos ambientais durante e depois dessa grande operação”. A afirmação é da engenheira química e consultora ambiental Paula Petrusca. Ela se refere ao naufrágio do navio de bandeira libanesa Haidar, que, transportando cinco mil bois, afundou, em outubro do ano passado, no porto de Vila do Conde, em Barcarena.

Ela, que também é perita do Instituto de Avaliação e Engenharia do Pará (IAPEP), acrescentou que, passados aproximadamente cinco meses desde o acidente, ainda não há nenhuma previsão de quando será realizada a retirada do navio das águas e qual será o destino adequado dos 3.900 bois que ainda se encontram dentro da embarcação. Conforme Paula Petrusca, “a morosidade e a falta de ações concretas perante esse caso revelou a vulnerabilidade do maior porto da região, onde são movimentadas as cargas mais importantes do Estado. Os problemas começaram desde o primeiro instante do acidente e vêm se arrastando ao longo desses cinco meses”. “Uns dizem que o porto não tinha Plano de Atendimento à Emergência, outros que o plano não foi acionado corretamente. O fato é que não existiu plano de emergência e o plano de contingência não foi bem executado, visto que 300 bois escaparam da barreira de contenção. Outra falha grave foi o destino dado aos bois que foram parar nas praias, covas sem qualquer proteção, além do procedimento de retirada desses bois, feito através de máquinas raspando a areia da praia”, completou.

Ainda segundo ela, existem procedimentos legais para descontaminação de praias que não foram cumpridos. “A grande quantidade de óleo combustível que vazou durante a operação de retirada de óleo dos tanques também não foi controlada e reparada.
Por Orm News
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