BR-163 entra no 2º dia de bloqueio- Manifestantes bloqueiam rodovia em protesto contra UCs

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Com maquinas destruídas pelos Agentes Ambientais do IBAMA , manifestantes do distrito de “Vila Isol” bloquearam a rodovia na manhã desta quarta-feira(05)”.

Moradores do Distrito de Vila Isol no município de Novo progresso bloquearam na manhã de hoje (05) a rodovia federal BR-163 (Cuiabá-Santarém), nas proximidades do distrito distante 85 quilômetros da cidade de Novo Progresso sentido Mato Grosso.

Rodovia bloqueada com maquinas destruídas pelo IBAMA
Rodovia bloqueada com maquinas destruídas pelo IBAMA

Os manifestantes protestam contra o veto de o presidente Michel Temer, às Medidas Provisórias 756 e 758, de 2016, que alterava os limites de áreas de conservação da Floresta Nacional do Jamanxim, nos municípios de Novo Progresso, Itaituba e Trairão. Eles querem que o governo cumpra com a promessa e envie um Projeto de Leia [Prometido] para terem garantias que as áreas por eles reivindicadas sejam liberadas para produção.

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*Temer Veta MPps que reduziriam áreas de preservação ambiental

O bloqueio da rodovia neste trecho é em conformidade ao movimento liderado pelos produtores rurais da região que articulam o fechamento  de 24 horas em cada localidade chegando até o km 30 próximo de Miritituba no sábado (08).

Veja programação

Quarta-feira (05)- Vila isol

Quinta-feira (06) – Novo Progresso

Sexta-feira –(07) Moraes de Almeida

Sábado (08) Trairão no distrito de Caracol

Por último no entroncamento entre Itaituba e Santarém. “Haverá uma rotação no bloqueio nestes pontos até ocorrer envio do projeto de lei ao Congresso Nacional”, divulgaram para imprensa os lideres do movimento.

O Jornal Liberal na edição desta terça-feira(04) divulgou dados sobre as UCs;

A Flona Jamanxim atualmente mede 1,3 milhão de hectares. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) o projeto que foi vetado pelo presidente diminuiria sua área para 814.682 hectares. Nas áreas excluídas da Flona, a proposta cria a Área de Proteção Ambiental com uma área de 486.438 hectares – ou seja, 37% da floresta virariam uma APA, que é menos protegida.

O veto do presidente Michel Temer ao projeto de lei seguiu uma recomendação do Ministério do Meio Ambiente, que considerou as alterações propostas danosas à floresta nacional. Diversos órgãos ambientais e especialistas que estudam o desmatamento também se posicionaram de forma contrária as mudanças.

Já lideranças em Novo Progresso, por exemplo, reclamam que a alteração deve prejudicar o projeto da construção da ferrovia, que liga Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (que será feita por grandes empresas do agronegócio). Um dos líderes do manifesto aponta que, “devido a passagem da Ferrogrão foi ‘barganhada’ uma área do parque por uma área produtiva do município” o que pode resultar na “falência do principal setor que movimenta o comércio”. Ficarão apenas 3,9% das áreas do município para produção agrícola. Ou seja, mais de 230 mil hectares de terras produtivas vão virar área de preservação ambiental e não existe projeto para beneficiar os agricultores e a cidade.

A medida altera os limites do Parque Nacional do Parque Nacional do Jamanxim e cria a Área de Proteção Ambiental Rio Branco para ser construída a ferrovia, chamada de Ferrogrão, que será construída paralela a BR-163, começando em Sinop (MT) e indo até Miritituba, e será construída por grandes empresas no agronegócio.

Temer vetou mudança feita pela Câmara que aumentou em 100 mil hectares a transformação em APA no Parque Nacional do Jamanxim, que não estava na proposta original. As principais diferenças de uma Flona para uma APA são que a floresta nacional permite apenas a presença de populações tradicionais, sendo que as áreas particulares incluídas no seu limite devem ser desapropriadas. A APA admite maior grau de ocupação humana e a existência de área privada.

Da Redação Jornal Folha do Progressobr mil

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