Brasil faz sua maior operação militar entre Roraima e o Amapá em meio a cerco de Trump à Venezuela

 Militares da Marinha em uma das etapas da Operação Atlas | Foto: Luis Carbo/Ministério da Defesa 

As Forças Armadas mobilizaram mais de 10 mil militares para a Operação Atlas 2025, em Roraima e no Amapá, próximo à fronteira com a Venezuela e Guiana. É a maior mobilização de tropas brasileiras da história.

O treinamento, que ocorre de 3 a 9 de outubro, visa reforçar a atuação na Amazônia, região estratégica para o país.

A operação começou em junho, com a fase de deslocamento de tropas para o extremo Norte do país. A segunda etapa começou em agosto, com uma simulação em Manaus (AM). Agora é a fase principal em Boa Vista, com envio de tropas e equipamentos para a capital de Roraima.

O treinamento envolve militares de todo o país, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, sob a coordenação do Ministério da Defesa.

Só o Exército vai enviar 105 organizações, 434 viaturas, 40 blindados e 9 helicópteros. A Marinha mobilizou o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico.

Maior navio de guerra da América Latina, ele atracou em Belém (PA) na última quinta-feira (25), para apoiar a Operação Atlas e a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30). Ele levou 1.100 militares e 435 toneladas de armamentos, munições, mísseis, veículos blindados, viaturas leves e outros equipamentos militares.

Venezuela faz novos exercícios militares

Planejada há meses, a fase final da Operação Atlas coincide com o aumento da presença militar dos EUA na Venezuela, sob pretexto de combater o tráfico de drogas. Os norte-americanos posicionaram uma flotilha armada no Caribe e tem atacado pequenos barcos.

No sábado (27) a Venezuela fez novos exercícios militares e uma simulação para atender emergências, em meio ao temor de uma eventual invasão dos EUA. A mobilização se soma a outros movimentos de tropas, e a jornadas de alistamento de civis na reserva militar, que receberam treinamento em quartéis e nas comunidades populares.

O governo de Nicolás Maduro denuncia como uma “ameaça” a presença militar americana no sul do Caribe, onde o governo do presidente Donald Trump enviou oito navios de guerra e um submarino de propulsão nuclear como parte de um plano para combater o tráfico de drogas.

Washington garante que, nas últimas semanas, destruiu ao menos três embarcações supostamente carregadas com drogas provenientes da Venezuela com um saldo de 14 mortos, uma ação descrita como “execução extrajudicial” por especialistas das Nações Unidas (ONU).

Além disso, segundo fontes citadas na sexta-feira pelo canal americano NBC, “responsáveis militares dos Estados Unidos estão elaborando opções para atacar os traficantes de drogas dentro da Venezuela”.

Maduro disse que tem um decreto pronto para declarar um estado de exceção, um “instrumento constitucional” que tem em suas mãos “para o caso de a pátria ser agredida militarmente”.

Seu chanceler Yván Gil disse que se reuniu com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O mais alto funcionário das Nações Unidas “afirmou que considera injustificada e inaceitável a ameaça militar dos Estados Unidos no Caribe, uma ação que viola a Carta da ONU e coloca em risco a estabilidade e a soberania de toda a região”, escreveu Gil no Telegram.

Refúgios e protocolos de evacuação

A simulação do último sábado foi planejada para enfrentar desde terremotos e tsunamis até um conflito bélico, segundo um documento oficial. Cerca de 400 centros de treinamento foram habilitados.

Os primeiros exercícios da manhã se concentraram em atender emergências sísmicas, depois que o país registrou esta semana uma série de tremores, entre eles dois com magnitudes 6,2 e 6,3.

Funcionários da Defesa Civil compareceram a escolas para dar palestras sobre os protocolos em caso de terremotos.

O objetivo, estimou Richard Carpio, um funcionário público de 57 anos, é que, “diante de qualquer evento que possa ocorrer no país, […] todo o mundo saiba o que precisa fazer”. “Somos um país de paz, não queremos nenhum tipo de guerra, nenhum tipo de intervenção”, disse ele à AFP.

O plano do governo para um conflito bélico contempla a preparação de refúgios e protocolos de evacuação. Além disso, a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (FANB) divulgou imagens de exercícios militares em estados com litoral no Mar do Caribe.

Sofisticados mísseis antiaéreos Pechora, de fabricação russa, foram enviados para Cabo de San Román, na península de Paraguaná (noroeste), a cerca de 27 km de Aruba. Os militares dispararam canhões em direção ao mar e desembarcaram veículos anfíbios de um fragata que foram transferidos para terra.

Ademais, os militares concluíram exercícios de ocupação de zonas costeiras em Isla de Patos, ponto fronteiriço com Trinidad e Tobago, com helicópteros e paraquedistas.

No estado de Sucre (nordeste), realizaram uma operação antidrogas que resultou na prisão de 30 pessoas. A FANB também publicou nas redes imagens de exercícios de militares nos quais faziam disparos de artilharia e fuzis.

A prefeita de Caracas, Carmen Meléndez, indicou mais cedo que “corpos combatentes” civis compareceram ao forte militar Tiuna para “aprender a usar todas as armas”. “Se tivermos que passar para a luta armada, estejamos preparados”, frisou.

 

Fonte:  O TEMPO /AFP  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 30/09/2025/09:34:56

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