Brasil gerou em julho apenas 11,7 mil vagas formais

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É menos da metade dos empregos com carteira criados em junho

O Brasil criou 11.796 vagas formais de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho. O resultado representa uma queda de 71,5% na comparação com o total de vagas geradas em julho do ano passado e confirma o pior desempenho para o mês desde julho de 1999, quando foram geradas 8.057 vagas.

No acumulado de janeiro a julho, foram criados 632.224 empregos formais. Isso significa uma queda de 30,3% na comparação com os sete primeiros meses do ano passado, quando foram abertos 907.214 postos de trabalho com carteira assinada. Esse também é o pior resultado para o acumulado dos sete primeiros meses do ano desde 2009 (566.934 vagas).

O Ministério do Trabalho informou que, em julho, houve 1.746.797 contratações e 1.735.001 demissões. Dentre os oito setores de atividade, sete expandiram o nível de emprego em julho. Em termos absolutos, os principais setores responsáveis pelo desempenho positivo foram: serviços (+11.894 postos), agricultura (+9.953), construção civil (+3.013) e administração pública (+1.201). A indústria de transformação foi o setor que registrou declínio no nível de emprego, com 15.392 demissões líquidas no mês.

O recuo do emprego na indústria de transformação ocorreu devido ao desempenho negativo em nove dos 12 ramos analisados. Os segmentos industriais que mostraram as maiores perdas foram: indústria de material de transportes; de metalúrgica; de material elétrico e comunicação; e de borracha.

Na quarta-feira, o GLOBO antecipou que, com a economia estagnada, o Brasil havia criado pouco mais de 10 mil empregos com carteira assinada em julho. Isso representa menos da metade dos empregos criados em junho, quando o mercado formal registrou 25,3 mil novos postos de trabalho.

No mês passado, o mercado de trabalho foi fortemente afetado pelo fechamento de vagas e demissões na indústria. Para técnicos do governo, a desaceleração do mercado de trabalho — que começou em março — atingiu em julho “o fundo do poço”. Em agosto e setembro, a expectativa é que o ritmo dos cortes seja reduzido, para atender as encomendas do fim de ano.

Em setembro, o Ministério do Trabalho deve revisar mais uma vez para baixo a meta de geração de empregos, que está em 1 milhão para este ano.

Fonte: ORMNews.

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