Cabral é transferido para Bangu e grupo comemora com espumantes

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Segundo as investigações, Cabral recebia “mesada” das construtoras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) foi transferido na noite desta quinta-feira (17) para o Complexo Prisional de Gericinó, em Bangu, reservada para detentos com curso superior. Antes de ser levado para o presídio, ele passou por exames no Instituto Médico-Legal (IML). Ao chegar à penitenciária, um grupo com aproximadamente 30 manifestantes o aguardava com fogos de artifício e espumantes para comemorar a detenção.

A prisão de Cabral ocorreu por volta das 6h, quando a Polícia Federal (PF) cumpriu ordem judicial decorrente da Operação Calicute, que é um desdobramento da Lava Jato. Antes de ser levado ao complexo prisional, ele ficou por volta de 11 horas na sede regional da PF no Rio de Janeiro.

O peemedebista foi preso um dia depois de outro ex-governador do Estado ter sido detido pela PF. Anthony Garotinho (PR), que governou o Rio entre 1999 e 2002, foi preso na última quarta-feira (16). Após ser preso, ele chegou a ser hospitalizado após se sentir mal, mas também deverá ser levado para Bangu nas próximas horas.
Operação Calicute

De acordo com as investigações, Cabral teria recebido propina de construtoras ao longo de seus dois mandatos à frente do governo do Rio, de 2007 a 2014. As informações são da PF, da Receita Federal e do Ministério Público Federal (MPF). A força-tarefa assegura que o peemedebista comandava um esquema de corrupção que exigia pagamentos das empresas por vantagens indevidas, além de cometer os crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e em obras realizadas no Estado com recursos oriundos do governo federal.

O MPF acrescenta que o ex-governador recebia “mesada” no valor de R$ 350 mil por parte da Andrade Gutierrez e R$ 200 mil da Carioca Engenharia. No segundo mandato, o montante mensal teria aumentado para R$ 500 mil, de acordo com as investigações.

As diligências contra Cabral tiveram início em julho, depois que executivos da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia prestaram depoimentos em razão de acordos de delação premiada. A força-tarefa está concentrada na investigação de irregularidades em três empreendimentos, orçados em mais de R$ 1 bilhão: a reforma e adaptação do Estádio do Maracanã para a Copa do mundo de 2014; o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Favelas; e o Arco Metropolitano. O grupo responsável pela Operação Lava Jato investigou a contratação da Andrade Gutierrez para executar uma obra de terraplanagem no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).

* Com informações da Agência Brasil

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