Cacique é morto em conflito por área de garimpo e tem corpo incendiado em aldeia no Pará

Cacique é morto em conflito entre famílias e tem corpo incendiado em aldeia em Cumaru do Norte, no Pará. — Foto: Reprodução

PF disse que investiga uma briga entre famílias indígenas na aldeia Gorotire, em Cumaru do Norte, que deixou outros dois indígenas feridos.

A Polícia Federal confirmou nesta segunda (10) abertura de inquérito para investigar a morte de um cacique indígena em Cumaru do Norte, sudeste do Pará. A vítima teve o corpo incendiado, segundo testemunhas.

Outros dois indígenas ficaram feridos em uma briga entre duas famílias na aldeia Gorotire, localizada na Terra Indígena Kayapó, zona rural da cidade. A PF não revelou detalhes sobre a ocorrência para não atrapalhar as investigações.

A Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) no sul do Pará informou que o cacique Bemoti Kayapó morreu após uma briga com o cacique Betire Kayapó. A briga gerou um tiroteio. Um dos indígenas feridos foi internado em estado grave no Hospital Regional de Redenção.

Ainda segundo a coordenação, o conflito começou depois que o cacique Bemoti Kayapó passou com um barco do tipo voadeira por cima da cabeça do cacique Betire e a briga teria sido motivada pela exploração de garimpo na aldeia em uma área de disputa entre as famílias. Após o incidente, Betire quis se vingar e teria iniciado o conflito armado.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confirmou a entrada de um dos indígenas no Hospital Regional Araguaia, em Redenção, no dia 6 de maio. A secretaria disse que não divulga quadro clínico sem autorização de familiares.

O corpo do cacique Bemoti Kayapó foi enterrado em meio a um clima de tensão na aldeia. Integrantes das famílias envolvidas na briga tiveram que ser afastados. Parentes dos indígenas que ficaram feridos foram levados para Redenção.

A Funai disse que está intermediando o conflito entre as famílias e acompanhando o tratamento de saúde dos feridos.

A coordenação regional Kayapó no sul pediu que as polícias Civil e Federal acompanhem de perto a situação, que é considerada grave. A Polícia Civil também disse que investiga o caso.

Por G1 PA — Belém

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