Calor faz venda de ventiladores ter aumento de 30% .

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Foto: Paula Sampaio/ Arquivo O Liberal-As vendas de ventiladores subiram cerca de 30% e as de aparelhos de ar-condicionado 15% desde o início de abril, nas lojas de Belém, na esteira da onda de calor que se seguiu ao período mais intenso de chuvas do inverno amazônico. Mas a necessidade de driblar a quentura traz consigo outro problema: a população precisa encontrar formas de economizar nas despesas com energia elétrica. A opção da funcionária pública Celeste Correa, de 30 anos, foi sair à procura de um aparelho de ar-condicionado mais econômico. Ontem, ela foi com o marido e o filho ao comércio, atrás de um ar que substitua o aparelho que tem em casa. “O outro é 220 e consome muita energia”, explicou.

Na luta para fugir do calor sem gastar muito, outras medidas já vinham sendo adotadas pela família. “Eu deixo as janelas de casa abertas o dia inteiro, pra circular vento e a gente bebe bastante água. Além disso, deixo tudo fora da tomada e só ligo o ventilador ou o ar condicionado quando entro naquele ambiente”, listou Celeste.

É a gerente de uma loja pertencente a uma rede de móveis e eletrodomésticos, Alice Cabral, quem confirma a subida no faturamento. “Aumentou bastante. Ainda mais que a gente tem promoção de ventilador uma vez por mês, com até 50% de desconto. A procura é enorme. Para nós, esse ano foi ainda melhor que no ano passado”, contabilizou. No local, o ventilador é vendido por preços que variam de R$ 49,90 a R$ 333,00, enquanto o ar-condicionado pode custar de R$ 1.199,00 a R$ 1.799,00.

Luis Eduardo dos Santos de Melo, estudante de 29 anos, conta que tem três ventiladores em casa. Ontem, ele estava atrás de mais dois ou três. “Os de casa não estão mais dando conta. O tempo está quente demais. Em qualquer espaço da casa tem que ter um”, afirmou. Mas ele admite que também procura tomar algumas medidas para não extrapolar na conta de energia. “Quando a gente sai de um lugar, desliga o aparelho. E o ar-condicionado, só ligamos à noite”, revelou.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (Corecon/PA), Nélio Bordalo, ensina que na hora da aquisição de um ventilador ou aparelho de ar-condicionado, é importante observar o selo do Inmetro. Os que tem a letra A são os que costumam consumir menos energia. Segundo ele, os preços na loja são praticamente os mesmos entre os produtos que consomem mais ou menos energia. “É mais uma questão de atenção do consumidor na hora de comprar”, completou.

Outra medida a ser adotada, de acordo com o economista, é manter o ar-condicionado no modo automático, regulado a uma temperatura entre 20º e 21ºC, fazendo com que o compressor dispare e não puxe muita energia. “Os ventiladores mais antigos também têm consumo mais alto. Os mais modernos não”, observou.

O economista enfatizou que os equipamentos não devem ficar ligados quando o ambiente onde eles estão instalados estiver vazio. “A pessoa deve desligar quando sair daquele espaço. É importante voltar a fazer o uso racional”, disse ele. Para completar, Nélio chamou a atenção para a necessidade de nunca esquecer da manutenção do aparelho de ar-condicionado. “Uma dica é fazer a limpeza completa do aparelho pelo menos uma vez por ano e, a cada três meses, fazer a limpeza do filtro. Assim o equipamento vai ter um rendimento melhor e consumir menos energia”, concluiu.
Por O Liberal -ORM
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