Campanha “Março Lilás” alerta para a adesão ao exame preventivo

Foto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará

“Também queremos levar informações e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção e controle do câncer uterino, assim como alertar para os sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar atendimento na rede de atenção à Saúde no SUS”, complementa a coordenadora estadual de Atenção à Oncologia, Patrícia Martins.

Secretarias de Saúde dos 144 municípios paraenses já estão convocadas a mobilizar mulheres adultas para a adesão ao exame preventivo a fim de detectar, o quanto antes, lesões que podem se transformar em câncer de colo de útero. Essa orientação é o mote da campanha “Março Lilás por todo o Pará”, que a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) lançou para atuar no combate a principal causa de morte por câncer de mulheres no Pará.

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Foto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará

O secretário de Saúde do Estado, Alberto Beltrame, solicita a colaboração de todas as secretarias de saúde dos municípios para que mobilizem mulheres a não deixar de fazer o exame. Feito o procedimento, insistir para que a usuária não deixe de buscar o resultado e de retornar ao seu médico, para a indicação de possíveis tratamentos.

“Isso tem que virar rotina e a Sespa quer provocar isso, associando orientação, informação, colaboração do governo estadual e também o apoio da população”, afirmou, durante solenidade de abertura da campanha, ocorrida na segunda-feira (11), em Belém, no auditório do Instituto da Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev), na presença do presidente do Assembleia Legislativa do Pará, deputado estadual Daniel Santos, e dos deputados estaduais Wanderlan Quaresma, Nilse Pinheiro e Toni Cunha Sá, além da médica ginecologista Valéria Pontes.

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Foto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará

Durante todo o mês de março a Sespa orienta que as Secretarias Municipais intensifiquem uma rotina que inclua a busca ativa de mulheres de 25 a 64 anos de idade para a realização do exame preventivo do câncer do colo do útero (PCCU) nas unidades de saúde; estímulo à vacinação contra HPV e a realização de mutirões de procedimentos de diagnóstico e tratamento de lesões precursoras do câncer do colo uterino, por meio de consultas especializadas, colposcopia, biópsia e exérese de zona de transformação do colo do útero (EZT).

Para Alberto Beltrame, é essencial que os agentes comunitários de saúde façam a busca ativa das mulheres que nunca fizeram o exame ou estão há três anos sem fazê-lo, o que pode desencadear a ampliação da oferta do PCCU e a melhoria na qualidade do exame citopatológico. “Também queremos levar informações e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção e controle do câncer uterino, assim como alertar para os sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar atendimento na rede de atenção à Saúde no SUS”, complementa a coordenadora estadual de Atenção à Oncologia, Patrícia Martins.

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Foto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará

Ainda segundo ela, o Pará tem a meta de realizar cerca de 250 mil exames preventivos do câncer do colo do útero já em 2019. A ideia é alcançar 40% do indicador de saúde 11, que é a razão de exames citopatológicos do colo de útero em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos – em 2018, mais de 100 mil exames deixaram de ser realizados.

Segundo Patrícia, a campanha se justifica porque, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a região Norte se destaca no cenário nacional por ser a única onde o câncer uterino é o mais incidente e é a maior causa de morte por câncer entre as mulheres, superando o câncer de mama, que é o maior do país. “A estimativa, conforme o Inca, é que haja 860 novos casos de câncer do colo uterino em 2019, no Pará”, acrescentou.

Para se ter uma ideia da situação, dados coletados de 2009 a 2016 nas Unidades de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Ophir Loyola (HOL), Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) e Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB),  apontam que o câncer do colo do útero foi o mais prevalente no Pará, com 2.537 casos, seguido do câncer de mama, com 2.206 casos. No que se refere aos óbitos por câncer cervical, o Estado vem registrando queda desde 2016, quando foram registrados 350 óbitos. Em 2017, esse número caiu para 346 e, em 2018, para 321.

Após o lançamento, a Sespa fará outros momentos alusivos ao “Março Lilás”, como o que ocorrerá no próximo sábado (16), durante mobilização que acontecerá na praça Olavo Bilac, no bairro da Terra Firme. As pessoas terão acesso à avaliação de saúde e rastreamento de fatores de risco; além de práticas de Educação em Saúde; serviços de saúde bucal com palestras educativas e escovação supervisionada; consultas médicas; verificação de pressão arterial e teste de glicemia; aplicação de vacinas tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), difteria e tétano, febre amarela e HPV; avaliação e orientação nutricional; testes rápidos de sífilis, HIV e hepatite; prevenção de queda na terceira idade; orientação sobre aleitamento materno; distribuição de carteira de saúde para os adolescentes e orientação sobre combate ao tabagismo.

Já no dia 21 de março, no auditório do HOL, será realizado o Seminário Técnico sobre Detecção Precoce, Diagnósticos e Tratamento do Controle do Câncer do Colo do Útero para 150 profissionais de saúde e áreas afins dos municípios, Centros Regionais de Saúde e outras instituições.

Nessa área de capacitação, também haverá, de 25 a 29 de março, um curso de atualização no Controle do Câncer de Mama, Colo de Útero e Coleta de Papanicolau, promovido pela Escola Técnica do SUS (ETSUS), em parceria com a Uremia, para 20 enfermeiros da Região Metropolitana de Belém (RMB).

A Campanha Março Lilás será encerrada com uma grande caminhada, no dia 31 de março, no Parque do Utinga, em parceria com a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).

Fonte:Agência Pará.

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