Candidatos denunciam possíveis fraudes em concurso

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As provas da primeira etapa do Concurso para Delegados da Polícia Civil (PC) podem ter terminado no domingo, mas as denúncias e polêmicas sobre possíveis fraudes em sua realização, não.
Em um dos grupos no Facebook que reúnem vários candidatos do certame, um deles foi o primeiro a reclamar da existência de envelopes que guardavam as provas e que estavam corrompidos. Diz o candidato:
“No colégio onde fiz prova, Souza Franco, na sala 03, vários candidatos perceberam e reclamaram do envelope das provas objetivas (período da manhã), pois o envelope estava visivelmente corrompido por algo que parecia ter sido um estilete. Havia um corte milimétrico e fino na parte debaixo do envelope. Os candidatos tentaram filmar, mas sofreram ameaça de serem desclassificados caso pegassem em seus telefones que já estavam nos sacos pláticos embalados e guardados”, desabafa.
Após a primeira denúncia, várias outras pessoas também comentaram sobre possíveis problemas em outros locais. Outro candidato comentou “na minha sala estava o envelope violado com um rasgo de 10cm, registramos em ata. Escola Augusto Meira, sala 04. Outro caso semelhante teria ocorrido na escola Deodoro de Mendonça, sala 11, em que o envelope também estaria rasgado, conforme relatado por outro internauta.
Diante do caso, uma denúncia já teria sido feita ao Ministério Público do Pará, em que uma candidata reivindica providências diante das possíveis fraudes. Veja o documento:
Concursados querem anular certame
Um grupo de concursados da Polícia Civil do Pará – para o cargo de delegado – foi até o Ministério Público do Estado (MPE) para protocolar uma representação contra a organizadora do concurso Funcab para que o certame seja anulado.
Pelo menos 100 concursados já relataram situações consideradas estranhas e inadequadas. Até agora, só em Belém, pelo menos em seis salas de escolas diferentes os envelopes de provas estavam com cortes limpos (não era rasgos). As escolas são: colégio Augusto Meira, sala 4; colégio Justo Chermont, sala 16; colégio NPI, bloco1, sala 15; escola Visconde de Souza Franco, sala 3; escola Lauro Sodré, sala 14; e escola Deodoro de Mendonça, sala 11.
Segundo os candidatos eles não poderiam tirar fotos sob pena de serem desclassificados, entretanto alguns ainda se arriscaram e fizeram imagens com telefones celulares.
Em todas as salas os eventos foram registrados em ata. Alguns candidatos registraram ocorrência na Delegacia bem como outros fizeram denúncia ao MP.
Respostas
Em nota, a Polícia Civil informou que atéo momento não foi procurada para formalizar denúncias a esse respeito. Além disso, diz a nota que até o momento não há nenhuma previsão de que haja investigação para apurar esses fatos, mas a instituição está à disposição para esclarecer quaisquer situações desse sentido.
A PC afirmou ainda que no domingo durante o certame as provas foram realizadas dentro da normalidade sem qualquer problema detectado com relação à tentativa de fraude. Ressaltamos que foi aplicado no concurso de domingo o mesmo rigor na fiscalização realizada no concurso para cargos de investigador, escrivão e papiloscopista no último dia 11, quando duas pessoas chegaram a ser presas por tentativa de fraude.
O mesmo rigor foi aplicado durante o concurso da Polícia Militar do Estado realizado em 31 de julho, quando ao todo, 20 pessoas foram presas por tentativa de fraude, finliza a nota.
A reportagem do DOL também entrou em contato com o Ministério Público do Estado do Pará para saber se de fato já houve denúncia sobre as possíveis irregularidades e o que poderá ocorrer após a análise do caso.
Fraudes viraram triste rotina
Em julho, antes mesmo da prova do concurso público para a Polícia Militar do Pará, uma polêmica surgiu: pelas redes sociais, pessoas ofereceram um suposto esquema para fraudar o certame.
As publicações circularam através das redes sociais e grupos de WhatsApp. Em um grupo do Facebook voltado para candidatos do concurso, um homem ofereceu um convite para quem estava “afim de passar no concurso”.
Na época, a Polícia Militar e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) – responsável pela realização da seleção – desmentiram qualquer tipo de vazamento do gabarito.
Em setembro, a Polícia prendeu contra seis suspeitas de envolvimento no caso. As ordens de prisão foram emitidas pela operação denominada “Cascata” realizada pela Polícia Civil, em Abaetetuba, região nordeste do Pará.

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(Enderson Oliveira e Bernadeth Lameira/DOL)

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