Carlinhos Cachoeira é preso por agentes da Polícia Federal no Rio

image_pdfimage_print

O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na manhã desta quinta-feira (28) em um hotel da Avenida Atlântica, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Agentes da Polícia Federal deixaram o local por volta das 8h50. Cachoeira cumpria prisão domiciliar desde o dia 11 de junho, quando deixou o complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Nesta quarta-feira (27), a 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal (TRF-2) determinou de Carlinhos Cachoeira, do dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, e outros três réus da Operação Saqueador voltem para a cadeia em prisão preventiva.
A operação prendeu suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos. A decisão do tribunal foi unânime, com três desembargadores votando pela volta dos suspeitos à prisão.
Como a decisão, o tribunal restabelece a decisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que determinava o cumprimento da prisão preventiva em regime fechado.
Durante a sessão, o presidente do tribunal, o desembargador Paulo Espírito Santo disse que “o país não suporta mais a corrupção, a impunidade, e não botar na cadeia os mais ricos”. Antes, o relator do caso, Abel Gomes, já tinha votado pela volta da prisão dos suspeitos. O último desembargador a se pronunciar, André Fontes, acompanhou o voto dos dois colegas.
No dia 11 de junho, Cavendish, Cachoeira e os empresários Adir Assad, Cláudio Abreu e Marcelo Abbud, presos na operação, deixaram o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, com uma decisão do STJ.
Alegações
Na sessão, a defesa de Cavendish alegou que ele precisaria ficar em casa com as filhas gêmeas de seis anos, já que ele é o único responsável pelas meninas desde a morte da mãe em um acidente aéreo.
Já o Ministério Público defendeu a volta dos envolvidos para o presídio sob alegação de que se isso não ocorrer, eles poderão fugir do país e colocar em risco todo o processo. O órgão lembrou ainda que, segundo levantamento da PF, Cavendish viajou 15 vezes para o exterior – e só levou as filhas em quatro ocasiões.
Foram analisadas três possibilidades, a partir dos pedidos de habeas corpus: os presos voltarem para o presídio, como defende o MP; permanecerem em prisão domiciliar; e o pedido da defesa, de suspensão da prisao preventiva com liberdade para morar e trabalhar onde quiserem.
Imediatamente após a sessão, o advogado de Cachoeira, Cleber Lopes, disse que vai recorrer da decisão ao STJ. A Sétima Vara Federal ainda não havia sido notificada da decisão até as 17h35.
Devido à falta de tornozeleiras eletrônicas no estado, os réus cumpriram prisão domiciliar sendo monitorados por agentes da Polícia Federal (PF) após terem deixado o presídio no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reveja a decisão.
G1

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: