Casal oficializa matrimônio em presídio do Pará

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 Com três filhos, só agora eles decidiram oficializar a união e trocar as alianças.

Uma cena incomum de selo de amor de um casal chamou a atenção no Centro de Recuperação Penintenciária do Pará II (CRPP II). O local é onde o noivo Rafael Maia, de 34 anos, está custodiado. Para a cerimônia, um espaço improvisado e bem decorado foi escolhido para celebrar a união do casal. Com o clássico vestido branco, maquiagem, cabelo escovado e o tradicional véu de noiva, Brenda Cunha, de 24 anos, realizou, nesta quinta-feira (18), o sonho de dizer “sim”.

Juntos há mais de oito anos e com três filhos, só agora eles decidiram oficializar a união e trocar as alianças. “Nos conhecemos através das redes sociais, quando ainda estava fora do presídio. Infelizmente nos separamos porque eu cometi um erro e vim parar aqui no presídio, mas eu já estou pagando pelo crime que cometi, sou uma pessoa renovada e por isso decidimos que essa era a hora certa de realmente consagrar a nossa família. Estou no momento mais feliz da minha vida”, disse o detento Rafael Maia.

A noiva conta que organizou todos os detalhes da cerimônia. “As nossas famílias não moram aqui, a minha está em Macapá e a dele no Rio de Janeiro, então eu tive que cuidar de tudo sozinha e com a ajuda também dos amigos. Comprei o vestido, fiz cabelo e maquiagem e hoje eu estou aqui para realizar meu maior sonho. Sempre sonhei com o meu casamento. Estou muito nervosa, mas muito feliz por estar aqui. Não é fácil a situação em que a gente se encontra, mas nos apoiamos e vamos superar tudo isso”, destacou Brenda Cunha.

O pastor Elias Nascimento já realiza esse tipo de cerimônia dentro dos presídios há mais de 12 anos. Para ele, essa é uma maneira de contribuir para que os detentos também possam ter um momento especial como esse e sintam que estão voltando ao convívio em sociedade.

“Nós da igreja somos a família deles aqui dentro do cárcere, então damos todo o apoio a eles em momentos como esse, para que tudo saia como planejado e como se o casamento estivesse sendo realizado fora do presídio. Há muito preconceito envolvido em uma história como essa, muitas pessoas condenam, mas o nosso papel é apoiar esta celebração, pois sabemos o quanto isso contribui com o processo de ressocialização dos detentos”, avaliou o pastor.

“Quando o preso decide casar ele avisa a direção da casa penal; caso ele precise de algum tipo de documentação, como a identidade ou CPF, nós damos o apoio para que esse documento seja retirado e a oficialização do casamento possa ser feita. Desde o ano passado temos percebido um sensível aumento no número de uniões”, explicou Lilian Valdez, da Coordenadoria de Assistência Social (CAS) da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe).

Fonte: ORMNews.
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