Casos de conjuntivite preocupam paraenses

Você talvez esteja com conjuntivite ou mesmo conhece alguém que está, não é mesmo? Desde as últimas semanas, o número de casos de pessoas que estão sofrendo com o problema cresceu na Região Metropolitana de Belém. Há relatos de casos também no interior do Estado.

“Na minha casa, eu, meu filho e meu marido pegamos conjuntivite no início de junho. Dois tios também sofreram com o problema. Foi uma fase péssima, sentíamos ardência, irritação e tivemos que nos isolar para não transmitir para outras pessoas”, disse a abaetetubense Fátima Pantoja.  Ela conta que na casa da sogra, em Abaetetuba, nordeste paraense, outras cinco pessoas também tiveram conjuntivite.

Diante de tantos casos, é fundamental compreender de fato o que é a inflamação, de que modo tratá-la e, principalmente, evitá-la.

Segundo a médica Cristina Coimbra, oftalmologista da Unidade Bettina Ferro de Souza, do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA), a conjuntivite é qualquer doença que irrite a conjuntiva, membrana transparente que cobre toda a região branca do olho e a superfície interna das pálpebras.

Há alguns tipos da doença, como a tóxica (causada pelo contato direto com algum produto ou resíduo de poluição); a alérgica (que surge em pessoas que já possuem maior propensão à alergias ou que já possuem alguma, como rinite, por exemplo) e a infecciosa, a mais comum, em geral causada por vírus e bactérias transmissível entre as pessoas.

De acordo com Cristina, não há tratamento em caso de conjuntivite viral. “O que se pode fazer é ajudar a diminuir o desconforto do paciente, utilizando compressa de água gelada e colírio lubrificante. O ciclo do vírus dura de sete a dez dias, então o que resta é aguardar e melhorar o conforto”, explica.

Caso a irritação permaneça por mais de sete dias, é necessário se consultar novamente com um médico. “É raro, mas em alguns casos a inflamação pode ficar mais graves e causar cicatrizes no tecido ocular, na córnea”, explicou a médica. Nesses casos, pode ser que o paciente precise tomar anti-inflamatórios.

O jornalista Ronald Damasceno está de repouso, em casa, tratando a conjuntivite. “Começou com um incômodo em um dos olhos. Depois de uns dias, piorou muito e tive a sensação de que havia uma pedrinha no olho. Fui ao médico e recebi o diagnóstico. Agora, estou usando dois colírios e um anti-inflamatório”, conta.

Durante o “tratamento” para o paciente com conjuntivite, alguns produtos devem ser evitados, como receitas caseiras envolvendo suco de limão e água boricada, já que o ácido bórico, presente na substância, pode causar outros danos aos olhos, que já estão fragilizados, explicou a médica.

Como evitar?

As principais formas de evitar o contágio por vírus passam por cuidados de higiene. Lavar as mãos e evitar contato direto com alguém que está com a doença é algo fundamental.

Já para o enfermo, é importante deixar separado e lavar bem seus objetos pessoais ligados à alimentação, como talheres, pratos e copos, bem como fronha de travesseiro, toalha e colcha de cama. Além disso, ainda que seja difícil, o paciente deve evitar coçar os olhos tanto para não irritá-los mais como também de “espalhar” os vírus, prolongando assim a cadeia de contágio.

Surto

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), a conjuntivite não é doença de notificação obrigatória. E, já que o número de casos não é contabilizado, não é possível dizer se há um surto em Belém.

A Sesma ressaltou que os casos de conjuntivite são comuns no verão e são controlados com hábitos de higiene, como lavagem das mãos e do rosto frequentemente, meticulosa limpeza e manipulação de qualquer objeto que pode entrar em contato com o olho ou secreções respiratórias e evitar ambientes com aglomerações de pessoas. “Em casos confirmados, os pacientes não devem compartilhar qualquer utensílio e pertences pessoais com o restante da família. A secretaria orienta as pessoas que apresentarem sintomas (vermelhidão nos olhos, coceira e  lacrimejamento dos olhos com ou sem secreção) devem procurar assistência médica para tratamento adequado e evitar automedicação”.

Fonte: DOL.
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