Desmatamento na Amazônia cresce e ascende alerta para fiscalização

(Foto:Reprodução) – O desmatamento na Amazônia aumentou em 18% entre agosto de 2024 e março de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram derrubados 229 mil hectares de floresta, área maior do que Palmas, a capital do Tocantins, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (25) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

O desmatamento no período chuvoso, como o mês de março, é um alerta para o reforço das ações de fiscalização e preparo para a estação seca, conforme explica a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.

“É um alerta para que as ações de fiscalização nas áreas críticas sejam intensificadas antes que inicie o período seco na Amazônia, o chamado verão amazônico, quando as áreas desmatadas costumam ser maiores”, diz. A pesquisadora avalia que medidas eficazes na de combate ao desmatamento podem garantir o fechamento do período, em agosto, com queda. “Temos ainda quatro meses para reverter esse aumento”, afirma. O verão amazônico, período de seca, tem início em julho.

Apesar do aumento, essa devastação é quase 60% menor do que a registrada entre agosto de 2020 e março de 2021, quando o Imazon registrou o recorde de desmatamento desde o início das análises, com mais de meio milhão de hectares de floresta derrubada.

Os períodos seguintes, entre agosto de 2021 e março de 2022; e agosto de 2022 e março de 2023; ficam, respectivamente, em segundo e terceiro lugar no recorde de desmatamento da Amazônia. O Imazon realiza o monitoramento do bioma amazônico desde 2008.

A Amazônia foi o bioma mais afetado pelo fogo em 2024 – (Foto:Arquivo/Reprodução)
A Amazônia foi o bioma mais afetado pelo fogo em 2024 – (Foto:Arquivo/Reprodução)

A análise indica que 79% do desmatamento no período esteve concentrado em áreas privadas, como fazendas. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos (16%), unidades de conservação (5%) e terras indígenas, com apenas 1% da área desmatada.

A unidade de conservação mais devastada no período foi a Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, que fica no Pará, entre os municípios de Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso e Trairão. Bastante impactada pelo garimpo, a APA teve uma área desmatada equivalente a 700 campos de futebol.
Mato Grosso lidera no desmatamento

Em março, três estados concentraram 80% do desmatamento registrado na Amazônia. O Mato Grosso lidera a lista dos maiores desmatadores da região naquele mês, com 6,5 mil hectares de floresta derrubada, o que representa 39% da devastação do bioma.

O Amazonas ficou em segundo lugar, com 3,9 mil hectares (23%); e o Pará em terceiro, com 2,9 mil hectares km².

No mês de janeiro, o Mato Grosso também foi o maior responsável pela devastação do bioma, com 45% da devastação no período. Em fevereiro, Roraima ficou em primeiro lugar e o Mato Grosso, em segundo.
Outro lado

Em nota enviada ao Brasil de Fato, o governo afirmou que “os dados oficiais para monitoramento dos alertas de desmatamento em tempo real e da degradação florestal são fornecidos pelo sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com eles, de agosto de 2024 a março de 2025, houve queda de 9,7% nas áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia em relação ao período de agosto de 2023 a março de 2024”.

“Considerando o mesmo intervalo temporal, conforme estimativa do Deter/Inpe, a degradação florestal aumentou 154% na Amazônia devido aos incêndios florestais, intensificados pelo segundo ano consecutivo de seca extrema no bioma. O quadro, portanto, não decorreu do aumento na exploração ilegal de madeira”, prossegue a nota.

Por fim, o governo afirma que “por outro lado, de dezembro de 2024 a março de 2025, o Deter/Inpe identificou redução de 69% na degradação florestal da Amazônia na comparação ao período de dezembro de 2023 a março de 2024. Essa diminuição expressiva comprova que a escalada anterior resultou, sobretudo, dos incêndios atípicos ocorridos de agosto e novembro de 2024”.

Fonte:Por Carolina Bataier – Brasil de Fato /Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 27/04/2025/06:30:51

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Regra boa, resultado ruim?

(Imagem ilustrativa/Reprodução) – Sim, isso é bem possível, diz estudo de um professor do Insper. Se o monitoramento não for bem feito, uma lei pode ter efeito contrário ao desejado

Uma lei pode provocar efeitos opostos àqueles esperados? Infelizmente, a resposta parece ser sim, conforme indica um estudo de Bruno Varella Miranda, professor assistente do Insper, e Gustavo Magalhães de Oliveira, pesquisador na Universidade de Bonn, na Alemanha. O caso estudado pela dupla foi a implementação dos TACs (termos de ajustamento de conduta) em uma amostra de cidades brasileiras na região amazônica entre os anos de 2006 e 2017.

Os TACs são acordos pelos quais os abatedores de gado se comprometem a não comprar animais de criadores que violem as leis ambientais — ou seja, criem gado em áreas desmatadas ilegalmente.

Porém, ao analisarem os dados oficiais, os pesquisadores observaram que a assinatura dos acordos levava a um aumento de área desmatada, não a uma diminuição. “Nós esperávamos uma diminuição do desmatamento, de modo que o resultado nos surpreendeu”, afirma Bruno Miranda, do Insper. O estudo, “Assessing the performance of voluntary environmental agreements under high monitoring costs: Evidence from the Brazilian Amazon”, foi publicado no periódico Ecological Economics.

A partir desse achado, os autores passaram a tentar entender os motivos pelos quais o acordo poderia levar ao resultado oposto do esperado. “O combate ao desmatamento tem dois desafios básicos”, aponta Bruno.

“O primeiro é que a floresta tem milhões de hectares, uma área imensa de difícil monitoramento.” No caso específico do gado na Amazônia, esclarece Bruno, “o Ministério Público parte de uma posição desfavorável, porque o custo de monitoramento é muito alto: a cadeia de produção da carne, desde a criação do animal até o seu abate e a distribuição, é composta por muitos elos”. Só nas fases de criação, do nascimento até a engorda final, é possível que o gado passe por quatro ou cinco propriedades diferentes.

A questão crucial é quem vai arcar com os custos do monitoramento: o governo, por meio dos nossos impostos? Os abatedouros? Os criadores? Os supermercados? “A ideia de um acordo como o TAC é transferir grande parte dos custos de monitoramento para os abatedouros”, explica Bruno.

Mas aí entra o segundo problema: a multiplicidade de regras e políticas públicas, muitas vezes contraditórias entre si. “Um exemplo de incentivo contraditório historicamente presente na Amazônia diz respeito às leis fundiárias. Por um lado, há limites para a quantidade de terra que você pode desmatar na Amazônia. Por outro lado, políticas de reforma agrária tendem a se basear na dicotomia entre terra produtiva e improdutiva, criando uma situação em que uma área deixada ao natural pode ser vista pelo Incra, o órgão responsável pela reforma agrária, como não produtiva.”

Isso cria um ambiente institucional complexo, em que cada regra tem potenciais efeitos sobre as outras. “Por exemplo, há estudos recentes demonstrando que o aumento do desmatamento na Amazônia está ligado ao desenho de políticas de oferta de crédito”, observa o professor do Insper.

Ora, por que então não criam regras para coibir a concessão de crédito que se destine ao desmatamento? Elas existem, mas esbarram — de novo — no custo de monitoramento: quem garante que o produtor que recebe o dinheiro respeita as leis ambientais em sua propriedade?

“Possivelmente o banco infere que, se o produtor está vendendo o seu gado para um abatedouro que assinou um TAC, alguém já está monitorando as práticas dentro da propriedade”, diz Bruno. Nesse sentido, é como se o TAC fosse um selo de “bom comportamento”, legitimando a participação de determinados produtores no mercado.
E esta é a principal hipótese de Bruno e Gustavo para o efeito negativo dos TACs sobre o desmatamento em seus anos iniciais. De fato, tanto o volume de crédito quanto o número de contratos de empréstimo aumentam após a assinatura do TAC. O pesquisador frisa, no entanto, que outros estudos são necessários para a plena compreensão desse mecanismo. “Por exemplo, faltam trabalhos que busquem explicar como se dá a concessão de crédito na Amazônia no nível do relacionamento entre gerentes e produtores”, lembra Bruno.

Além disso, os autores fazem questão de assinalar que a análise se refere aos primeiros anos do TAC, cobrindo um período que vai até 2017. “Estudos acadêmicos buscam extrair lições mais gerais para a adoção de políticas”, afirma o pesquisador. O trabalho de Bruno Miranda e Gustavo Oliveira chama a atenção para duas questões específicas: a importância de avaliarmos o nível de complementaridade entre regras no mundo real e como a distribuição dos custos de monitoramento de uma política pode afetar o seu desempenho.

“A gente tende a achar que a solução para as lacunas regulatórias é criar mais regras”, aponta Bruno Miranda. “O que o nosso estudo mostra é que, num mundo em que os custos de monitoramento são positivos, uma nova regra pode acabar permitindo que indivíduos oportunistas participem do jogo.” Afinal, explica o pesquisador, “se eu crio uma regra e sou incapaz de monitorá-la, na prática posso estar dando um atestado de bom comportamento mesmo para quem não a respeita”.

O problema é que tal “atestado” pode ser usado para obter benefícios mais amplos. “Quando um produtor é capaz de argumentar que está produzindo em uma área coberta por um acordo ambiental voluntário, possivelmente aumentará a probabilidade de obter crédito ou vender seu produto mesmo que, na verdade, não siga as recomendações do acordo.”
Se o monitoramento de uma regra ambiental é tão difícil, é porque seus custos podem ser consideráveis. E isso implica que, no mundo real, qualquer política traz o desafio de decidir como tais custos serão distribuídos. “Quando você tem um complexo de políticas com altos custos de monitoramento, lacunas em uma das políticas podem prejudicar o sistema institucional inteiro”, afirma Bruno Miranda. Por isso, continua o pesquisador, “regras claras para a divisão dos custos de monitoramento devem estar previstas na formulação de uma política ambiental, se possível considerando quem se apropria do valor criado pelas transações que afetam diretamente o meio ambiente naquele caso”. Sob essa lógica, o Estado seria apenas um dos protagonistas.

Fonte:INsper-Por/David A. Cohen/Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 27/04/2025/06:30:51

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Aplicativo brasileiro de IA mapeia 3,5 mil hectares da Amazônia em um só dia

(Foto: Reprodução) – Tecnologia foi desenvolvida em parceria pela empresa pública e o fundo privado JBS pela Amazônia

A inovação, desenvolvida pela empresa pública Embrapa, reduz cerca de 90% dos custos em relação a inventários florestais tradicionais, e aumenta a precisão e a eficiência do monitoramento ambiental

A combinação de drones e inteligência artificial (IA) inova a realização de inventários florestais na Amazônia. Em um sobrevoo de pouco mais de duas horas, a metodologia Netflora , desenvolvida pela Embrapa Acre (AC), identificou 604 castanheiras-da-amazônia (Bertholletia excelsa) e mais de 14 mil outras espécies arbóreas em uma área de 1150 hectares na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, no Amazonas.

O uso dessa tecnologia representa um avanço significativo em relação aos métodos tradicionais de inventário florestal, que demandam 73 dias de trabalho e uma equipe de cinco profissionais para mapear a mesma área. A inovação não apenas reduz o tempo necessário para a coleta de dados, mas também aumenta a precisão e eficiência do monitoramento ambiental.

O mapeamento foi realizado em parceria com a Embrapa Amazônia Ocidental (AM) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema/AM ),  na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã. A atividade, conduzida em fevereiro, integra o Projeto Geoflora, financiado com recursos do Fundo JBS pela Amazônia .

Segundo Evandro Orfanó , pesquisador da Embrapa Acre e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Netflora, a integração da IA ao inventário florestal possibilita uma gestão mais sustentável dos castanhais nativos e de outras espécies florestais, além de conectar conhecimento científico aos sistemas tradicionais de uso da terra.

Raio-X:
•Tecnologia, que treina algoritmos com IA para o manejo sustentável de florestas, é capaz de percorrer até 3.500 hectares por dia, em uma velocidade de 2 hectares por segundo.
•Cerca de um ano após o seu lançamento, Netflora já mapeou mais de 70 mil hectares de florestas na Amazônia.
•A inovação reduz cerca de 90% dos custos em relação a inventários florestais tradicionais, ao mesmo tempo em que aumenta a precisão e a eficiência do monitoramento ambiental.
•A castanha-da-amazônia é vital para a bioeconomia local, uma vez que é o principal sustento de diversas famílias agroextrativistas.
•Além do valor econômico, essa espécie está profundamente ligada aos saberes tradicionais das comunidades locais.

Castanhal digital

Os benefícios dessa inovação vão chegar diretamente à comunidade da RDS do Uatumã, que terá acesso ao inventário digital dos castanhais por meio de um aplicativo de celular. A ferramenta disponibiliza planilhas e mapas dinâmicos, e permite que os extrativistas localizem com precisão as castanheiras e outras espécies de interesse dentro da floresta.

“Por meio do aplicativo será possível visualizar a localização exata das árvores e se orientar na floresta da mesma forma que navegamos em uma cidade em busca de um endereço. Cada árvore mapeada passa a ter um endereço único, representado por coordenadas geográficas”, explica Orfanó.

Leia também:
•Feito no Piauí, projeto de IA com base de dados em português é apresentado ao Governo
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Além de facilitar a coleta, esse sistema de georreferenciamento otimiza rotas e reduz o esforço físico dos extrativistas com longas caminhadas. A digitalização das informações também contribui para um monitoramento mais preciso da comunidade das áreas de extração, aspecto que auxilia na preservação dos recursos naturais e possibilita que a exploração dos castanhais seja realizada de forma sustentável.

Mais de 70 mil hectares de floresta já foram mapeados na Amazônia

O inventário florestal tradicional exige um grande esforço humano, com uma equipe de cinco pessoas levando um dia inteiro para identificar e localizar as árvores em uma área de aproximadamente 20 hectares. De acordo com Orfanó, esse processo é demorado e oneroso, o que desestimula empreendedores e, principalmente, comunidades locais a adotarem ferramentas de planejamento florestal.

No entanto, com a adoção do NetFlora, essa realidade mudou rapidamente. “Atualmente, é possível mapear até 3.500 hectares por dia e produzir informações detalhadas sobre o inventário florestal, como reconhecimento de espécies, localização geográfica, métricas e mapas, em uma velocidade de 2 hectares por segundo”, complementa.

O impacto dessa inovação já pode ser visto na prática. Mais de 70 mil hectares de floresta na Amazônia já foram mapeados, resultando na coleta de um vasto banco de dados de imagens de espécies florestais, captadas por câmeras RGB a bordo de drones (ortofotos). “Além de aprimorar a precisão dos inventários, essa tecnologia reduz cerca de 90% dos custos”, enfatiza o pesquisador.

Otimização do manejo

Um dos principais produtos extraídos na região Amazônica é a castanha-da-amazônia (também conhecida como castanha-do-pará ou castanha-do-brasil), que desempenha um papel vital na bioeconomia local. A coleta e a comercialização desse recurso natural é o principal sustento de diversas famílias agroextrativistas, contribuindo para a melhoria da renda e fomentando práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais.

Além do valor econômico, a castanha-do-amazônia está profundamente ligada aos saberes tradicionais das comunidades locais, que se reflete na relação harmoniosa entre o homem e a floresta. Essa conexão é fundamental para a preservação cultural e a transmissão de conhecimentos entre gerações.

A chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Amazônia Ocidental, Kátia Emídio da Silva , coordena o projeto ” Otimização da Coleta Extrativista da Castanha-do-Brasil no Amazonas “, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas ( Fapeam ). O objetivo principal da iniciativa é validar o uso de cabos aéreos para o transporte das castanhas-da-amazônia em áreas de difícil acesso, a fim de minimizar o esforço físico dos agroextrativistas.

De acordo com a pesquisadora, tradicionalmente, os trabalhadores carregam sacos ou paneiros de castanha, atividade que, ao longo do tempo, pode causar sérios problemas ergonômicos, como dores na coluna. “Nossa meta é reduzir esse impacto e tornar a atividade menos exaustiva. A parceria com a Embrapa Acre, além de facilitar a instalação dos cabos aéreos – semelhantes a tirolesas-, dentro da floresta, resultou no mapeamento preciso das castanheiras. Com essas informações, os extrativistas poderão ampliar as áreas de coleta em outras regiões da reserva ainda inexploradas”, destaca.

Outro aspecto apontado pela pesquisadora é que novas tecnologias podem atrair jovens para o extrativismo, que hoje não querem mais continuar na atividade dos pais, especialmente pelo grande esforço físico  exigido na coleta e transporte primário da castanha-da-amazônia, devido ao peso dos produtos e às longas distâncias.”, afirma.

Silva pontua ainda que, com a varredura do Netflora, novas espécies florestais de interesse comercial foram identificadas, como breu, baru e copaíba, entre outras, e também poderão ser manejadas na Reserva do Uatumã. A expectativa é que o mapeamento mais amplo das espécies na reserva auxilie os extrativistas na estimativa de produção e coleta, e possa trazer benefícios significativos para a comunidade local.

A identificação das castanheiras, no ambiente natural, não é uma tarefa fácil, devido à grande diversidade florística existente nas florestas tropicais que pode chegar a uma multiplicidade de até 300 espécies por hectare. “Essa configuração se torna um dos principais desafios durante a realização do inventário”, observa a pesquisadora.

Integração entre ciência e saberes tradicionais

A integração da inteligência artificial ao inventário florestal representa um avanço significativo para a gestão sustentável dos recursos naturais. Para Orfanó, essa tecnologia não apenas moderniza os métodos tradicionais de mapeamento, mas também fortalece as comunidades locais, oferecendo ferramentas que facilitam e aprimoram o seu trabalho diário.

Com acesso a dados precisos sobre a localização e distribuição das castanheiras e de outras espécies de interesse, os extrativistas poderão ampliar suas áreas de coleta de maneira organizada e responsável. Essa iniciativa promove uma exploração mais eficiente e sustentável desses recursos naturais, além de reduzir impactos ambientais e assegurar a conservação da floresta a longo prazo.

“Mais do que uma inovação tecnológica, esse projeto representa um avanço na integração do conhecimento científico com o saber tradicional, promovendo o uso da terra de forma equilibrada e sustentável”, destaca o pesquisador.

IA amplia conhecimento sobre a diversidade da floresta amazônica

A realização de novos voos em diferentes áreas de floresta tem sido fundamental para expandir o banco de dados do Netflora.  Os primeiros treinamentos dos algoritmos começaram com cerca de 30 mil imagens, mas, com os novos sobrevoos, esse número mais que dobrou. A meta dos pesquisadores é alcançar entre 100 mil e 150 mil imagens, número que permitirá treinar os algoritmos de forma mais robusta e ampliar a aplicação da ferramenta em diferentes biomas.

Orfanó enfatiza que a IA já demonstrou uma capacidade avançada de identificar padrões regionais e realizar comparações entre espécies semelhantes. “Por exemplo, já é possível reconhecer a copa de uma palmeira da região Nordeste e classificá-la corretamente, mesmo em áreas nunca antes analisadas”, relata.

O pesquisador ainda explica que o sistema foi treinado para identificar espécies com base em dados provenientes de diversas regiões, demonstrando um grande potencial para mapear e classificar automaticamente novas áreas. “A IA reconhece padrões específicos, aspecto que facilita a identificação de novas espécies e o enriquecimento contínuo do banco de dados do Netflora”, acrescenta.

Outro avanço significativo foi a análise das imagens coletadas pelos drones, que, ao serem cruzadas com dados existentes, possibilitaram um enriquecimento substancial do banco de dados. Dessa forma, além das espécies já conhecidas, o algoritmo identificou muitas outras, incluindo diferentes tipos de palmeiras, clareiras e árvores mortas, ampliando o conhecimento sobre a diversidade da floresta amazônica.

Como utilizar a metodologia

De livre acesso, o Netflora está disponível no repositório do GitHub e pode ser facilmente executado por meio de um Notebook Colab simplificado (plataforma colaborativa aberta e gratuita, hospedada na nuvem do Google).

O uso da metodologia não demanda conhecimentos especializados, o passo a passo para sua adoção poderá ser conferido no curso Detecção de espécies florestais com uso do Netflora , de acesso gratuito, na plataforma e-campo , ambiente de aprendizagem virtual da Embrapa. Para mais informações sobre como utilizar os algoritmos treinados, acesse a página do Netflora .

 

Fonte: Agência Gov | via Embrapa e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 23/04/2025/14:19:49

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Estudo inédito estima existência de mais de 6,3 mil onças-pintadas em áreas protegidas da Amazônia

Estudo inédito estima existência de mais de 6,3 mil onças-pintadas em áreas protegidas da Amazônia. — Foto: Instituto Mamirauá

Pesquisa, que se baseia em 15 anos de dados coletados em 22 áreas protegidas no Brasil e em outros três países, foi publicada na revista científica holandesa Biological Conservation.

Pesquisadores conseguiram estimar a população de onças-pintadas em áreas protegidas da Amazônia, revelando a presença de mais de 6,3 mil desses felinos no bioma. O estudo, baseado em 15 anos de dados coletados em 22 áreas protegidas no Brasil e em outros três países, foi publicado na revista científica holandesa Biological Conservation.

As informações foram obtidas por meio de câmeras de movimento instaladas nas matas, que permitem o monitoramento remoto das onças-pintadas. As imagens capturadas pelas câmeras são fundamentais para o estudo, pois cada onça possui um padrão único de manchas, semelhantes a impressões digitais nos seres humanos.

O biólogo e primeiro autor do artigo, Guilherme Costa Alvarenga, explicou que as manchas nas pelagens das onças ajudam na identificação individual dos animais.

“Essas pintas, essas rosetas, servem como impressões digitais nos seres humanos. Então, cada indivíduo de onça-pintada tem um padrão único”, afirmou.

O estudo, que envolveu a colaboração de 23 organizações científicas, como o WWF Brasil e o Instituto Mamirauá, também forneceu dados sobre a densidade populacional dessas onças nas áreas analisadas. A média geral encontrada foi de cerca de 3,08 onças por 100 km², com variações significativas entre as regiões.

Na Reserva Biológica de Cuieiras, no Amazonas, a densidade foi bem mais baixa, com cerca de 0,6 onça por área territorial. Já na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a densidade foi bem maior, com aproximadamente 10 onças por 100 km², mesmo com a floresta submersa durante boa parte do ano.

O líder do Grupo de Ecologia e Conservação de Felinos da Amazônia, Jorge Menezes, destacou que a presença de tantas onças em uma área com tantas dificuldades naturais, como o alagamento da floresta, é um fato surpreendente.

“Esse é um dos poucos lugares em que a onça é forçada a viver num ambiente que é alagado quase seis meses por ano. É surpreendente, quase exótico, o fato de que um lugar que apresenta todas essas dificuldades para a onça também é um lugar que tantos indivíduos conseguiram vencer essa barreira”, disse.

De acordo com os pesquisadores, a principal razão para a diferença na concentração de onças em diferentes territórios está na quantidade de alimentos disponíveis. Como predadores de topo na cadeia alimentar, as onças-pintadas desempenham um papel regulador essencial nos ecossistemas.

Alvarenga também destacou que as áreas protegidas e das terras indígenas é importante para a conservação dessas espécies.

“A Amazônia é coberta por 54, 55% de área protegida e terra indígena. Então, se num pedacinho tão pequeno a gente conseguiu mostrar que tem tanta onça, você imagina o papel importantíssimo que as áreas protegidas e as terras indígenas têm para a proteção dessa espécie e, por consequência, de toda a biodiversidade que está debaixo desse guarda-chuva. Se o predador de topo está presente, é um bom indício de que todos os outros abaixo também estarão”, concluiu.

Estudo inédito estima existência de mais de 6,3 mil onças-pintadas em áreas protegidas da Amazônia. — Foto: Instituto Mamirauá
Estudo inédito estima existência de mais de 6,3 mil onças-pintadas em áreas protegidas da Amazônia. — Foto: Instituto Mamirauá

Fonte: g1 / Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 23/04/2025/08:24:04

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Seis dias desaparecido: quem é o piloto do avião que caiu na floresta amazônica

O piloto Marcos Noronha tem paradeiro desconhecido | Foto: Reprodução / Redes sociais

Último contato foi na quarta-feira (16), momentos antes da queda.

Marcelo Noronha Muniz, de 58 anos, é o piloto desaparecido há seis dias, cujo avião caiu na Floresta amazônica. Após decolar um avião de pequeno porte do garimpo Olímpia, em Oriximiná (PA), indo em direção a pista de nome “Nova”, localizada a 61 quilômetros de distância.

Mantendo contato via Starlink, Muniz fazia o transporte de alimentos na área remota. Contudo, segundo a família, ele relatou momentos antes da queda que havia falha no motor da aeronave. O último contato por satélite foi no dia 16, ficando sem sinal desde então.

De acordo com testemunhas, o avião caiu próximo à região indígena de Kaxuyana-Tunayana. Um líder indígena teria presenciado a queda. Equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) seguem fazendo buscas na região.

A FAB reforçou, por meio de nota, o compromisso de seguir com as operações até que a aeronave e o piloto sejam localizados. Já a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, e solicitou à Starlink informações do rastreio da última conexão de internet.

O território, que fica na fronteira entre o Brasil e a Guiana, já recebeu, ao todo, mais de 28 horas de voo em uma área superior a 657 milhas náuticas quadradas, marcada por vegetação densa e relevo acidentado.

Os esforços pelas buscas contam com a colaboração de indígenas, familiares e equipes da Prefeitura de Oriximiná, que deslocou bombeiros civis e agentes da Defesa Civil para reforçar os trabalhos, mas o paradeiro de Marcelo Noronha ainda é desconhecido.

Leia mais – Piloto desaparece na floresta amazônica após pane em aeronave que decolou de garimpo em Oriximiná

Fonte: Diário do Nordeste e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/04/2025/09:47:50

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Cardeal da Amazônia poderá ser o sucessor do Papa Francisco

Cardeal da Amazônia poderá ser o sucessor do Papa Francisco camera Papa Francisco abençoa o Monsenhor Leonardo Ulrich Steiner (E) depois que ele o elevou a condição de Cardeal durante um consistório para criar 20 novos cardeais, em 27 de agosto de 2022 na Basílica de São Pedro, no Vaticano. | (Foto> Divulgação/Vatican Media)

Por ter menos de 80 anos, Dom Leonardo está entre os 137 cardeais eleitores que poderão votar e ser votados no conclave previsto para ocorrer entre 6 e 11 de maio

O mundo está de luto com o falecimento de Francisco, o primeiro papa na História da Igreja Católica, oriundo da América Latina. Falecido aos 88 anos de idade, o Vaticano já começa a realizar todos os preparativos ao seu funeral e também ajusta detalhes para início do Conclave que irá eleger o sucessor da Cátedra de São Pedro.

Atualmente, o Colégio Cardinalício tem 252 cardeais, dos quais 137 são eleitores (com menos de 80 anos) e 115 não eleitores. Este número pode variar com nomeações e com os cardeais que atingem os 80 anos, perdendo o direito ao voto na eleição do Papa.
Leia mais:
Morre o papa Francisco, aos 88 anos, no Vaticano

Entre os cardeais brasileiros aptos a participar da eleição, destaca-se Dom Leonardo Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus e primeiro cardeal da Amazônia brasileira. E por ter menos de 80 anos, Dom Leonardo, de 74 anos, está entre os cardeais eleitores que poderão votar e ser votados no conclave.

O conclave está previsto para ocorrer entre 6 e 11 de maio de 2025, na Capela Sistina, no Vaticano. Vale destacar que, em novembro deste ano, o cardeal de Manaus completa 75 anos de idade, quando ele pode apresentar o pedido de renúncia do cargo. Mas com a morte do papa Francisco, caso não se escolha um novo papa, Dom Leonardo fica no comando da arquidiocese.

HISTÓRIA DE DOM LEONARDO

Nascido em 6 de novembro de 1950, em Forquilhinha (SC), Dom Leonardo é frade franciscano. Ele possui trajetória de diálogo, pela defesa dos direitos humanos e pelo compromisso com os povos originários. Foi nomeado arcebispo de Manaus em 2019. Em 2022, chegou ao cardinalato pelo Papa Francisco. Assim, tornou o primeiro cardeal da Amazônia brasileira.

Sua atuação pastoral tem sido reconhecida por promover uma “Igreja com rosto amazônico”, alinhada às diretrizes do Sínodo para a Amazônia, realizado em 2019.

Dom Leonardo se desta por sua postura conciliadora e por sua dedicação às causas sociais e ambientais. Essas características o colocam como uma figura de relevância no cenário eclesial atual.

Fonte:Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 21/04/2025/10:49:49

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Pará estreia como expositor na maior feira de cruzeiros do mundo e projeta Santarém e Alter do Chão como destinos estratégicos da Amazônia

Foto: Divulgação | Em Miami, estado paraense  é representado por uma empresa portuária e leva atrativos amazônicos ao centro das discussões do setor do turismo náutico de luxo.

Pela primeira vez, o Pará participou como expositor na Seatrade Cruise Global, maior feira mundial da indústria de cruzeiros, realizada entre os dias 7 e 10 de abril, em Miami (EUA). A presença inédita foi protagonizada pela Concessionária Portuária Rio Tapajós, sediada em Santarém, que integrou a comitiva oficial da Embratur ao lado de representantes de grandes portos brasileiros e de órgãos de turismo estaduais.

No estande, o Pará apresentou ao mercado internacional os atrativos naturais e logísticos da região amazônica, com foco em dois destinos que vêm ganhando destaque mundial: Santarém e Alter do Chão. A beleza natural, a biodiversidade e o potencial turístico da região chamaram a atenção de armadores, operadores portuários e autoridades internacionais, levando ao centro do debate global as joias naturais da Amazônia brasileira.

“Participar da Seatrade é uma chance única de dialogar com os principais players do setor e mostrar que o Pará está pronto para receber mais escalas e investimentos. Levamos conosco os encantos de Alter do Chão, o potencial de Santarém e a força da Amazônia”, afirmou Carlos Alexandre, diretor administrativo da Rio Tapajós.

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A Rio Tapajós foi uma das representantes brasileiras ao lado dos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (Pier Mauá), Itajaí, e dos órgãos estaduais de turismo da Bahia e Amazonas. A participação incluiu reuniões técnicas com armadores internacionais e painéis sobre infraestrutura, sustentabilidade e novas rotas na América do Sul.

Entre os momentos mais aguardados da programação, esteve a visita técnica ao novo Terminal de Passageiros da MSC Cruises em Miami, considerado um dos mais modernos do mundo. O evento contou com a participação de representantes do Brasil, Chile, Uruguai e Argentina, além de gestores de destinos turísticos, operadores portuários e autoridades — entre eles, os representantes da Rio Tapajós.

Temporada 2025/2026: desafios e articulações

A temporada 2025/2026 enfrentará uma redução no número de cruzeiros navegando pela Amazônia, impactando diretamente destinos como Santarém e Alter do Chão. O principal fator é o elevado custo da praticagem na região, considerado um dos mais altos do mundo, o que torna as operações turísticas menos competitivas e afasta possíveis escalas de cruzeiros na região.

Além disso, a exigência de vistos para tripulantes estrangeiros, prevista para entrar em vigor em julho de 2025, pode impactar negativamente o setor. A medida, fundamentada no princípio da reciprocidade, requer que tripulantes de países como Estados Unidos, Canadá e Austrália obtenham vistos para trabalhar em embarcações que operam no Brasil. Representantes do setor de cruzeiros expressam preocupações de que essa exigência possa desestimular as companhias a incluir portos brasileiros em seus roteiros, especialmente devido aos custos adicionais e à burocracia envolvida.

Apesar desses desafios, a Concessionária Rio Tapajós mantém um trabalho ativo de articulação com as principais operadoras internacionais. Como resultado, Santarém e Alter do Chão permanecem entre os destinos escolhidos por cruzeiros relevantes que farão escala na região. Já para a temporada 2026/2027, que se mostra ainda mais promissora, conseguimos antecipar a captação de novas embarcações e seguimos empenhados em consolidar o crescimento sustentável do turismo náutico na Amazônia”, destacou Carlos Alexandre.

A expectativa é de avanços significativos nas negociações para as próximas temporadas, que já prevê o retorno de grandes embarcações com mais de 3 mil passageiros a Santarém.

Temporada 2024/2025

A temporada 2024/2025 de cruzeiros já comprova o impacto positivo do setor na economia local. Santarém e Alter do Chão receberam 23 navios de cruzeiro, totalizando cerca de 17 mil turistas desembarcados. Com um gasto médio estimado em R$ 750 por visitante durante o dia de permanência, a movimentação gerou uma injeção direta de aproximadamente R$ 12,7 milhões na economia da região, beneficiando empreendedores locais dos setores de gastronomia, artesanato, transporte, guias turísticos e demais serviços relacionados à cadeia do turismo.

Futuro
A presença da concessionária no evento reforçou o protagonismo da região na agenda internacional do setor. A participação ocorre em um momento em que Santarém e Alter do Chão vêm ganhando destaque entre os destinos amazônicos mais procurados, sobretudo pela atuação da Rio Tapajós no fortalecimento da infraestrutura e na articulação com companhias internacionais.

Serviço: A Concessionária Portuária Rio Tapajós administra os terminais hidroviários de Santarém, Santana do Tapará, Alter do Chão e os píeres da orla de Santarém, por meio de contrato de concessão firmado com a Prefeitura Municipal.

Fonte: Comunicação Porto Rio Tapajós e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 11/04/2025/13:40:03

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Exploração ilegal de madeira dispara e ameaça florestas e comunidades na Bacia do Xingu

Novo relatório da Rede Xingu+ registrou mais de 620 km de estradas abertas em Áreas Protegidas só em 2024 (Foto>Reprodução)

A exploração ilegal de madeira se consolida como uma das principais ameaças à integridade socioambiental da Bacia do Xingu, especialmente nas Terras Indígenas e Unidades de Conservação que compõem o Corredor de Áreas Protegidas, revela relatório Desafios de Proteção na Bacia do Xingu – panorama 2025 , da Rede Xingu+. Elaborado pelo Observatório De Olho no Xingu, o estudo analisa os dois primeiros anos do atual governo federal.

Somente em 2024, mais de 620 km de estradas clandestinas foram abertas para escoar toras de alto valor comercial como ipê, jatobá e cedro, facilitando também a entrada de outros crimes ambientais como o garimpo e a grilagem. O impacto é devastador: florestas empobrecidas, igarapés represados, peixes mortos e comunidades ameaçadas.

Ameaças na Bacia do Xingu. Foto: Reprodução
Ameaças na Bacia do Xingu. Foto: Reprodução

Os dados levantados têm como base o Sistema Remoto de Alerta de Desmatamento (Sirad X), da Rede Xingu+, o Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o projeto MapBiomas.

O documento detalha os efeitos do roubo de madeira nos territórios mais afetados — como o Território Indígena do Xingu (TIX), a Terra Indígena Baú e a Resex Riozinho do Anfrísio — e avalia as ações de combate e fiscalização nos dois primeiros anos do atual governo federal.

Segundo o relatório, as atividades criminosas têm causado impactos na prestação de serviços públicos essenciais de saúde e educação, prejudicando o combate ao fogo e contribuindo para a entrada de armamentos pesados em territórios indígenas.

A Bacia do Rio Xingu possui cerca de 51 milhões de hectares, entre os estados do Pará e Mato Grosso, numa área composta por florestas densas, várzeas amazônicas e de Cerrado. Nela, está localizada no Corredor de Áreas Protegidas do Xingu, com 26,7 milhões de hectares, e que abriga 26 povos indígenas e centenas de comunidades ribeirinhas que desempenham um papel crucial na conservação da Amazônia e na regulação do clima global.

De acordo com a Rede Xingu+, conjunta de 53 organizações, sendo 43 indígenas, 5 ribeirinhas e 5 da sociedade civil, o território vem sofrido nos últimos anos com o desmatamento provocado por roubos de madeira, incêndios florestais, grilagem de terras e garimpo.

O documento também traz os avanços no combate a esses crimes nos últimos dois anos, graças à retomada de políticas como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e operações de fiscalização, que resultaram na queda de 30,6% no desmatamento na Amazônia Legal e, sobretudo, na Bacia do Xingu, com uma redução de 46% em relação ao período anterior — o menor índice registrado na última década.

Também houve avanços na queda do desmatamento ocasionado pela grilagem de terras, entre 2022 e 2024, por causa do processo de desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, em 2023. Outro dado positivo foi a queda de 40% no desmatamento causado pelo garimpo nas Áreas Protegidas.

Fonte:Sarah Pacini/Rede Xingu+ /Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 10/04/2025/06:18:13

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Tecnologia impulso social manejo sustentável do pirarucu na Amazônia

(Foto:Divulgação/Reprodução) – Os conhecimentos obtidos serão aplicados na construção de um flutuante de pré-beneficiamento na comunidade Santa Luzia do Jussara, no Amazonas

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em parceria com o Instituto Mamirauá, realizou em março de 2025 o Workshop de Compartilhamento de Tecnologia Social, impactando 81 gestores de três comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, no interior do Amazonas.

Durante o evento, os participantes compartilharam lições aprendidas sobre temas essenciais para a construção e gestão de unidades flutuantes externas ao beneficiamento do pirarucu na região. Foram abordados assuntos como concepção de projetos, documentação e licenciamentos, aquisição de materiais, contratação de empresas, governança, manutenção da estrutura, entre outros.

O workshop integra o projeto “Sistema de rastreabilidade: inovação e inteligência de mercado na cadeia produtiva do pirarucu da RDS Mamirauá”, uma iniciativa da FAS, com recursos da empresa Positivo Tecnologia, por meio do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio). A iniciativa integra uma política pública da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), coordenada pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).

Wildney Mourão, gerente do Programa de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da Amazônia da FAS, destaca os benefícios da infraestrutura de pré-beneficiamento para os gestores:

“O maior ganho de ter essa infraestrutura é a melhoria da qualidade do pescado, pois com o flutuante de pré-beneficiamento reforçamos as boas práticas sanitárias ao longo de todo o processo de evisceração do peixe, garantindo condições ainda mais adequadas.

Consequentemente, agregamos mais valor ao produto durante a venda aos consumidores. Além disso, também melhoramos as condições de trabalho para os manejadores, considerando o trabalho ergonômico e com a preocupação de sustentabilidade, pois a infraestrutura tem tratamento de esgoto”, explica.

A parceria entre a FAS e o Instituto Mamirauá teve início em dezembro de 2024, com a formalização de um Termo de Compartilhamento de Transferência de Conhecimento Técnico e Tecnológico para Inovação Aberta. O Instituto Mamirauá, que realiza pesquisas na região há 30 anos, desenvolveu a tecnologia social “Unidade flutuante de pré-beneficiamento” para o manejo sustentável do pescado em colaboração com as comunidades manejadoras de pirarucu. A instituição já promoveu a construção de três pisos flutuantes que reforçam para fortalecer a cadeia de manejo local.

Ana Izel, analista de projetos da FAS, ressalta a importância da união entre as instituições para o desenvolvimento da Amazônia:

“Estamos unindo de um lado empreendedorismo e inovação, e do outro conhecimento aplicado ao longo de décadas de pesquisas. Esses dois pontos convergem e geram não apenas o encurtamento da curva de aprendizado e contribuem na implementação de soluções de impacto frente aos desafios da Amazônia, mas também replicabilidade e escala. Assim, uma parceria se caracteriza como um marco na região no âmbito do compartilhamento da tecnologia social e inovação aberta para transferências o desenvolvimento socioeconômico da cadeia do manejo do pirarucu.”

Os conhecimentos adquiridos no workshop serão aplicados na construção de um novo flutuante de pré-beneficiamento de pirarucu na comunidade Santa Luzia do Jussara, cuja obra teve início no fim de março. As comunidades São Francisco da Mangueira e Catite também serão beneficiadas com a nova estrutura.

Maria Cecília Gomes, analista do Instituto Mamirauá, ressalta que o evento proporcionou uma troca de experiências valiosas:

“Nós trouxemos um pouco da nossa experiência ao longo dos anos na construção de flutuantes de pré-beneficiamento de pirarucu, que vai desde a concepção de projeto, detalhes técnicos, diálogo com a comunidade e busca de licenças até o pós-projeto, quando a estrutura já está finalizada: ‘que tipos de treinamento devemos fazer com os comunitários?’, ‘que tipo de manutenção tem que ser dada?’. Tudo isso nós compartilhamos aqui [durante o workshop], e o objetivo é trabalharmos juntos nas melhorias que podem ser dados feitos nos flutuantes que serão construídos no futuro”, esclarece.

 

Sobre a FAS

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 17 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares de famílias beneficiadas e a queda de 39% no desmatamento em áreas atendidas.

Sobre o PPBio

O Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) foi criado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) em 2019, é coordenado pelo Idesam e tem como objetivo principal direcionar recursos dos investimentos obrigatórios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), previstos pela Lei de Informática, para fomentar a criação de novos produtos, serviços e negócios direcionados à bioeconomia na Amazônia. Além de soluções voltadas para o desenvolvimento sustentável da região, o PPBio também busca conectar o potencial da Amazônia a soluções inovadoras e sustentáveis.

Fonte:up.comunicacao/Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 10/04/2025/06:18:13

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Castanha-do-pará pode virar castanha-da-amazônia? Entenda o projeto de lei aprovado no AM e possíveis impactos

A castanha é uma das principais atividade para o sustento de várias famílias da região amazônica. — Foto: Divulgação

Proposta quer alterar oficialmente a denominação de todos produtos derivados da castanha, quando produzidos no Amazonas. Especialistas falam sobre a origem dos nomes e como mudança afeta economia.

Castanha-do-pará pode virar castanha-da-amazônia? Ao menos essa é a proposta do projeto de lei nº 913/2024, aprovado em 3 de abril deste ano pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A iniciativa surgiu pouco mais de três meses após um amplo debate nas redes sociais sobre qual seria o nome mais adequado para o fruto típico da região amazônica.

Embora a lei ainda não tenha sido sancionada pelo governo estadual, o g1 te explica os possíveis impactos dessa mudança. (entenda mais abaixo).O texto aprovado estabelece que todos os produtos derivados da castanha, quando produzidos no Amazonas, deverão utilizar a denominação “castanha-da-Amazônia”.

“Essa mudança reconhece a Amazônia como um todo e fortalece a marca do produto no mercado nacional e internacional”, destacou Sinésio Campos (PT-AM), autor do projeto de lei.

Variações: do Pará, do Brasil ou da Amazônia?

Recentemente, o debate sobre a denominação da castanha voltou à tona, gerando uma discussão pública. No início deste ano, o ator amazonense Adanilo fez uma aparição no programa É de Casa, da TV Globo, e usou a variação “castanha-da-amazônia” para se referir ao fruto. Na ocasião, a apresentadora o corrigiu, mas o ator, com bom humor, comentou:

“É do Pará, é da Amazônia, é do Brasil… tem um monte de nome”.

A conversa gerou repercussão nas redes sociais, com muitas pessoas questionando qual seria o nome mais adequado para o fruto e o motivo para as variações.

No entanto, o decreto nº 51.209, publicado em 1961, oficializa o nome do fruto como castanha-do-brasil.

De acordo com Davi Leal, historiador e pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), essa divergência de nomenclatura se refere ao período em que o Amazonas era parte da Província do Pará. Naquela época, toda a produção de castanhas que saía do interior da região seguia para Belém, e foi lá que o fruto ficou conhecido como “castanha-do-pará”.

“Até 1850, o Amazonas fazia parte da Província do Pará, ou seja, éramos paraenses. Quando nos separamos, compartilhamos muitos hábitos culturais com toda a região”, explicou Leal. Logo, o vínculo histórico ajudou a consolidar a associação do nome com o Pará, mesmo após a separação dos estados.

Com a criação do estado do Amazonas e seu desenvolvimento crescente, desde a década de 1930, a Associação Comercial do estado tem defendido o uso de nomes como “castanha-do-brasil” ou “castanha-da-amazônia”, para dar um reconhecimento mais amplo e justo ao fruto que é originário do bioma amazônico.

“Chamar de castanha-do-pará reforça a identidade do estado, mas não faz justiça à história, pelo menos não completamente”, afirmou o pesquisador.

Atualmente, a Região Norte é a maior produtora de castanha-do-brasil. Segundo dados do Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), em 2023, a região foi responsável por extrair 33.451 toneladas do fruto. O Amazonas é o estado que lidera as extrações no ranking, com exportação de 11.291 toneladas de castanha. O Acre e o Pará vêm logo atrás, com 9.473 toneladas e 9.390 toneladas, respectivamente.

Mudança

Após a repercussão do nome correto da castanha, o assunto voltou a circular no Amazonas. O deputado estadual Sinésio Campos (PT-AM) apresentou o projeto que propõe a mudança da nomenclatura no estado.

O parlamentar justificou a mudança como uma correção de um “equívoco histórico”, argumentando que a árvore da castanha é nativa da Amazônia, e não exclusivamente do Pará.

“A identificação geográfica deste produto agrega valor e resgata um erro histórico, pois a castanha é uma árvore encontrada na Amazônia, e não apenas no Pará. Além disso, é chamada de ‘castanha-do-brasil’, o que é outro erro, pois essa árvore não é encontrada em outras regiões do país”, explicou o deputado ao g1.

Para Sinésio, a proposta não deve ser vista como uma disputa entre o Amazonas e o Pará, mas sim como uma defesa dos produtores e extrativistas da Amazônia. “Todos os extrativistas da Amazônia ganham com o nosso PL 913/2024. Essa é uma marca que deve ser usada com mais ênfase por todos nós”, afirmou.

A lei também inclui incentivos à rastreabilidade do produto, à certificação de origem e ao uso da nova nomenclatura nas exportações e campanhas publicitárias. Segundo a economista e pós-doutora em desenvolvimento regional, Michele Lins Aracaty, essa é uma tendência crescente no mercado internacional.

“Os consumidores estão cada vez mais interessados em saber a origem dos produtos que compram e tendem a adquirir aqueles que provêm de atividades sustentáveis”, destacou.

A lei segue agora para a sanção do governador Wilson Lima (União Brasil-AM). Se sancionada, entrará em vigor imediatamente, exigindo adaptações do setor produtivo e comercial do estado.

Impacto

Embora Michele Aracaty, que também é docente do Departamento de Economia da Universidade Federal do Amazonas e presidente do Conselho Regional de Economia da 13ª Região (Corecon-AM/RR), avalie positivamente a proposta da nova nomenclatura, ela alerta que a mudança de nome por si só não será suficiente para agregar valor real à cadeia produtiva da castanha ou melhorar sua imagem no mercado internacional.

“Como estudiosa de modelos de desenvolvimento regional, acredito que a Amazônia precisa de uma política mais ampla que valorize suas potencialidades locais, preserve o meio ambiente e melhore as condições sociais e econômicas das comunidades que dependem da floresta”, afirmou.

Para a economista, é crucial que qualquer mudança relacionada à produção da castanha chegue até as pessoas que recolhem o fruto, ou seja, os extrativistas, que devem ser melhor remunerados por seu trabalho. Ela lembra que a atividade extrativa não só contribui para a preservação ambiental, como também desestimula o desmatamento, já que as árvores precisam permanecer intactas para que a castanha seja extraída.

Portanto, qualquer mudança no mercado deve beneficiar diretamente as pessoas que vivem da floresta, garantindo sua participação justa na cadeia produtiva e, ao mesmo tempo, preservando o meio ambiente”, concluiu Michele.

Fonte: G1 e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 09/04/2025/14:08:50

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