Exporta Mais Amazônia: empresas amazônicas movimentam mais de R$ 35 milhões em negócios durante programa da ApexBrasil no Pará

(Foto: Reprodução) – No coração da floresta, 15 importadores de 12 países visitaram polos produtivos da Amazônia e realizaram 231 reuniões de negócios com empresas da região Norte

De 19 a 22 de novembro, a cidade de Belém (PA) foi palco de uma iniciativa que reforça o potencial econômico de produtos compatíveis com a floresta amazônica. Durante a segunda edição do Exporta Mais Amazônia, programa promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), 15 compradores internacionais de 12 países estiveram na cidade para negociar com 33 empresas da região Norte. O resultado foi um sucesso: R$ 35,2 milhões em acordos comerciais imediatos e futuros, previstos para os próximos 12 meses.

O programa colocou frente a frente empresas locais que produzem açaí, temperos e castanha-do-Brasil, de forma sustentável, com compradores de mercados da China, Polônia, Reino Unido, Índia, Dubai, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, França, Peru, Malásia, Israel e Rússia interessados em produtos de compatíveis com a floresta. Além das rodadas de negócios, os importadores participaram ainda de visitas técnicas que ofereceram uma experiência imersiva no processo produtivo e na cultura local.

“A pujança da economia local faz com que o Brasil volte os olhos para a região amazônica, para difundir e para dar maior visibilidade aos produtos locais”, explicou o representante Regional Norte da ApexBrasil, Essio Lanfredi. “A ideia é poder mostrar a diferença entre preço e valor na hora de fazer negócio. E aqui, nós mostramos os valores da região amazônica”, concluiu.

Bioeconomia e produtos da floresta

A Horta da Terra, agroindústria especializada em Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) e açaí em pó, foi uma das participantes. A empresa atua no modelo de negócio da bioeconomia – aquele que, além de promover a economia, promove preservação ambiental e social. Para André Bastos, diretor Operacional da Horta da Terra, a iniciativa da ApexBrasil foi essencial para demonstrar o potencial da bioeconomia na região. “Pudemos mostrar como nosso modelo de produção alia sustentabilidade e alta produtividade, sem desmatamento. Por meio de práticas agrícolas regenerativas, nós conseguimos produzir diferentes espécies no mesmo local, aumentando a biodiversidade da fauna e da flora”, destacou.

Para ver de perto, os importadores visitaram pessoalmente a fazenda da Horta da Terra, localizada no município de Santo Antônio de Tauá (PA), no coração da Amazônia. Além da agrofloresta, a empresa apresentou como é feita a liofilização – processo nobre de desidratação -, que preserva os nutrientes e facilita a exportação de produtos como açaí, jambú, taioba, cariru e ora-pro-nobis em pó. “Queremos levar os benefícios dos ingredientes amazônicos para o mundo”, afirmou André.

Mais confiança para o negócio

Para os importadores, o impacto da experiência presencial antes de fechar negócios fez toda a diferença. “Conhecer a origem e o processo produtivo nos dá confiança para representar a marca em nosso país”, afirmou o importador indiano Amay Arsani, diretor da Rodaaji Company. Durante a visita na Horta da Terra, Amay provou a flor do Jambú in natura e destacou como a experiência ajudará na apresentação do produto em seu país.

Para Dina Aprianti-Nieporecka, da Helio S.A., distribuidora polonesa de castanhas e frutas secas, a viagem superou expectativas: “Importo castanha-do-Brasil há anos, mas nunca tinha visto de perto o processo produtivo. A sustentabilidade da Amazônia agrega muito valor ao mercado europeu”, declarou.

As empresas Manioca – de ingredientes amazônicos -, Mutran Exportadora – de castanhas-do-Brasil -, 100% Amazônia e Bellamazon – ambas de açaí -, também abriram suas portas aos compradores. Para Joanna Martins, diretora da Manioca, a oportunidade de apresentar os produtos, mostrar como é feito e como pode ser usado antes de fazer negócio foi fundamental. “Mostramos como apoiamos os produtores locais e como aplicamos ciência para adaptar os produtos ao mercado internacional”, explicou.

Imersão na cultura amazônica

Para tornar a experiência ainda mais imersiva, com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA) e da Secretaria de Turismo do Estado do Pará (Setur-PA), os compradores tiveram a oportunidade de navegar pelo rio Guamá e conhecer a Ilha do Combu. Lá, eles experimentaram um pouco da culinária amazônica, preparada pela chef local Luna Lopes, caminharam pela floresta amazônica e viram de perto espécies nativas como Samaúma, Taperebá e o famoso Açaizeiro.

Gabriel Gaya, da importadora e distribuidora Gaya Foods, do Reino Unido, ressaltou a importância da ação. “Conhecer frutos como o jambu, o cumaru, o cupuaçu, além do açaí, que eu já conheço e vendo bastante – somos pioneiros na venda de açaí no Reino Unido – foi uma experiência fantástica. Acredito que eles têm grande potencial no mercado internacional”.

O suíço Julien Grand, diretor da Açaí Delight, concorda. “Ver de perto como as pessoas vivem, a cultura local, como o açaí é colhido, como as pessoas são apaixonadas pelo que fazem, foi tudo muito enriquecedor. Espero fazer boas parcerias e bons negócios”. Além do açaí, Julien está interessado em frutos amazônicos secos.

Ainda na Ilha do Combu, os compradores também tiveram acesso a outras empresas locais por meio de uma exposição organizada pelo Sebrae-PA. “Mapeamos e trouxemos aqui pequenos negócios locais para mostrar aos compradores todo o nosso potencial, nossa biodiversidade e a bioeconomia, muito presentes na nossa região”, explicou Antônio Romero, gerente de Relacionamento Empresarial do Sebrae-PA, que acompanhou o grupo. Dentre os produtos, estava mel, destilados, chocolates e cosméticos.

“Em parceria com a Apex e com o Sebrae, nós da Secretaria de Turismo queremos mostrar o potencial que há na Amazônia, principalmente no estado do Pará, para que esses compradores possam conhecer e levar o melhor que temos para oferecer”, afirmou Rosimary Ribeiro, assessora técnica do gabinete da Setur-PA, que também participou da imersão ao lado dos compradores.

Negócios no centro da estratégia

Após dois dias de familiarização com o ambiente local e vendo de perto os processos produtivos, veio o momento de negociar. Na quinta-feira (21), as rodadas de negócios ocorreram na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do Pará. Em 231 reuniões, as 34 empresas participantes negociaram diretamente com os 15 importadores, resultando em acordos imediatos e futuros no valor de mais de R$ 35 milhões.
“Estou muito animada com essas reuniões, algumas foram bem promissoras. Sem esse programa da Apex, pequenas empresas da região não teriam a oportunidade de negociar olho no olho com compradores de diferentes países”, disse Juliana Carepa, fundadora da Jucarepa, empresa que beneficia sementes cumaru. Ela conta que muitas portas foram abertas e que certamente fechará sua primeira exportação em breve. “Foi o início das tratativas. Estou confiante de que novas exportações surgirão”, afirmou.

Para Cassandra Lobato, coordenadora executiva do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Pará (CIN/Fiepa) – parceiro da ApexBrasil -, o Exporta Mais Amazônia é um evento essencial para que as empresas da região consigam cada vez mais internacionalizar os seus produtos. “Um momento realmente único para a nossa região. Estamos juntos com a ApexBrasil, que vem cumprindo a sua missão de apoiar e defender as nossas empresas amazônicas”, disse.

Fonte: Assessoria e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 26/11/2024/17:55:01

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Microexplosão ou ‘microburst’: entenda fenômeno atmosférico que tem derrubado árvores na Amazônia

Microexplosão ou microburst: entenda fenômeno atmosférico que tem derrubado árvores na Amazônia — Foto: Reprodução/David Urquiza

Também conhecido como ‘downburst’, fenômeno é o oposto do tornado, mas o poder destrutivo é semelhante

A intensificação de eventos atmosféricos ligados aos ventos extremos causados por alterações climáticas tem derrubado grandes árvores na Amazônia e afetado diretamente estrutura, composição e balanço de carbono das florestas, segundo estudo publicado na revista American Geophysical Union, no início deste mês.

O que é a microexplosão ou ‘microburst’?

O microburst, ou microexplosão atmosférica, é um evento que ocorre quando uma corrente de vento descendente violenta se separa de uma nuvem de tempestade e se desloca com força em direção ao solo. Também conhecido como “downburst”, o fenômeno é o oposto do tornado, mas o poder destrutivo é semelhante. Trata-se de uma descarga de ar frio e denso, que atinge o solo e se espalha, provocando ventos fortes que podem atingir velocidades muito altas.

Segundo o estudo, as microexplosões têm sido cada vez mais comuns na Amazônia. O estudo aponta que, ao longo de 33 anos, foram detectados mais de 3 mil grandes eventos de derrubada de árvores causados pelo vento. Os dados da pesquisa mostram, ainda, que o número de árvores arrancadas pelo vento aumentou em quase quatro vezes entre 1985 e 2020, com registro maior de eventos a partir do ano de 1990.

Amazônia em chamas

Este é um fenômeno que pode ocorrer ao longo do ano inteiro, mas é mais comum no verão, quando os dias são mais quentes e a umidade é alta. O cenário favorece a formação de nuvens de tempestade, que podem ter até 20 km de altura e são capazes de gerar um vento destrutivo, segundo o National Weather Service, dos EUA.

Durante uma microexplosão atmosférica, a velocidade dos ventos pode ultrapassar os 200 km por hora, causando estragos, derrubando árvores e provocando danos estruturais a construções. O evento é caracterizado pelo som de um estrondo alto, normalmente confundido com o som de um trem de carga.

 

Fonte: O Globo — Rio de Janeiro e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 26/11/2024/15:21:54

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População da Amazônia Legal receberá 22 mil títulos de propriedades

Foto: reprodução | No Pará, serão contemplados os municípios de Breu Branco, Parauapebas, Curionópolis, Canaã dos Carajás, Ananindeua e Belém, além de 17 de comunidades quilombolas.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entregará 22 mil títulos de propriedades à população de sete dos nove estados que integram a Amazônia Legal, até o dia 29 de novembro. A ação faz parte da 2ª Semana Nacional da Regularização Fundiária – Solo Seguro, uma iniciativa de esforço concentrado para enfrentamento da grilagem de terras e fortalecimento da governança fundiária.

A programação foi lançada no último sábado (23) em Manaus, no Amazonas, quando a juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Liz Rezende, reforçou a importância da regularização fundiária tanto para segurança jurídica do proprietário, quanto como instrumento de política pública. “É uma forma relevante de combate à grilagem de terras e muito útil para viabilizar a proteção ambiental”, afirmou.

A semana integra as ações do Programa Permanente de Regularização Fundiária, coordenado pelas corregedorias dos tribunais de Justiça estaduais. Também é parte da ação a articulação permanente entre os órgãos do Poder Executivo das três esferas, em especial os que atuam nas políticas territoriais e ambientais.

De acordo com o CNJ, no estado do Amazonas, as entregas serão nos municípios de Novo Airão, Presidente Figueiredo, Tabatinga, Manaus e Coari. Já no Mato Grosso, receberão os títulos, moradores de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Barra do Garças e Rondonópolis.

No estado do Maranhão, a entrega ocorrerá nas cidades de Aldeias Altas, Arame, Barreirinhas, Brejo, Cantanhede, Carolina. Chapadinha, Coelho Neto, Codó, Guimarães, Humberto de Campos, Lago dos Rodrigues, Montes Altos, Porto Rico, Primeira Cruz, Ribamar Fiquene, Santa Inês, Satubinha, Sítio Novo, São Mateus, Tuntum, Viana e Vitorino Freire.

No Pará, estão contemplados os municípios de Breu Branco, Parauapebas, Curionópolis, Canaã dos Carajás, Ananindeua e Belém, além de 17 de comunidades quilombolas. No Tocantins, serão entregues 5 mil títulos em todo o estado. E no Acre as entregas serão na capital, Rio Branco.

No estado de Roraima, os títulos serão entregues nos municípios de Alto Alegre, Boa Vista, Caracaraí e Mucajaí.

Além da regularização de propriedades, haverá programações locais, com a realização de fóruns, audiências públicas, simpósios, seminários, cursos, webinários e criações de núcleos especializados.

Fonte: Portal Debate Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/11/2024/16:39:21

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Mãe de bebê estuprada e morta vai responder pela morte de homem arrancado de delegacia e queimado vivo no Amazonas

(Foto: Divulgação) –  A Polícia Civil conta que ela teve ligação direta com o linchamento e ainda destruiu veículo e partes da delegacia.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu, na quinta-feira (21), quatro pessoas suspeitas de participação no linchamento de um homem de 48 anos em Jutaí, município a 750 quilômetros de Manaus.O crime aconteceu em setembro deste ano, após a vítima confessar ter estuprado e assassinado uma criança de apenas 1 ano. As prisões foram realizadas pela 56ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Jutaí, com apoio do Departamento de Polícia do Interior (DPI) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM).

Os detidos foram identificados como Abraão Lopes Ferreira, de 32 anos; David Araújo Freitas, de 23; Mateus Soares Lopes, de 25; e uma mulher de 19 anos, que seria a mãe da criança assassinada. Eles responderão por homicídio qualificado, vilipêndio a cadáver, dano qualificado, incitação ao crime e resistência qualificada. Além dos quatro presos, a polícia revelou que 12 outras pessoas foram formalmente indiciadas pelos mesmos crimes. Outras 12 foram apontadas por vilipêndio a cadáver, resistência qualificada e explosão.

Ainda de acordo com a PC, a mãe da criança teria entrado na delegacia e agredido o suspeito a pauladas, logo após teria queimado uma motocicleta da delegacia e ainda convidou outras pessoas invadir a delegacia.

O início das investigações

O caso começou a ser investigado após o desaparecimento da criança, comunicado pela mãe no dia 17 de setembro. Segundo ela, a última vez que viu o filho foi enquanto dormiam em um flutuante no porto de Jutaí. Após receber a denúncia, a equipe da 56ª DIP deu início às diligências e, em menos de 24 horas, descobriu que a criança havia sido vítima de estupro seguido de homicídio.

Ao saber que era investigado, o autor do crime, cuja identidade não foi divulgada, se apresentou espontaneamente à delegacia e confessou os delitos. Durante o interrogatório, no entanto, a população local invadiu o prédio da delegacia, retirou o suspeito do local e o linchou até a morte.

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Atos de barbárie

De acordo com a polícia, o linchamento foi acompanhado de atos de vilipêndio ao cadáver, que geraram forte comoção e indignação no município. Os suspeitos ainda incendiaram parte da delegacia e destruíram documentos e bens públicos. Para conter o tumulto e retomar a ordem, foi necessária a mobilização de forças policiais adicionais.

Próximos passos

A PC-AM afirmou que o inquérito sobre o caso foi concluído com a identificação dos envolvidos, mas outras diligências podem ser realizadas para identificar possíveis cúmplices. As autoridades destacam a gravidade do caso, tanto pelo crime inicial quanto pelo ato de justiçamento promovido pela população, que gerou uma série de outros crimes.

A prisão dos quatro suspeitos marca um passo importante na responsabilização dos envolvidos. A polícia reforçou que atos de vingança e linchamento são inaceitáveis e serão combatidos com rigor, mesmo diante de crimes bárbaros como o ocorrido em Jutaí. O caso segue em análise pelo sistema judiciário.

Fonte: AM POST e  Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/11/2024/15:45:50

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Conheça o projeto que fortalece a educação ambiental sobre rios de Belém e de outras cidades do Pará

(Foto: Ivan Duarte | O Liberal) – Pedro Lucas e Larissa Azevedo atuam no OCA

Projetos que pensam sobre recursos hídricos ganham visibilidade no Dia do Rio, celebrado neste domingo (24)

Banhada por rios, Belém presenteia quem mora e visita a capital com beleza e ar inconfundível. Da baía do Guajará aos cursos d’água que atravessam bairros, os rios podem ser vistos em diversos lugares. Na Amazônia, inúmeras entidades, entre o setor público e privado, realizam iniciativas que buscam discutir a qualidade dos recursos hídricos e a importância de sua preservação.

Neste domingo (24/11), quando é celebrado o Dia do Rio, a temática ganha maior visibilidade com vários projetos e iniciativas. Um exemplo é o Observatório da Costa Amazônica (OCA), projeto da Faculdade de Oceanografia, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que promove ciência cidadã com programações ao redor de rios, como Tucunduba e Sapucajuba.

Coordenado pela professora Sury de Moura Monteiro, o OCA foi criado há 15 anos buscando realizar a monitoração de dados ambientais e conta com um grupo de 50 pesquisadores, entre estudantes de graduação e pós-graduação. A partir desse trabalho, o projeto criou uma vertente, o OCA Social, em que 12 pesquisadores atuam promovendo ações de sensibilização ambiental para a comunidade, tanto de dentro quanto de fora da Universidade.

“As nossas ações de sensibilização ambiental já ocorrem há cerca de oito anos tanto nos rios da região urbana de Belém quanto na zona costeira, como no município de Salinópolis e São Caetano de Odivelas. Nesse ano, nós expandimos nossas atividades para Ilha do Marajó, para Magalhães Barata, para Augusto Corrêa e para outros municípios do Maranhão também”, ressalta a coordenadora do projeto, Sury Monteiro.

Visitas em torno dos rios

Nas ações, são realizadas visitas em torno dos rios amazônicos. Nelas, os participantes conhecem a importância dos cursos hídricos e como podem atuar na sua preservação. “Nós realizamos várias ações com o objetivo de que as pessoas possam visualizar o Tucunduba, e também outros rios como um ambiente que tem vida. Nós recebemos estudantes de escolas públicas, universitárias e também o público geral. [Nas programações] nós queremos que os participantes sintam-se protagonistas e que podem mudar a situação do rio. Para isso, nós aplicamos, por exemplo, protocolos de avaliação rápida, para que eles entendam que ali tem um ambiente que pode ser recuperado”, explica Pedro Lucas Gama, estudante da UFPA que atua no projeto.

(Foto: Ivan Duarte) - Pedro Lucas Gama é estudante do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFPA .
(Foto: Ivan Duarte) – Pedro Lucas Gama é estudante do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFPA .

A estudante do curso de Oceanografia, Larissa Azevedo, também atuante no projeto, revela que o protocolo aplicado durante a atividade é uma forma de avaliar a percepção de estudantes e da comunidade que visitam os rios, além de mostrar que qualquer pessoa, independente da profissão, pode fazer ciência.

(Foto: Ivan Duarte) - Larissa Azevedo é estudante do curso de Oceanografia da UFPA.
(Foto: Ivan Duarte) – Larissa Azevedo é estudante do curso de Oceanografia da UFPA.

“O protocolo serve como um catalisador da ciência cidadã, por meio dele nós conseguimos avaliar a percepção de quem vem participar da atividade. [Na ação] eles são convidados a chegar próximo aos rios e a partir daí discutir as questões ambientais: se tem vegetação ao longo da margem, se tem animais no local, se tem atividade antrópica, qual a cor da água e por aí vai. Com isso, nós queremos mostrar que crianças e adultos de diferentes profissões e faixa etárias, podem fazer ciência”, enfatiza a estudante.

Resíduos plásticos são transformados em outros materiais

Além do OCA Social, o Observatório da Costa Amazônica originou um outro projeto, o “Precious Plastic”, que atua na desplastificação de rios urbanos e na transformação dos resíduos, principalmente tampas de garrafa retiradas dos rios, em novos objetos, como porta-copos e brinquedos. “Para a pessoa levar um desse para casa a gente faz um sistema de trocas: a cada 100 tampinhas, você leva um lindo brinde feitos com esses materiais”, finaliza Larissa Azevedo.

(Foto: Ivan Duarte) - Resíduos plásticos transformados em outros materiais.
(Foto: Ivan Duarte) – Resíduos plásticos transformados em outros materiais.

Programação

No próximo dia 5, o projeto promoverá uma programação especial de Natal. “As luzes do Tucunduba no Natal de 2024”, contará com atividades no espaço Itec cidadão, na UFPA, que iniciarão pela manhã e seguirão até o início da noite. O evento será gratuito e aberto a toda população.

 

Fonte: André Furtado | Especial Para O Liberal e  Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/11/2024/15:25:41

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Monitoramento fluvial por satélite é aliado na preservação dos rios da Amazônia

Diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Alice Castilho (Foto: Thiago Gomes | O Liberal)

Se mostrando eficiente, a ferramenta tem permitido acompanhar e fiscalizar a dinâmica fluvial da região amazônica

Neste domingo (24), Dia do Rio, a importância da preservação desses corpos d’água ganha novos contornos com o uso da tecnologia. Com o uso de satélites para monitorar a dinâmica fluvial, o Brasil tem avançado na gestão dos recursos hídricos, especialmente na Amazônia. Com iniciativas como o projeto SWOT for South America, liderado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), é possível acompanhar o comportamento dos rios – em um contexto de constantes alterações no comportamento hidrológico.

Também com o objetivo de preservação dos rios, atualmente, a tecnologia é uma aliada nesse esforço. Por meio do sensoriamento remoto, um tipo de monitoramento a partir do uso de satélites para observação de superfícies a distância, a ferramenta tem permitido acompanhar e fiscalizar a dinâmica fluvial da região amazônica. Em diversas áreas do bioma e em todo o País, essa fiscalização é realizada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) com o projeto SWOT for South America (SWOT para a América do Sul).

No atual cenário de mudanças climáticas, que afeta diretamente o comportamento dos rios, a tecnologia do uso de sensoriamento remoto é de extrema importância para aprimorar a gestão dos recursos hídricos, como avalia a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho. “Os satélites têm órbitas definidas e, nos pontos em que eles passam, onde há interseção com os rios, nós temos novos pontos de monitoramento. No entanto, isso não dispensa a checagem da fiscalização in loco”, explica.

E com esse recurso, é possível identificar possíveis mudanças nos níveis e vazões dos rios, monitoramento de chuvas, qualidade da água, problemas como seca, entre outros eventos extremos. “No final de 2022, foi enviado um novo satélite, que é o SWOT, o qual é treinado para enxergar água. Até então, os rios que podiam ser monitorados pelos satélites existentes, eram rios mais largos, principalmente os rios amazônicos. Agora, com esse outro satélite, podemos enxergar rios que têm uma largura menor”.

“A bacia amazônica é gigantesca. Estamos enfrentando uma seca severa. Com isso, podemos avaliar, por exemplo, se está ocorrendo muita utilização de água subterrânea, com o armazenamento de água no solo. E também checar se existe muita demanda para irrigação através do mapeamento da evapotranspiração e ainda verificar se está acontecendo um uso indiscriminado de água em função do monitoramento do nível e das vazões dos rios. E prever cheias e estiagem”, completa Alice.

Avanço

Já o engenheiro cartógrafo do Serviço Geológico do Brasil, Daniel Moreira, aponta os principais avanços com esse monitoramento: “O grande avanço é que a gente já está usando esses dados nos nossos boletins de monitoramento. A nossa rede é muito extensa e não consegue cobrir toda a Amazônia. O sensoriamento remoto tem permitido monitorar regiões que a gente nunca monitorava antes. Ou que a gente tinha uma extrema dificuldade no monitoramento”.

Moreira também enfatiza que, a partir dos dados de observação por satélite, é possível promover ações para propor soluções para determinadas situações, como no caso das secas. Tudo isso a partir da projeção de cenários a partir da utilização da ferramenta do sensoriamento remoto. “E debatemos sobre como o Brasil pode colaborar com um lançamento de missões [espaciais] mais dedicadas aos nossos problemas. E para ajudar a entender os fenômenos [hidrológicos]”, completa o pesquisador.

 

Fonte: Gabriel Pires – O Liberal e  Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/11/2024/15:08:29

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O povo Kayapo é contra a Ferrogrão

Protesto Liderança indígena expõe impactos da Ferrogrão na COP-29 -(Foto:Viviane Borari )

Mydje Kayapo Mekrangnoti, liderança Kayapo Mekrangnoti, da Terra Indígena Baú, situada em Novo Progresso, diretor de relações públicas do Instituto Kabu e membro da Aliança “Ferrogrão Não” informa que o povo Kayapo é contra a Ferrogrão.

“A Ferrogrão é um projeto de morte que traz mais branco para o nosso território e traz mais desmatamento para plantação de soja”, afirma Mydje.

Amazônia Alerta
Florestas Públicas sob ameaça: impactos socioambientais e fundiários da Ferrogrão
Ministério dos Transportes insiste no projeto ferroviário que além de ameaçar terras indígenas e comunidades tradicionais poderá acelerar a apropriação indevida de florestas não destinadas, no Pará.

Entre os dias 25 e 28 de novembro, Belém, no Pará, será palco de um importante Seminário promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) sobre regularização fundiária e destinação de florestas públicas.

Realizado no Auditório Paulo Cavalcanti, no Museu Emílio Goeldi, o evento contará com a presença de líderes do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT) e de representantes de organizações e movimentos sociais. Uma das propostas do Seminário é a apresentação pelo MDA de novas normativas no tema e discussão com as lideranças sobre o que ainda pode ser feito.

A nova normativa do Governo pode favorecer a especulação sobre florestas públicas ou ampliar sua proteção, e esse ponto é fundamental na discussão sobre impactos de grandes projetos, como a Ferrogrão, que têm potencial de trazer danos a toda região Oeste do Pará, incluindo mais desmatamento, mais grilagem e menos territórios protegidos.

Destinação de Florestas Públicas no combate ao desmatamento

Para a Fase Amazônia, a destinação de florestas públicas é um tema constante na agenda do combate ao desmatamento, no bioma Amazônia. A regularização fundiária é um dos pontos centrais do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, o PPCDAM, retomado pelo Governo Lula.

De acordo com o Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNPF) o déficit de destinação de florestas públicas, ou seja, as florestas públicas tipo B, representam 19,4% da área total de florestas.

No entanto, de acordo com a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – FASE Amazônia, enquanto o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) pretende dar mais proteção e finalmente destinar as florestas públicas para comunidades tradicionais, o Ministério dos Transportes mantém foco e insiste no projeto ferroviário que além de ameaçar terras indígenas e comunidades tradicionais poderá acelerar a apropriação indevida de florestas não destinadas.
Tentativa de grilagem já atinge 61% das grandes porções de FPND da Amazônia/ Foto: Marcio Isensee e Sá

Ferrogrão: Impactos socioambientais e a luta pelo território

A construção da EF-170, comumente conhecida por Ferrogrão, está sendo planejada para um eixo paralelo a BR-163, na região da Bacia do Tapajós, ligando Sinop/MT a Itaituba/PA para transporte de grãos aos complexos portuários de Miritituba, Itapacurá e Santarenzinho.

Para a Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Itaituba, “a Ferrogrão não é ameaça só nos lugares que estão planejados para passar os trilhos, as regiões próximas já sofrem com os efeitos dos conflitos, que devem aumentar com o avanço do projeto”, enfatizam.

Na área do eixo da ferrovia estão Unidades de Conservação (FLONAs e o PARNA Jamanxim), diretamente afetadas. Em áreas próximas ao eixo, estão Terras Indígenas, como a TI Baú. Além dessas áreas destinadas, tipificadas como florestas públicas tipo A,  ainda existem terras públicas arrecadadas (glebas) com florestas, sem destinação (as tipificadas florestas públicas tipo B).

“Em 2023, o Governo Federal havia editado o Decreto nº 11.688 que impedia a privatização dessas áreas de florestas públicas tipo B. Contudo, após pressão interna, o Governo alterou o texto por meio do Decreto nº 12.111 de 2024, para que fosse permitida a privatização dessas áreas e a parcela de floresta compusesse a reserva legal do imóvel rural”, aponta a Fase Amazônia.

A previsão, agora, é de que a proposta de construção da ferrovia já tenha impulsionado os processos de conversão de uso da terra, nessas áreas, que já enfrentam forte pressão interna. Operações do IBAMA e da Polícia Federal tentam combater queimadas e esquemas de grilagem que, há décadas, afetam essas áreas. Além disso, os registros no Cadastro Ambiental Rural por ocupantes se avolumam e aumentam as disputas territoriais.

A CPT/ Itaituba ressalta o impacto direto na Flona do Jamanxim, que já possui muita ocupação ilegal e há muita pressão de fazendeiros para revogação da criação da Flona. Para a organização, “nesse caso, a desafetação de parte da Flona para atender aos interesses da Ferrogrão, acaba por atender também os interesses dos invasores”, reforça.

A pavimentação da BR-163 já evidenciou os impactos do ordenamento territorial na região oeste do Pará, e a Ferrogrão promete intensificar essa pressão.

Entende-se que mesmo iniciativas como a privatização de terras para agricultura familiar, com titulação de lotes de até 300 hectares (4 módulos fiscais em Itaituba e Novo Progresso), não possuem políticas efetivas para evitar a reconcentração fundiária e a formação de latifúndios. Esse vazio normativo agrava os riscos de exclusão social e ambiental.

A CPT Itaituba alerta que a especulação fundiária, que também é uma questão que acirra a grilagem e gera violência, é um fator que tem sido almejado por grileiros e demais atores do agronegócio, pois almejam como último plano, a indenização pelas áreas afetadas pela ferrovia. De um lado, sendo indenizados em áreas muitas vezes griladas, geram lucros e de outro gera possibilidade de legalização da grilagem.
Petição pede o fim do projeto da Ferrogrão/ Foto Pedro Alcântara (@mboia)

Resistência regional

No Tapajós, a oposição à Ferrogrão tem mobilizado diversos grupos. Povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, organizações não governamentais e ativistas formaram a Aliança #FerrogrãoNão, que liderou protestos em Santarém, Brasília, São Paulo e outras localidades. Em novembro, a rede apoiou o 7º Grito Ancestral, que incluiu o fechamento simbólico do Rio Tapajós, por cerca de 06 horas.

Durante a COP 29, em Baku, no Azerbaijão, as lideranças indígenas Alessandra Munduruku e Cleidiane Vieira denunciaram os impactos sociais e ambientais da Ferrogrão para a Amazônia.

Mydje Kayapo Mekrangnoti, liderança Kayapo Mekrangnoti, da Terra Indígena Baú, situada em Novo Progresso, diretor de relações públicas do Instituto Kabu e membro da Aliança FerrogrãoNão informa que o povo Kayapo é contra a Ferrogrão.

“A Ferrogrão é um projeto de morte que traz mais branco para o nosso território e traz mais desmatamento para plantação de soja”, afirma Mydje.

A resistência e a luta das populações do Tapajós expressa a força das comunidades em defesa de seus territórios e modos de vida, frente a empreendimentos que ignoram os impactos sociais e ambientais na Amazônia.

Organizações como o Tapajós de Fato, a Fase Amazônia, a CPT Itaituba e o Instituto Kabu fazem parte da Aliança Ferrogrão Não.

 

Fonte:Por: Marta Silva Fonte: Tapajós de Fato/Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/11/2024/06:41:43

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‘Vem passarinhar’ convida público para imersão na natureza da ilha do Combu

A proposta é observar e conhecer de perto a imensa variedade de aves da Amazônia. — Foto: Agência Pará

A proposta é observar e conhecer de perto a imensa variedade de aves da Amazônia. As inscrições são gratuitas.

Neste sábado (23), o evento “Vem passarinhar” convida os amantes da natureza para uma imersão na ilha do Combu. A proposta é observar e conhecer de perto a imensa variedade de aves da Amazônia.

A programação começa às 6h, com ponto de saída na praça Princesa Isabel, no bairro da Condor. Os participantes seguirão para a APA da ilha do Combu, uma área reconhecida por sua rica biodiversidade e pela presença de inúmeras espécies de aves. O retorno está previsto para o meio-dia.

O evento “Vem Passarinhar”, promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), em parceria com o Clube de Observação de Aves do Pará (Coapa).

Programação

Além da tradicional passarinhada, o evento contará com uma palestra ministrada por Humberto Pereira, presidente do Coapa. Sob o tema “Análise do cenário da observação de aves no Pará”, ele irá abordar o crescimento dessa atividade no estado, além de discutir a importância da preservação ambiental e do turismo sustentável na região.

Vagas limitadas

As inscrições para o “Vem Passarinhar” são gratuitas e devem ser realizadas previamente por link. O número de vagas é limitado, e é importante garantir a vaga com antecedência.

A Ilha do Combu, localizada na área insular de Belém, é uma das maiores reservas de manguezais do estado e um destino popular entre turistas e pesquisadores. O local abriga várias espécies, entre elas, arapaçus, beija-flores e araçaris, tornando-se um ponto estratégico para os observadores.

Para quem deseja participar, a dica é levar roupas leves, chapéu, protetor solar e, claro, uma câmera ou binóculos para registrar os melhores momentos da atividade.

 

Fonte: g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 23/11/2024/09:17:12

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Governo quer modelo inédito e permanente de fiscalização ambiental em estrada na amazônia

(Foto: Reprodução) – Empresa faria monitoramento da BR-319, que corta a floresta, com portais de controle, sistemas e vistoria in loco

O Ministério dos Transportes trabalha na elaboração de uma proposta para fazer um contrato permanente de fiscalização ambiental da BR-319, a estrada federal que liga Porto Velho a Manaus e que enfrenta, há anos, dificuldades de licenciamento ambiental para que seja novamente pavimentada.

Segundo informações obtidas pela Folha, o plano é bancar, com recursos públicos, a prestação de serviços de monitoramento e controle de tráfego, envolvendo sistemas eletrônicos e fiscalização in loco, como forma de evitar que a retomada da estrada possa acelerar o desmatamento em uma das áreas mais sensíveis da amazônia.

Caso o projeto avance, seria um modelo inédito da gestão federal que, hoje, concentra a sua fiscalização ambiental no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

A ideia já tem sido debatida com o MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) e com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), banco de fomento que já tem experiências com a mediação de concessão de parques federais, as chamadas unidades de conservação ambiental.

O trabalho privado seria um complemento às ações já realizadas por Ibama, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal na região. O objetivo é ter o modelo de contratação detalhado e fechado no início do ano que vem.

A retomada da estrada enfrenta forte resistência de organizações civis e ambientalistas, que veem no retorno do asfalto o aumento da destruição ambiental. Já o governo afirma que será justamente a pavimentação o que permitirá um controle intensivo da rodovia. Por ano, cerca de R$ 200 milhões já são gastos com manutenção da estrada.

Atualmente, mesmo sem asfalto, a BR-319 tem fluxo constante de caminhões, que fazem filas quilométricas ao longo do trecho, transportando carga entre as duas capitais.

Aberta pelo governo militar em 1976, a rodovia de 877 quilômetros já chegou a ser completamente asfaltada. Em pouco mais de uma década, porém, sua manutenção foi abandonada e, no fim dos anos 1980, já estava intrafegável.

Hoje, o asfalto é realidade nos primeiros 200 km de rodovia, a partir de Porto Velho. Em seu outro extremo, a partir de Manaus, 250 km da estrada também possui pavimentação. No chamado “trecho do meio”, entre os km 250 e 656, uma extensão de 400 km está hoje em leito natural, após a deterioração completa.

Na semana passada, em visita ao estado do Amazonas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo vai avançar com a pavimentação do trecho do meio da estrada.

O compromisso foi reafirmado em encontro com os senadores do Amazonas Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), no qual trataram de medidas para levar água potável para a região de São Gabriel da Cachoeira (AM). O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), também participou do encontro.

“O presidente confirmou que teremos um novo plano de governança para a BR-319, com esse monitoramento constante. Nós queremos que seja monitorado mesmo, não temos interesse nenhum em desmatamento ou queimada. É a floresta em pé que nos interessa”, disse à Folha o senador Omar Aziz.

“Nós fiscalizamos mais de 11 mil quilômetros de fronteira da Amazônia com outros países. Não vamos conseguir fiscalizar 400 km de estrada?”, questionou.

No mês passado, uma decisão do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) derrubou uma liminar que havia suspendido, em julho, a licença prévia ambiental para o asfaltamento do traçado central da BR-319. Essa licença havia sido emitida no fim de 2022, nos últimos meses do governo Jair Bolsonaro.

Segundo o Observatório BR-319, uma rede de organizações da sociedade civil que atuam na área de influência da rodovia, o processo de licenciamento tem uma série de falhas, o que envolve falta de consultas aos povos indígenas da região.

A região de influência da BR-319 já é marcada pela extração ilegal de madeira. Em localidades como a Vila Realidade, criada a partir de um assentamento do Incra, próximo de Humaitá (AM), é possível encontrar diversas madeireiras operando pelo caminho.

(Foto:Fogo às margens da rodovia BR-319, que liga Porto Velho a Manaus)
(Foto:Fogo às margens da rodovia BR-319, que liga Porto Velho a Manaus)

Pela estrada, costuma ser intenso o tráfego noturno de caminhões lotados de madeira extraída ilegalmente, como forma de escapar de uma possível fiscalização na região.

Neste ano, uma parcela considerável do desmatamento na amazônia ocorreu dentro de terras indígenas, especialmente a Kaxarari e a Tenharim Marmelos, localizadas na zona de influência da rodovia BR-319, segundo dados do Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), da ONG Imaflora.

O valor estimado pelo governo para pavimentação do trecho é de R$ 1,751 bilhão. O plano prevê a construção de 123 estruturas para passagem de fauna ao longo da estrada, com prazo de 48 meses para conclusão. Em setembro, o presidente Lula assinou uma ordem de serviço para renovar o asfalto de 52 km da rodovia, mas fora de seu trecho central.

 

Fonte: André Borges – Folha de S. Paulo e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/11/2024/15:46:42

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Ventos extremos estão derrubando grandes árvores da Amazônia

(Foto:Reprodução) – Por serem centenárias, muitas têm entre 200 e 300 anos, elas estocam uma grande quantidade de carbono.

Eles têm o poder de destruir árvores que levaram, em média, 400 anos para se desenvolver e que são centrais para o combate às mudanças climáticas.

As ações de desmatamento da Amazônia tem gerando um novo comportamento do clima que tem contribuído para outro problema que pode intensificar as mudanças climáticas. Ventos extremos estão derrubando árvores gigantes e centenárias.

Mudanças climáticas vêm intensificando os microbursts, como são chamados os ventos extremos, que causam a morte das árvores gigantes da Amazônia. É o que afirma o estudo Estrutura florestal e recuperação de biomassa a partir de derrapagens eólicas na Amazônia Noroeste, publicado na renomada revista American Geophysical Union (AGU).

No período entre 1985 e 2020, ou seja, em 35 anos, esses eventos quadruplicaram, revela a pesquisa. Eles têm o poder de destruir árvores que levaram, em média, 400 anos para se desenvolver e que são centrais para o combate às mudanças climáticas.

O microburst, também conhecido como microexplosão, tem início a partir de uma nuvem cumulonimbus. Esse tipo de nuvem se caracteriza por um grande desenvolvimento vertical. Dessa nuvem se desprende uma corrente de ar descendente, que cai violentamente de cima para baixo, concentrada em apenas um pequeno trecho da nuvem.

Autor do estudo, que foi desenvolvido na Universidade Friedrich Schiller Jena, o pesquisador David Urquiza falou com exclusividade ao Ecoa direto de Bonn, cidade à oeste da Alemanha. Ele conta que a maior ocorrência de queda de árvores por ventos extremos foi registrada na Amazônia Central e Ocidental, que envolve os estados da região Norte do Brasil.

Clareira aberta na Amazônia após um microburst que derrubou várias árvores gigantes |Arquivo pessoal/David Urquiza
Clareira aberta na Amazônia após um microburst que derrubou várias árvores gigantes |Arquivo pessoal/David Urquiza

Urquiza explica que as quedas são detectadas através da análise do Landsat, um programa que captura imagens da superfície terrestre, permitindo a observação de mudanças no meio ambiente. Esse programa foi desenvolvido em parceria pela Nasa e o Serviço Geológico dos Estados Unidos. “Nessas imagens, podemos detectar os pixels que foram afetados. Um pixel tem um tamanho de 30 x 30 metros, ou 0,09 hectares [que corresponde a 900 m²] “, explica o pesquisador.

Segundo ele, em cada pixel ou 900 m² podem ser encontradas até oito árvores gigantes caídas. As quedas dessas plantas trazem um impacto relevante para o equilíbrio da floresta, pois “criam um mosaico de nichos na paisagem, desencadeando a sucessão secundária e controlando a diversidade e a dinâmica da floresta. Elas produzem mudanças significativas na estrutura, composição e funcionamento do ecossistema”, explica Urquiza.

Impacto ambiental

A perda de uma árvore gigante causa imensos estragos ao meio ambiente. Por serem centenárias, muitas têm entre 200 e 300 anos, elas estocam uma grande quantidade de carbono. Com a sua morte, esse carbono é lançado de volta à atmosfera, desequilibrando a conta de captura versus emissões de carbono. Apesar de representarem apenas 1% das árvores do ecossistema amazônico, essas gigantes são responsáveis por 50% do estoque e fluxo desse gás.

 (Foto: Microbust na Amazônia |Arquivo pessoal/David Urquiza)

(Foto: Microbust na Amazônia |Arquivo pessoal/David Urquiza)

Gisele Biem, pesquisadora de pós – doutorado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), investiga a morte das árvores gigantes no Projeto Gigante. Ela explica que as árvores gigantes, que alcançam o dossel, ou seja, a copa da floresta, facilitam a sobrevivência das espécies mais tolerantes à sombra. “[Elas] Também são importantes para os ciclos de nutrientes e da água nos ecossistemas, sendo capazes de explorar mais recursos tanto acima como abaixo do solo”, complementa Biem.

Na prática, as árvores altas têm papel essencial também na manutenção do ecossistema, servindo de alimento para plantas, a exemplo de epífitas, tipo de planta que vive sobre a outra, e lianas, as conhecidas trepadeiras, que estão enraizadas no solo, mas precisam de outra planta como suporte para manterem-se eretas e crescerem na direção da luz.

(Foto: A pesquisadora Gisele Biem sob o tronco de uma árvore gigante na Reserva Florestal Adolfo Ducke, na Floresta Amazônica |© Dado Galdieri/Hilaea Media
(Foto: A pesquisadora Gisele Biem sob o tronco de uma árvore gigante na Reserva Florestal Adolfo Ducke, na Floresta Amazônica |© Dado Galdieri/Hilaea Media

E servem também para alimentar animais, como as aves. Atualmente, na Amazônia, as maiores árvores encontradas são as Dinizia excelsa, da família Fabaceae, popularmente chamada de Angelim Vermelho, encontradas no Parque do Tumucumaque, no Amapá.

Elas têm, em média, entre 60 e 80 metros. Apenas no Amapá as árvores alcançam esse tamanho – nas demais partes da Amazônia brasileira, elas chegam até 40 metros.

“Nós sabemos muito pouco sobre as árvores gigantes, quais as espécies, distribuição e variação de tamanho nos trópicos. Elas são pouco estudadas pois são muito raras na paisagem”, explica Biem.

 

Fonte: DOL Carajás com informações de UOL Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/11/2024/15:17:13

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