Presidente do PSB avalia aliança com Lula: ‘precisamos ir além’, diz

PT e PSB têm o mesmo interesse em eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto:Arquivo / Agência Brasil)

PT e PSB tentam viabilizar um acordo para se unirem nas eleições de outubro, mas ainda divergem sobre quem terá o direito de indicar a cabeça de chapa nas eleições estaduais

No momento em que a construção de uma federação com o PT enfrenta entraves em torno de candidaturas estaduais, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, foi às redes sociais defender que alianças políticas sejam programáticas, e não apenas eleitorais. Ambos os partidos tentam viabilizar um acordo para se unirem nas eleições de outubro, mas ainda divergem sobre quem terá o direito de indicar a cabeça de chapa nas candidaturas aos governos de Pernambuco, São Paulo e mais quatro Estados. As informações são da Agência Estado

“Coligação partidária implica em afiar ideias para avançar em um projeto de país. Ela deve ser programática, ideológica, e não apenas eleitoral, sob pena de repetirmos o passado. Precisamos ir além”, escreveu Siqueira.

Diferentemente das coligações – proibidas nas eleições proporcionais desde 2020 -, as federações vão além da disputa eleitoral: criam uma “fusão” temporária entre as siglas envolvidas, que precisam permanecer unidas por pelo menos quatro anos. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, tem defendido que as legendas estarão juntas nas eleições, se não federadas, coligadas.

Em entrevista nesta terça-feira, 18, Siqueira criticou o que chamou de “visão exclusivista” do partido de Lula. Embora se trate de uma “atitude natural” de quem tem a maioria, segundo ele avalia, o partido precisaria ceder espaço para permitir a ampliação do centro.

“Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas. Porque, afinal de contas, serão elas todas palanques do presidente Lula por todo o País”, afirmou. As declarações foram feitas ao jornal Correio Braziliense.

O prazo para registro de federações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) termina no início de abril, seis meses antes do pleito. Gleisi Hoffmann e Siqueira se reunirão para discutir esse assunto nesta quinta-feira, 20, em Brasília. Embora ambas as siglas tenham o mesmo interesse no plano nacional – eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, as negociações esbarram no desejo de lançar candidatos próprios nos Estados. Em São Paulo, por exemplo, o PT não abre mão da candidatura de Fernando Haddad, que disputaria contra Márcio França (PSB).

Jornal Folha do Progresso em 20/01/2022/09:12:07

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Justiça eleitoral – Administração pública não pode fazer doações de bens e valores a partir deste 1º de Janeiro

Urna Eletrônica (foto: Reprodução)  – A administração pública não poderá distribuir gratuitamente bens, valores ou benefícios a cidadãs e cidadãos a partir desse sábado (1º/1). A exceção somente será aberta para atender casos de estado de calamidade ou emergência pública ou para dar andamento a programas sociais previamente existentes, com orçamento em execução.

Em ano de eleição doações de órgãos públicos só pode correr em caso de calamidade.

A proibição é imposta pelo parágrafo 10 do artigo 73 da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997) para evitar o uso da máquina e de recursos públicos por agentes políticos com o objetivo de alavancar eventuais candidaturas ou de correligionários nas eleições de 2022. (A informação é do Conjur)

Com base na exceção permitida pela legislação, as localidades dos estados da Bahia e de Minas Gerais que foram atingidas pelas fortes chuvas nos últimos dias, por exemplo, ainda poderão prestar assistência material aos desabrigados se houver sido decretado estado de calamidade pública ou de emergência pela autoridade municipal.

Da mesma maneira, os beneficiários de programas sociais oficiais poderão continuar a receber auxílio, desde que o programa esteja previamente fixado em lei e tenha orçamento em execução a partir do exercício anterior. Em qualquer caso, o Ministério Público poderá acompanhar a execução administrativa e financeira dos programas assistenciais para afastar qualquer irregularidade.

Este sábado também marca o começo do período em que os órgãos públicos federais, estaduais ou  municipais, ou das respectivas entidades  da administração indireta, ficam impedidos de fazer despesas com publicidade que superem a média  de gastos do primeiro semestre dos últimos três anos que antecedem o pleito. A restrição está prevista no inciso VII do artigo 73 da Lei das Eleições.

Jornal Folha do Progresso em 03/01/2022/09:25:50

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Eleições 2022: quem são os pré-candidatos a Presidente e os obstáculos que devem enfrentar

(Foto:Crédito, Getty Images) –  Jair Bolsonaro vai disputar a reeleição enquanto Lula tenta retornar ao Palácio do Planalto para um terceiro mandato. Enquanto isso, candidatos de esquerda e direita tentam se viabilizar com ‘terceira via’

Esta reportagem será constantemente atualizada para refletir novas candidaturas e a retirada de nomes da disputa presidencial até o registro oficial pelos partidos no ano que vem.

A eleição presidencial de 2022 tende a gerar grande polarização, com Jair Bolsonaro (PL) disputando a reeleição e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentando retornar à Presidência da República para um terceiro mandato.

Mas pré-candidatos de esquerda, centro e direita tentam se viabilizar como “terceira via”, entre eles Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos).

Já o PSDB escolheu o governador de São Paulo, João Dória, como pré-candidato do partido à eleição. Mas ele terá a tarefa difícil de resgatar a relevância do partido na corrida presidencial. Em 2018, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, ficou em quarto lugar no primeiro turno, com pouco mais de 4% dos votos.

Até agora, a única mulher na disputa é a senadora Simone Tebet, do MDB. A lista definitiva de candidatos só vai ser definida nas convenções partidárias que vão ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto de 2022.
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A BBC News Brasil lista aqui as pessoas que, pouco menos de um ano antes da eleição, já foram lançadas como pré-candidatas — e os desafios que cada uma tem a enfrentar.

Jair Bolsonaro, pelo PL

bolso                   Crédito, EPA/Joedson Alves

O presidente Jair Bolsonaro vai disputar a reeleição pelo Partido Liberal, legenda de Valdemar Costa Neto, um dos condenados no escândalo do mensalão. Atualmente, um dos principais desafios de Bolsonaro é a popularidade em baixa. Segundo pesquisa Datafolha de setembro, 53% consideram o seu governo ruim ou péssimo — o pior índice desde o início do mandato. Na pesquisa anterior, o percentual era de 51%.

Alguns elementos contribuíram para essa queda: a reação do governo à pandemia do coronavírus; os escândalos envolvendo filhos do presidente, especialmente o chamado caso das “rachadinhas”; e as acusações relacionadas à compra de vacinas contra a covid.

A crise econômica, com alta contínua da inflação, e o aumento da pobreza também podem significar desafios para a reeleição de Bolsonaro. Por outro lado, o aumento do valor do Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) pode ajudar a recuperar parte dos votos. Bolsonaro deu novo nome ao Bolsa Família, numa tentativa de imprimir marca própria na assistência social. O presidente também conta com uma base de eleitores fiéis dispostos a ir às ruas para defender suas posições, como ocorreu nos protestos de 7 de setembro.

“O principal desafio de Bolsonaro é a avaliação ruim do seu governo, conforme mostram pesquisas de opinião”, disse à BBC News Brasil o cientista político Claudio Couto, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Tem bolsonaristas que não abandonam Bolsonaro, mas tem os bolsonaristas de ocasião, que podem abandonar Bolsonaro e ir para outros candidatos de direita, principalmente para Sérgio Moro”, avalia.

Para Couto, Bolsonaro tem dois desafios pela frente que não existiam na eleição de 2018. Primeiro, ele vai ter que centrar força na campanha em atacar dois candidatos: Sérgio Moro, seu principal adversário na disputa para chegar ao segundo turno; e Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.

“Em 2018, Bolsonaro só precisava atacar Lula. Ele era o candidato do antipetismo. Agora, tem Moro como alternativa e ele vai precisar centrar fogo em duas frentes no primeiro turno”, diz Couto.

O segundo desafio é o fato de que Bolsonaro terá mais dificuldade para sustentar o discurso de combate à corrupção, especialmente após as denúncias de corrupção na compra de vacinas contra a covid e as acusações de que tentou interferir em investigações da Polícia Federal.

Se antes de se eleger presidente Bolsonaro era um dos principais defensores da Lava Jato, foi durante seu governo que a força tarefa foi desmantelada e o ritmo das investigações se reduziu consideravelmente.

“Para Bolsonaro o discurso anticorrupção foi perdido e foi perdido por conta dos problemas na família, o envolvimento em compra de vacina, e o favorecimento de seus aliados do Centrão. Esse discurso, a não ser para quem acredita que o PT detém o monopólio da corrupção, não vai colar como em 2018”, diz Couto.

Bolsonaro está, atualmente, em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás apenas de Luiz Inácio Lula da Silva. Num eventual segundo turno com Lula, ele poderá voltar a personificar o antipetismo que o ajudou a se eleger em 2018.

Luiz Inácio Lula da Silva, pelo PT

lula                    Crédito, EPA/LUCA PIERGIOVANNI

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvia aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, seguido por Bolsonaro e Sérgio Moro. Desde que teve sua condenação por corrupção anulada pelo Supremo Tribunal Federal, sua candidatura pelo PT à Presidência é tida como certa por políticos do partido.

Embora, não tenha confirmado que irá concorrer, o ex-presidente tem participado de eventos para discutir propostas para o Brasil, vem se reunindo com setores da sociedade, como lideranças evangélicas, e até rodou a Europa para dialogar com chefes de Estado e de governo.

O principal obstáculo do ex-presidente é o antipetismo, que ainda deve ter peso na próxima disputa presidencial, com eleitores buscando alternativas numa terceira via ou recorrendo a Moro ou Bolsonaro para evitar um retorno de Lula.

“O Lula tem a dificuldade de vencer o antipetismo. Mas isso está mais fraco do que foi anteriormente. Uma parte dos problemas que originou o antipetismo, que é o escândalo de corrupção, se dissolveu pelo tempo que passou, são escândalos já precificados”, avalia Claudio Couto, da FGV..

Lula tem a vantagem de, ao menos por enquanto, só ter Ciro Gomes (PDT) como adversário de esquerda na disputa. Todos os demais pré-candidatos são associados à centro-direita ou direita. Isso garante a ele maior facilidade para chegar ao segundo turno.

“Lula, de todos os candidatos, é o que pode estar na posição mais confortável. Ele tem na esquerda um apoio consolidado. Ciro Gomes, ao bater forte em Lula e Dilma, como tem efeito, abdicou de parte do eleitorado da esquerda”, diz Couto.

Sergio Moro, pelo Podemos

sergio                   Crédito, REUTERS/Adriano Machado

Em 10 de novembro, o ex-juiz Sergio Moro se filiou ao Podemos numa cerimônia na qual o partido o anunciou como “futuro presidente da República”.

Depois de deixar os processos da Operação Lava Jato, renunciar ao cargo de juiz, entrar para a política como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e pedir demissão, Moro se torna o principal adversário do atual presidente na disputa para o segundo turno da eleição presidencial de 2022.

Nas primeiras pesquisas de intenção de voto realizadas após a filiação ao Podemos, o ex-juiz aparece em terceiro lugar na disputa, atrás de Lula e Bolsonaro, mas com tendência de alta no desempenho.

Pesquisa PoderData realizada na semana do dia 22 a 24 de novembro, aponta Lula com 38% das intenções de voto, Bolsonaro em segundo lugar, com 27%, e Moro em terceiro, com 14%.

“Ele é um candidato que tende a crescer agora. Primeiro, por se confirmar como candidato de fato. Antes era apenas uma hipótese de candidato. Ele agora tem chances de roubar votos de Bolsonaro, já que parte do eleitorado do presidente também é ‘morista’ ou ‘lavajatista'”, avalia Claudio Couto, da FGV.

Por outro lado, Moro terá o desafio de comprovar que suas capacidades vão além do discurso anticorrupção. Também terá de enfrentar as acusações de que agiu com parcialidade nos julgamentos da Lava Jato e de que cometeu abusos durante a investigação. Mas ele tem espaço para conquistar votos de antipetistas, e pode roubar parte do eleitorado do PSDB que desaprova Bolsonaro, mas também não quer o retorno de Lula.

“Ele vai ter que demonstrar que consegue dominar outros temas e fazer promessas críveis. Apostaria numa disputa entre Moro e Bolsonaro para chegar ao segundo turno. Os dois vão se vender como baluartes do antipetismo, mas Moro vai precisar comprovar que é mais que um ex-juiz”, diz Couto.

João Dória, pelo PSDB

jo doria                    Crédito, REUTERS/Adriano Machado

O governador de São Paulo, João Dória, foi escolhido para ser candidato do PSDB após vencer o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, em prévias realizadas pelo partido.

Durante a pandemia do coronavírus, Dória se projetou ao adotar postura oposta à de Bolsonaro na reação à crise. Nos picos de infecção, ele defendeu lockdowns, fechamento de comércio e restaurantes e medidas de isolamento social, além de ter investido, por meio do Instituto Butantan, na produção da CoronaVac, a primeira vacina a ser disponibilizada no Brasil contra a covid-19.

Para se cacifar nacionalmente, a tendência é que ele se apresente como “o candidato da vacina” contra covid, ou seja, como alguém que reagiu à crise. Mas pesquisas de intenção de voto realizadas até agora o colocam na quarta ou quinta posição no primeiro turno.

O PSDB vem passando por um processo de desgaste interno e, na última eleição presidencial, candidato tucano Geraldo Alckmin só alcançou 4% dos votos no primeiro turno — resultado considerado desastroso para um partido que sempre figurava em primeiro ou segundo lugar na disputa presidencial desde 1994.

Além disso, Dória enfrenta resistências dentro do próprio partido e corre o risco de ser alvo de “fogo amigo” durante a campanha. “Há chance de integrantes do PSDB apoiarem outros candidatos de centro e direita, como Sérgio Moro”, diz Claudio Couto, da FGV.

Dória também vai enfrentar o desafio de convencer o eleitorado de outras regiões do país, especialmente do Nordeste, que não é um político centrado nos interesses e desafios de São Paulo e do Sudeste.

“Dória ainda tem uma imagem antipática fora de São Paulo, de alguém muito distante da realidade das regiões mais pobres do país. Ele precisa vencer essa resistência e terá a tarefa de comprovar que tem sensibilidade para questões de outros Estados”, avalia o professor de ciência política da FGV.

Ciro Gomes, pelo PDT

ciro gomes                   Crédito, REUTERS/Amanda Perobelli

Se for confirmada a sua candidatura à Presidência pelo PDT, esta será a quarta vez que Ciro Gomes concorre ao cargo. Em 2018, ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 12,5% dos votos.

Ele também concorreu à Presidência em 2002 e 1998. Candidato associado à esquerda ou centro-esquerda, Ciro Gomes tenta novamente despontar como terceira via, ou seja, alternativa a Lula e Bolsonaro.

A seu favor, ele conta experiência política, numa eleição que não dará o mesmo peso a “outsiders” ou figuras antipolíticas como a de 2018. Ciro foi prefeito de Fortaleza, deputado estadual, deputado federal, governador do Ceará e ministro dos governos Itamar Franco e Lula.

Ele passou por sete partidos e deve concorrer à eleição de 2022 pelo PDT. Para fazer frente à candidatura de Lula, Ciro tem adotado uma estratégia de ataque, criticando fortemente o ex-presidente petista.

“Lembre que o Brasil mudou muito e Lula não renovou as ideias. Será que ele se corrigiu e não vai repetir aqueles erros terríveis que você só descobriu depois? O pior é que você nunca viu ele pedir perdão pelos erros e está vendo ele se juntar de novo às mesmas pessoas”, escreveu Ciro nas redes sociais.

O ex-governador do Ceará também chegou a acusar Lula de conspirar para o impeachment de Dilma e, quando a petista saiu em defesa do padrinho político, Ciro reagiu dizendo que a ex-presidente foi uma das pessoas “mais inapetentes, incompetentes e presunçosas” a presidir o Brasil.

Se por um lado essa estratégia visa firmar Ciro Gomes como alternativa a Lula, por outro, pode eventualmente afastar eleitores que nutrem alguma simpatia pelo PT ou que defendem uma ampla aliança anti-Bolsonaro.

“Ao mesmo tempo em que essa estratégia pode custar votos de eleitores da esquerda, Ciro tem dificuldade em conquistar, de fato, eleitores da direita. Ele ainda é visto como alguém, no mínimo, de centro-esquerda”, diz o cientista político Claudio Couto.

Simone Tebet, pelo MDB

simone                    Crédito, DIVULGAÇÃO/SIMONE TEBET

Única mulher até o momento a ser cogitada como pré-candidata à Presidência, a senadora Simone Tebet deve ser lançada para disputar o Palácio do Planalto pelo MDB em dezembro.

Ela foi a primeira mulher a disputar o comando do Senado, em 2021. Também foi a primeira parlamentar mulher a comandar a disputada Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a primeira vice-governadora de Mato Grosso do Sul e primeira prefeita de Três Lagoas (MS).

A possibilidade de candidatura à Presidência surgiu do destaque que Tebet teve na CPI da covid no Senado. Embora não fosse integrante fixa da comissão, ela participou dos principais depoimentos da CPI com uma postura contundente e crítica à gestão do governo Bolsonaro na pandemia.

O principal obstáculo que a senadora deverá enfrentar é se tornar nacionalmente conhecida. “Ela é desconhecida fora de seu estado, o Mato Grosso do Sul. A CPI fez com que ela se tornasse conhecida por uma parcela pequena dos eleitores, aqueles que leem jornal, mas isso não é ainda suficiente”, avalia Couto.

Alessandro Vieira, pelo Cidadania
alessandro                    Crédito, Agência Senado

Lançado como pré-candidato pelo partido Cidadania, o senador Alessandro Vieira (SE), assim como Tebet, se destacou durante a CPI da covid no Senado. Ele também é apresentado pelo Cidadania como uma possível “terceira via” para evitar a polarização Bolsonaro-Lula.

“Alessandro representa o pensamento do campo democrático à polarização existente entre Bolsonaro e Lula. É um sistema que não pode continuar pelo retrocesso e atraso que significam. É um senador que tem boa presença, com muito engajamento nas redes, uma postura de extrema competência e reconhecida pela opinião pública”, defendeu o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, ao anunciar que Vieira seria candidato à Presidência pelo partido.

Nascido em Passo Fundo, Vieira tem 46 anos, é delegado da polícia civil e novato na política, sendo eleito pela primeira vez senador em 2018 pelo Sergipe. Na época, ele declarou voto em Bolsonaro, mas depois disse que se arrependeu e se tornou um dos principais críticos do presidente na CPI da covid.

“Me arrependo profundamente do voto no Bolsonaro. Faço parte de um grupo de milhões de brasileiros que, primeiro, estava movido por um sentimento de não votar no PT. Subestimei o mal que Bolsonaro poderia fazer. Imaginei que ele poderia ter um governo com uma equipe técnica forte que evitasse esses equívocos. E foi o contrário, temos ele submetendo a equipe técnica”, disse Vieira em entrevista à BBC News Brasil em junho.

Mas, apesar da projeção que ganhou na CPI, Vieira tem como obstáculo o fato de ainda não ser uma figura conhecida em todas as regiões do país

“Ele teve um desempenho bom na CPI, que o tornou uma figura nacionalmente conhecida em alguma medida. Digo em alguma medida, porque quando vemos pesquisas de intenção de voto, muita gente não sabe quem ele é. Ele é conhecida por uma parcela mais elitizada, que acompanhou de perto os trabalhos da CPI”, diz Couto, da FGV.

Luiz Felipe D’Ávila, pelo Partido Novo

luiz felipe                    Crédito, Novo

O cientista político Luiz Felipe D’Ávila foi anunciado no dia 3 de novembro como pré-candidato do Partido Novo à Presidência da República. Em 2018, o partido surpreendeu em desempenho quando seu então candidato à presidente, João Amoêdo, terminou o primeiro turno em quinto lugar, com 2,5% dos votos, à frente de candidatos como Henrique Meirelles e Marina Silva.

Amoêdo, que chegou a anunciar voto em Bolsonaro no segundo turno, passou a defender o impeachment do presidente durante a pandemia. Ele chegou a ser lançado novamente como pré-candidato pelo Novo no início do ano, mas sua candidatura sofreu oposição de parcela dos integrantes do partido, sobretudo entre os que apoiam Bolsonaro. O partido, então, decidiu lançar Luiz Felipe D’Ávila.

Ex-PSDB, D’Ávila coordenou o programa de governo do candidato tucano à Presidência Geraldo Alckmin em 2018, mas depois deixou o partido e recentemente se filiou ao Novo. Ele é crítico de Bolsonaro e Lula, e diz que os dois formaram governos “populistas de direita e esquerda”. Ao ser lançado pré-candidato pelo Novo em cerimônia no dia 3 de novembro, ele defendeu privatizações e outras reformas para reduzir o papel do Estado na economia.

“O populismo apenas perpetua a miséria, a pobreza, a corrupção e o mau funcionamento das instituições democráticas”, disse.

A dificuldade do partido Novo será tornar D’Ávila conhecido nacionalmente. Além disso, enquanto em 2018 o partido se beneficiou de um forte movimento de rejeição da política e de busca por quadros novos, a eleição de 2022 tende a ser menos focada na busca pelos chamados “outsiders”.

Rodrigo Pacheco, pelo PSD

rodrigo pacheco                    Crédito, Agência Senado

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco se filiou em outubro ao PSD, partido do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Embora a pré-candidatura ainda não esteja confirmada, alguns dias antes da cerimônia de filiação de Pacheco, Kassab disse que a ideia é que o senador seja o candidato pelo partido.

“Rodrigo mostrou que tem talento e sabedoria para a vida pública. Se Deus quiser ele é o próximo presidente do Brasil. O PSD está pronto para abraçar suas propostas”, disse o ex-prefeito de SP.

Na cerimônia de filiação, Pacheco defendeu, em discurso, que é preciso acabar com a “divisão” na sociedade brasileira.

“Hoje, estamos todos cansados e descrentes. Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum”, disse.

Mas o senador não quis confirmar se será candidato e disse que “tudo tem seu tempo”. Pacheco enfrenta como principal obstáculo o fato de ser desconhecido do público em geral.

“Ele é conhecido por quem acompanha a política muito de perto. O presidente da Câmara, Arthur Lira, está mais no noticiário- um noticiário negativo muitas vezes, mas que o torna mais conhecido”, destaca o professor Claudio Couto.

Fonte:Da BBC News Brasil em Londres

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TSE inicia testes de segurança da urna eletrônica para eleição de 2022

Investigadores tentarão executar panos de ataque a equipamentos  – (Foto:Fernando Frazão / Agência Brasil)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou nesta segunda-feira (22) o teste público de segurança (TPS) do sistema eletrônico das eleições de 2022. Até sexta-feira (26), 26 investigadores de diversas instituições vão tentar executar 29 planos de ataque aos equipamentos da urna eletrônica. O teste é um procedimento de praxe realizado desde 2009.

As tentativas de burlar o sistema de segurança ocorrem com a disponibilização do código-fonte, procedimento no qual o tribunal entrega aos participantes a chave da programação das máquinas que compõem a urna, como os componentes que realizam o recebimento, a transmissão e a apuração dos votos.

O plano de ataque prevê tentativas de violação do sigilo do voto, identificação de sinais eletromagnéticos a distância, captura de sinais elétricos nas entradas externas e identificação sonora das teclas pressionadas.

De acordo com o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, o tribunal abre o acesso ao código-fonte e permite a realização de planos de ataque para descobrir vulnerabilidades do sistema.

“Isso é o teste público de segurança. É nós aprimorarmos os sistemas mediante ataque de pessoas físicas, instituições, hackers do bem, que queiram tentar vulnerar as diferentes camadas de proteção do sistema. É uma parceria com a sociedade, não é um confronto”, explicou.

Segundo Barroso, se vulnerabilidades forem encontradas, serão corrigidas, e haverá um novo teste para verificar se o sistema continua vulnerável. “Basicamente, é levar a sério a crítica e a vulnerabilidade e procurar corrigi-las”, afirmou Barroso.

A primeira fase dos procedimentos de checagem da segurança da votação foi em outubro deste ano, quando o TSE realizou uma cerimônia de abertura dos códigos-fonte dos sistemas eleitorais.

Por:Agência Estado

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Datena sairá da Band para concorrer à presidência em 2022

Datena passou por uma angioplastia com colocação de stents nas artérias descendente anterior e diagonal. (Foto:Reprodução)

O apresentador do Brasil Urgente anunciou sua saída e disse que o desejo na política é antigo

José Luiz Datena anunciou, na última terça-feira (12), a sua saída da TV Bandeirantes para concorrer à presidência da República em 2022. As informações são do Léo Dias.

Durante o programa ao vivo, o apresentador disse que o seu interesse é de ser “um bom brasileiro” e que para se candidatar precisará deixar a emissora. Atualmente ele comanda o Brasil Urgente, programa policial. Datena é pré-candidato pelo Partido Social Liberal (PSL), que teve fusão com o Democratas (DEM), formando a União Brasil.

“Um dia, um político importante disse que o político tem senso ridículo. O outro me disse que político não pode ter ética. Por essas frases e outras eu não entrei para a política até agora”, disse Datena.
Além de Datena, o partido tem dois pré-candidatos à presidência, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM). A União Brasil ainda inicia uma tentativa de trazer o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Por:O Liberal

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Propaganda partidária em rádio e TV volta a ser permitida pelo novo Código Eleitoral

(Foto:Reprodução) – O texto aprovado do novo Código Eleitoral (PLP 112/21) autoriza o retorno da propaganda partidária gratuita em rádio e televisão, revogada pela Lei 13.487/17, condicionando seu acesso ao cumprimento da cláusula de desempenho.

Para incluir essa medida, a relatora do código, deputada Margarete Coelho (PP-PI), usou como base o substitutivo do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) para o PL 4572/19, do Senado.

Segundo o texto, em cada semestre, o partido que cumprir a cláusula de desempenho da Emenda Constitucional 97 contará com tempos totais de 5, 20 ou 30 minutos, sempre em inserções de 30 segundos. Assim, o partido que tiver eleito até 9 deputados federais nas eleições anteriores poderá usar 5 minutos por semestre; aqueles com 10 a 20 deputados poderão usar 10 minutos; e as legendas com mais de 20 deputados terão tempo de 20 minutos. O tempo é assegurado para inserções nas redes nacionais e em igual quantidade nas emissoras estaduais.

A cláusula de desempenho estipula que somente terão direito ao dinheiro do Fundo Partidário e ao acesso gratuito ao rádio e à televisão os partidos com um mínimo de votos distribuídos por 1/3 dos estados ou um número mínimo de deputados federais, também distribuídos por um 1/3 dos estados. Em cada rede, poderá haver apenas 10 minutos de inserções diárias de 30 segundos.

Participação feminina

Nessa propaganda, que não se confunde com a propaganda eleitoral, os partidos deverão destinar um mínimo de 30% das inserções anuais a que têm direito para promover e difundir a participação política feminina. Também deve assegurar espaço para estimular a participação política de pessoas negras, indígenas e com deficiência, inclusive no tempo reservado para a participação feminina. Por outro lado, será proibida a participação de pessoa filiada a outro partido.

As inserções ocorrerão em três faixas horárias diariamente:
– das 12 às 14 horas, com até 3 minutos totais;
– das 18 às 20 horas, com até 3 minutos; e
– das 20 às 23 horas, até o limite de 4 minutos.

Ao contrário do texto dos senadores, o código proíbe o uso de propaganda paga no rádio e na televisão, apesar de permitir o pagamento de anúncios e de impulsionamento da propaganda até o primeiro semestre do ano da eleição. A emissora que não exibir as inserções perderá o direito à compensação fiscal, além de ser obrigada a restituir o tempo ao partido nos termos definidos em decisão judicial. Em anos eleitorais, esse tipo de propaganda será transmitida somente até 1° de junho.

Conteúdo proibido

Em relação às regras revogadas em 2017, o texto do novo Código Eleitoral inclui novas proibições de divulgação de conteúdo pelos partidos. Será proibida a incitação à violência, em qualquer de suas formas; a defesa de posições ou interesses contrários à forma democrática de governo; e conteúdos ou mensagens que depreciem a condição de mulher ou estimulem sua discriminação em razão do sexo feminino ou em relação à sua cor, raça ou etnia.

Em vez da proibição do uso de imagens ou cenas incorretas ou incompletas e outros efeitos que distorçam ou falseiem fatos, o texto sintetiza esses termos com a proibição de propagar desinformação. A exemplo do que ocorria até 2017, não poderá haver propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de interesses estritamente pessoais ou de outros partidos políticos. As proibições abrangem todas as modalidades e plataformas publicitárias, inclusive a campanha de anúncios e o impulsionamento nos meios digitais.

Sanções
Para os partidos ou pré-candidatos que descumprirem a nova lei, haverá punição com multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder. Quando o descumprimento das regras envolver a propaganda partidária em rádio e televisão, além da multa e da apuração de abuso de poder, o partido será punido com a cassação do tempo equivalente a duas a cinco vezes ao da inserção ilícita no semestre seguinte. Se a transmissão for em bloco, haverá a cassação do direito à propaganda no semestre seguinte.

Esses casos todos serão julgados pelos tribunais regionais eleitorais em caso de propagandas divulgadas em redes estaduais e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se forem em redes nacionais.

Finalidades
Por fim, o projeto lista como finalidades da propaganda partidária a difusão dos programas partidários; a divulgação da posição do partido em relação a temas políticos, comunitários e ações da sociedade civil; o estímulo à inclusão e à participação política de grupos minorizados e vulneráveis; e a divulgação de iniciativas legislativas e governamentais promovidas por partidos políticos e seus filiados, entre outros.

Com informações Agência Câmara de Notícias

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Código Eleitoral: novas regras das eleições são aprovadas pela Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (9) o texto-base do projeto que cria o Código de Processo Eleitoral.

Na sequencia, os deputados analisaram parte dos chamados destaques de bancadas, que são propostas para confirmar ou retirar alguns trechos do texto principal. A conclusão da votação destes destaques ficou para a próxima semana.

A proposta original estabelece uma série de novas regras para as eleições. E contém dispositivos que enfraquecem a fiscalização e punição da Justiça Eleitoral sobre candidatos e partidos, que abrem brecha para impunidade em casos de caixa 2 eleitoral e que restringem a publicação de pesquisas na véspera e no dia das eleições. Todas essas novas regras já valerão nas eleições de 2022.

O relatório da deputada Margarete Coelho (PP-PI) previa uma quarentena de cinco anos para promotores, juízes, militares e policiais que quisessem disputar um cargo eletivo. No entanto, três destaques apresentados pelo PSL foram aprovados e retiraram a restrição para essas categorias do projeto.

O texto-base do Código Eleitoral foi aprovado pelo plenário por 378 votos contra 80 (e 2 abstenções). Para entrar em vigor, as mudanças ainda deverão ser analisadas pelo Senado. Caso o Código também seja aprovado pelos senadores e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro antes do começo de outubro, as regras passam a valer já em 2022 – a legislação brasileira exige que mudanças em regras eleitorais sejam aprovadas com pelo menos um ano de antecedência de uma eleição.

Confira as principais mudanças previstas no projeto do Código de Processo Eleitoral:
Código Eleitoral estabelece fiscalização privada dos partidos

Atualmente, a Justiça Eleitoral é responsável por fiscalizar diretamente as contas dos partidos políticos – e pode puni-los com sanções que variam de multa, perda de direitos partidários e eventualmente até com a proibição do funcionamento da legenda dependendo da gravidade da infração. Contudo, o projeto do novo Código de Processo Eleitoral prevê que as legendas contratem empresas privadas de auditoria, que ao final irão encaminhar um relatório sobre a prestação de contas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Especialistas afirmam que esse dispositivo do projeto abre brechas para que irregularidades nas contas dos partidos sejam ocultadas, pois a empresa que fará a auditoria será contratada pela sigla.

O Código Eleitoral também prevê a redução de cinco para dois anos no prazo para que a Justiça Eleitoral analise a prestação de contas dos partidos. Ou seja, além de não ser mais a responsável pela primeira análise dos balanços das legendas, o poder público terá menos tempo para fazer a análise posterior – o que leva especialistas a prever que haverá aumento da impunidade por dificuldade de a Justiça Eleitoral cumprir o prazo mais apertado.

Outro dispositivo previsto no novo Código é a redução do valor da multa aplicada aos partidos em caso de reprovação das contas apresentadas. Hoje a punição é de 20% do valor apontado como irregular – dependendo do montante envolvido, a cobrança pode chegar a cifras na casa de milhões de reais. Já o novo projeto estabelece um teto de R$ 30 mil para multas decorrentes da desaprovação de contas.

Especialistas afirmam que esse dispositivo pode aumentar a impunidade de partidos e dirigentes que cometam ilegalidades em suas contas.

Projeto permite que Congresso casse decisões do TSE

Atualmente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o responsável por regulamentar a legislação referente às eleições e a atuação de candidatos e partidos. Pelo projeto, o Congresso poderá cassar decisões do TSE, caso haja o entendimento de que regras estão em desacordo com o Código.

Para o movimento Freio na Reforma, formado por uma série de entidades da sociedade civil, a Justiça Eleitoral é fundamental para combater fraudes nas eleições e oferecer procedimentos isentos e transparentes para a escolha dos candidatos. “Deixar que essa competência fique a cargo do Congresso Nacional subverte a lógica da Constituição e representa indevido controle do Poder Legislativo sobre a Justiça Eleitoral”, diz o manifesto do grupo.

O projeto estabelece ainda que uma eventual regulamentação das eleições, feita pelo TSE, só poderá entrar vigor após um ano. Partidos costumavam reclamar que atualmente as regulamentações eleitorais do TSE são feitas a qualquer momento, ao contrário das leis, que têm de ser aprovadas um ano antes das eleições para entrarem em vigor. Para os partidos, isso impede o planejamento de suas ações.
Código Eleitoral abre brecha para impunidade por caixa 2

De acordo com especialistas, o afrouxamento da fiscalização de partidos e candidatos e o enfraquecimento dos poderes do TSE, contidos no Código Eleitoral, abrem brechas para que casos de caixa 2 eleitoral fiquem impunes – embora o texto “aparente” trazer um avanço para coibir o uso de dinheiro não contabilizado nas eleições.

O projeto de lei tipifica pela primeira vez o crime de caixa 2. Atualmente, a Justiça usa leis referentes a outros crimes para punir os infratores, fazendo uma analogia entre esses ilícitos. Para especialistas, isso abre brechas para questionamentos das decisões judiciais. Portanto, a tipificação do crime de caixa 2 seria interessante para garantir a segurança jurídica.

O problema é que outros dispositivos da lei enfraquecem a fiscalização e a atuação da Justiça Eleitoral. E isso pode levar à impunidade de vários ilícitos cometidos nas eleições, incluindo o caixa 2.

Além disso, há outros dois problemas nos dispositivos referentes ao caixa 2 previstos no projeto do Código Eleitoral.

O primeiro é que texto prevê que o candidato que praticou caixa 2 pode firmar um acordo de não persecução penal. Ou seja, ele pode negociar com o Ministério Público que não seja processado pelo crime, em troca de alguma reparação. O projeto também prevê que a Justiça poderá deixar de aplicar a pena se a omissão ou irregularidade na prestação de contas for de pequeno valor. Especialistas em transparência pública criticam esses dispositivos.

O segundo problema é que, dependendo da circunstância, a pena prevista no novo Código Eleitoral pode ser menor do que a que hoje é aplicada a quem cometeu o crime de caixa 2.

O projeto prevê que a pena vai de dois a cinco anos de prisão e multa. É a mesma punição prevista para falsidade ideológica, crime que os juízes geralmente usam atualmente para a não contabilização de despesas eleitorais. A falsidade ideológica é caracterizada porque o candidato deixa de prestar contas adequadamente, fraudando a documentação apresentada à Justiça Eleitoral.

Mas, durante a Lava Jato, o caixa 2 também passou a ser enquadrado, em algumas situações, como corrupção passiva (no caso do candidato que recebeu o valor em troca de alguma ação futura) e corrupção ativa (a empresa ou pessoa que financiou o candidato ilegalmente para obter benefícios públicos). A pena da corrupção ativa e passiva varia de dois a 12 anos de prisão, além de multa – maior do que a prevista pelo projeto.
Participação em debates e propaganda virtual

O Código de Processo Eleitoral estabelece que as emissoras de rádio e TV deverão garantir a participação em debates de candidatos dos partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, dez parlamentares. A participação dos demais candidatos será facultada as organizadoras dos debates políticos.

A regra atual garante a participação em debates de candidatos dos partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares. Existe uma expectativa de que esse número seja restabelecido através de um destaque de bancada que será analisado pelos parlamentares após a aprovação do texto-base.

O projeto também permite o uso de montagens, computação gráfica e outros recursos de vídeo na propaganda eleitoral que hoje são proibidos. O texto também determina que perfis de candidatos em redes sociais só poderão ser suspensos, excluídos ou submetidos a outras medidas desse tipo se houver decisão judicial.

Ainda de acordo com o texto, as placas, adesivos e outros itens de campanha física não terão mais restrições de tamanho.
Transporte de eleitores e boca de urna deixam de resultar em prisão

A atual legislação eleitoral considera que o transporte de eleitores no dia das eleições, de suas residências até os locais de votação, é crime que pode resultar em prisão de até seis anos, além de multa.

No entanto, o novo Código de Processo Eleitoral propõe a descriminalização do transporte de eleitores. Essa prática deixa de ser crime e passa a ser apenas uma infração, passível de punição só na esfera cível apenas com a aplicação de multa (o projeto estabelece o valor de R$ 5 mil a R$ 100 mil).

Ainda que o transporte continue a ser ilegal, o dispositivo previsto no projeto é criticado porque pode estimular o abuso do poder econômico nas eleições. Candidatos com muitos recursos financeiros poderiam fazer um cálculo de custo-benefício de transportar eleitores, aceitando pagar uma multa para assegurar mais votos.

Em outro ponto o projeto estabelece que deixam de ser crime práticas hoje proibidas no dia de eleição. É o caso da propaganda eleitoral de boca de urna, os comícios, as carreatas e o uso de alto-falantes para fazer campanha política. Hoje esses atos podem ser considerados crimes eleitorais e podem resultar em reclusão de até seis anos e multa. Com a mudança, os atos passarão a ser infrações da área civil – tal qual o transporte de eleitores.

Um dos pontos críticos da proposta diz respeito à aplicação do fundo partidário, criado para custear as atividades dos partidos. Pela proposta, as legendas poderiam usar os repasses públicos “em outros gastos de interesse partidário, conforme deliberação da executiva”.

De acordo com especialistas, a medida abre brecha para que os dirigentes partidários utilizem a verba para seu próprio proveito, como a compra de bens móveis e jatinhos.
Código Eleitoral proíbe pesquisas na véspera e no dia da eleição

O projeto do Código Eleitoral prevê a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais na véspera e no dia das eleições. De acordo com a proposta, a medida visa evitar que o eleitor seja induzido por cenários que, por vezes, conflitam com os resultados das urnas.

O texto determina ainda que os institutos divulguem juntamente com as pesquisas, o seu “percentual de acerto” nas últimas eleições.

Especialistas criticam a medida por considerarem que é uma censura e um cerceamento do direito do eleitor de se informar sobre a eleição num momento em que os cenários eleitorais mudam muito rapidamente. Além disso, existe o risco de que, ao proibir pesquisas oficiais, candidatos vão espalhar nos últimos dias de campanha pesquisas falsas, como se fossem verdadeiras, para influenciar os eleitores a seu favor.
Quarentena eleitoral para militares, policiais, juízes e membros do MP foi derrubada

O texto-base do Código de Processo Eleitoral determinava que militares, juízes, integrantes do Ministério Público, guardas municipais e policiais (rodoviários, federais, militares e civis) não poderiam disputar eleições caso não tivessem se afastado de seus cargos e funções até cinco anos antes da eleição.

Depois de uma mobilização dos integrantes da chamada “bancada da bala”, três destaques do PSL para retirar a quarentena do texto foram aprovados pelo plenário. O primeiro requerimento, aprovado por 254 votos favoráveis contra 170, previa acabar com a quarentena para promotores e juízes.

“Esse destaque se refere especificamente aos juízes e promotores. Nós destacamos cada uma das categorias. Há uma para os juízes e promotores. Há outro para os militares. E há outro para os policiais. A ideia é simplesmente proteger aqueles que também estão no dia a dia tomando decisões graves, e, por isso, seriam punidos, seriam impedidos de participar da vida pública, de se candidatarem, simplesmente porque exercem funções que são extremamente importantes para o país”, afirmou o líder do PSL, major Vitor Hugo (GO).

Na sequencia, outro destaque para acabar com a restrição para militares também foi aprovado por 405 votos favoráveis e 52 contrários. “Na nossa visão, isso serviria para tirar direitos políticos dos militares que, no dia a dia, vivem sob a égide da hierarquia e da disciplina (…). Tenho certeza de que o Parlamento não poderia jamais criar uma quarentena que os retirasse na prática da convivência política, das discussões políticas e de ocupar cargos eletivos de maior relevância no nosso país”, defendeu Vitor Hugo.

Por último, um destaque para suprimir o trecho que previa a quarentena para policiais também foi aprovado por 411 votos contra 14. “Fica muito claro que como nós perdemos a questão do Judiciário, o Judiciário não vai ter quarentena, não faz sentido nenhum colocar os policiais militares, os policiais civis, os policiais federais, os policiais rodoviários federais… perdeu já a narrativa da necessidade de uma quarentena”, defendeu o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM).
Punição a quem atacar eleições com objetivo de ”promover desordem”

O texto do novo Código Eleitoral criminaliza condutas como a sistemática disseminação de informações falsas com o objetivo de questionar a integridade do processo eleitoral. De acordo com o artigo 869 do projeto, há a previsão de pena de um a quatro anos de reclusão no caso de divulgação ou compartilhamento de “fake news”.

O trecho tipifica como crime a propagação de “fatos que sabe inverídicos ou gravemente descontextualizados, com aptidão para exercer influência perante o eleitorado”. Se a mesma conduta for praticada com a finalidade de “atingir a integridade dos processos de votação, apuração e totalização de votos” para “promover a desordem ou estimular a recusa social dos resultados eleitorais”, a pena é acrescida de metade a dois terços, a depender do caso.

Esse ponto foi incluído na discussão depois que o presidente Bolsonaro fez diversas acusações contra o atual sistema de votação, sem apresentar provas do que dizia, sobretudo a respeito da segurança das urnas eletrônicas. A maioria das declarações foi dada enquanto a Câmara debatia o projeto que previa a implementação do voto impresso no país, mas que acabou sendo rejeitada pelos deputados.

Por:Gazeta do Povo

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Lula vence Bolsonaro com 55% dos votos, diz pesquisa

Lula ganha de Bolsonaro em todas as regiões do país, exceto o Sul. | Foto:Agência Brasil

Segundo a pesquisa PoderData, o ex-presidente derrota Jair Bolsonaro com ampla vantagem em um possível 2°turno entre os candidatos

O Brasil ainda vive a incerteza de quem irá de fato concorrer nas eleições presidenciais de 2022, mas muitos nomes já são cotados. E entre as principais apostas para quem usará a faixa presidecial a partir do ano seguinte parecem favorecer um nome bastante conhecido da política nacional.

Segundo a pesquisa PoderData, o ex-president Lula (PT) possui ampla vantagem sobre Jair Bolsonaro (sem partido) no próximo pleito. De acordo com a pesquisa, se as eleições fossem realizadas hoje, Lula teria o voto de 55% dos eleitores em um 2° turno, enquanto apenas 30% escolheriam o atual presidente.

Ainda segundo a PoderData, 10% os entrevistados afirmaram que votariam em branco e nulo e 5% não souberam responder.

A região em que Lula possui o maior índice de aprovação é no Nordeste, onde 69% dos entrevistados afirmaram que votariam no ex-presidente em um 2° contra Bolsonaro. O petista também vence nas outras regiões do país, exceto o Sul, onde há um empate técnico.

A pesquisa foi realizada no período de 30 de agosto a 1° de setembro de 2021, ouvindo 2,5 mil pessoas em 472 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Com informações do Poder 360

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PEC da reforma eleitoral: Câmara conclui votação em segundo turno

O plenário da Câmara dos Deputados concluiu na noite de terça-feira (17) a votação, em segundo turno, do Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma eleitoral.

O texto aprovado na Casa segue agora para análise do Senado, onde precisa ser aprovado por, pelo menos, 49 senadores em dois turnos para ser promulgada.

Na votação de terça-feira da PEC 125/11, os parlamentares mantiveram no texto a volta das coligações partidárias nas eleições proporcionais a partir de 2022 , assim como o dispositivo que permite a contagem em dobro dos votos dados a candidatos mulheres e negros para a Câmara dos Deputados nas eleições de 2022 a 2030 para a distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo de Financiamento de Campanhas.

Durante a votação do segundo turno, os deputados retiraram do texto da deputada Renata Abreu (Podemos-SP), as mudanças na cláusula de desempenho, que define quais partidos podem ter acesso a recursos do Fundo Partidário e do Fundo de Financiamento de Campanhas e ao tempo de rádio e TV de propaganda eleitoral.

O trecho retirado pretendia garantir o acesso aos fundos e ao tempo de propagando eleitoral também aos partidos que tivessem pelo menos cinco senadores. Atualmente, esse acesso é permitido para legendas que tenham atingido um mínimo de deputados federais ou de votos para a Câmara dos Deputados.

Também foi retirada da PEC o caráter exclusivo de gratuidade de cursos que as fundações partidárias podem oferecer com recursos do fundo partidário. Esse tema deve ser tratado por lei específica.

Outro item que ficou de fora do texto foi o que adiava as eleições para a semana seguinte, se elas estivessem marcadas em domingos próximos a feriados. Inicialmente, este era o assunto original da PEC 125/11.

Com informações da Agência Câmara

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Bolsonaro terá ‘debandada’ de ministros em 2022

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo indica que, até agora, 11 dos 23 ministros pretendem deixar a equipe –  (Foto:Reprodução)

As eleições de 2022 vão mudar a fisionomia do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo indica que, até agora, 11 dos 23 ministros pretendem deixar a equipe em abril para disputar as eleições do ano que vem. O prazo é estipulado pela Lei Eleitoral, que obriga ocupantes de cargos públicos a entregar os postos seis meses antes das eleições, se quiserem ser candidatos

Bolsonaro conta com vários deles para ajudar a montar palanques que deem sustentação à sua campanha pelo segundo mandato, principalmente em São Paulo, maior colégio eleitoral, e em Estados do Nordeste, reduto do PT do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, seu maior adversário político.

“Acredito que um terço dos meus ministros se lance candidato” , disse Bolsonaro à Rede Nordeste de Rádio, no último dia 27, sem mostrar preocupação com a debandada. “Eu já falei com eles. Sabem muito bem que têm chance de vitória, se eu estiver bem.”

Entre os nomes citados pelo próprio presidente para disputar as eleições estão ministros hoje sem partido, como o da Saúde, Marcelo Queiroga, que pode se candidatar ao Senado pela Paraíba, e o da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Bolsonaro quer lançar Tarcísio à sucessão do governador João Doria (PSDB), seu arqui-inimigo, em São Paulo, mas ele ainda resiste. “Está fazendo um brilhante trabalho. Se assumir um cargo no Executivo, dará um show”, afirmou o presidente.

A ideia é que Queiroga, Tarcísio e o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto – hoje no PSC e com planos de se candidatar ao Senado, por Pernambuco -, migrem para o mesmo partido que Bolsonaro vai escolher para disputar a reeleição.

Até agora, a tendência é que o presidente se filie ao Progressistas, partido do novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e principal legenda do Centrão, mas o acordo ainda não foi fechado. “Eu sou do Centrão”, disse Bolsonaro no último dia 22, minimizando as críticas à entrada do grupo no governo, ao lembrar que foi filiado por muitos anos ao PP (hoje Progressistas).

Recém-nomeado chefe da Casa Civil, Nogueira quer disputar o governo do Piauí. Aliados avaliam, porém, que ele pode desistir, caso considere que permanecer no governo é “uma missão maior”. Há até quem faça planos para Nogueira ser vice na chapa de Bolsonaro à reeleição.
‘Senado ou nada’

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, descarta disputar novo mandato de deputado ou tentar o governo do governo do Rio Grande do Norte. “É Senado ou nada”, disse ele ao jornal O Estado de S. Paulo.

Faria é filiado ao PSD, mas está de malas prontas para o Progressistas. Este também poderá ser o partido do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, apontado por Bolsonaro como “um bom nome” para concorrer ao governo do Rio Grande do Norte. Marinho era do PSDB, mas se desfiliou.

No Distrito Federal, outros dois ministros se movimentam para concorrer. O titular da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, é filiado ao PSL, que quer lançá-lo à sucessão do governador Ibaneis Rocha. A chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL), atualmente deputada licenciada, pretende disputar uma vaga no Senado.
‘Curinga’

Chamado por Bolsonaro de “curinga” na equipe por já ter ocupado três pastas, o novo ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, se movimenta desde 2019 para disputar o governo gaúcho. Isso é perceptível ao olhar agendas de Onyx nas pastas pelas quais passou – Casa Civil, Cidadania e Secretaria-Geral -, sempre lotada de compromissos com prefeitos do Rio Grande do Sul e espaço privilegiado para entrevistas à imprensa local.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, já avisou ao comando do DEM que quer concorrer ao Senado por Mato Grosso do Sul. Tudo indica, no entanto, que ela mudará de partido. Trata-se de outro nome que pode ir para o Progressistas.

Na Bahia, onde o presidente do DEM, ACM Neto, vai disputar o governo, o Planalto estimula a candidatura do ministro da Cidadania, João Roma, pelo Republicanos.

Afilhado político de Neto, Roma foi chefe de gabinete da Prefeitura de Salvador, de 2013 a 2018, e depois se elegeu deputado.

Os dois romperam porque Neto não queria que ele aceitasse o ministério. Roma ainda não decidiu, porém, se enfrentará seu ex-aliado ou se disputará uma vaga para retornar à Câmara dos Deputados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por:AE

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