Um passeio ao aquário contém muito mais polêmica do que qualquer visitante pode imaginar. Você vai lá, principalmente, para ver os peixes – são diferentes espécies e classes, os cartilaginosos, como tubarões e arraias, e os de nadadeira raiada, caso dos salmões – mas no geral, são todos peixes, certo? Bem, é aí que a coisa complica.
Existe um grupo de cientistas, apelidados de cladistas, que garantem que peixes não existem. Eles acreditam que a mera ideia de um grupo chamado “peixes” vai contra aquilo que sabemos sobre a evolução das espécies.
Para visualizar a história evolutiva do nosso planeta, os cientistas distribuem as espécies em árvores filogenéticas – Árvores da Vida -, que mostram como os seres se desenvolveram a partir de antepassados comuns. Um grupo de espécies que deriva de um mesmo antepassado forma um clado.
Cladograma peixes
Essas bolinhas aqui em cima indicam antepassados comuns. Assim, mamíferos e répteis formam um clado pequeno a partir da bolinha à direita.
Mas os clados podem ser ainda maiores, começando em qualquer uma dessas bolinhas. O problema é que os quatro primeiros grupos dessa imagem são todos chamados de “peixes”.
Cada um deles pode ser considerado um clado separadamente. Mas se você tentar juntar todos em um grupo evolutivo só? Tem que apelar para o “mínimo múltiplo comum”, o antepassado mais antigo de todos eles.
Só que, nesse caso, o clado acaba incluindo também mamíferos, anfíbios e formas de vida radicalmente diferentes entre si. É como tentar encontrar semelhanças físicas entre primos com 5 graus de distância.
A conclusão dos cladistas é que então, segundo a classificação evolutiva, ou os peixes não existem, ou todos nós somos peixes.
Essa afirmação soa absurda, mas na realidade reflete uma disputa entre duas formas de classificar os seres vivos: o sistema taxonômico de Lineu (aquele que divide os seres em espécies, gêneros, famílias, oderns, classes e reinos) e o filogenético.
Antes do desenvolvimento da Teoria da Evolução, a forma de estudar e classificar as espécies era muito mais visual: os cientistas examinavam ser a ser, então colocavam os mais parecidos (interna e externamente) nos mesmos “rankings” de classificação – que em geral, são os que aprendemos na escola.
Já a evolução acabou colocando em cheque a relação taxonômica entre seres que se parecem, mas estão em posições bastante diferentes na árvore filogenética da evolução.
O peixe pulmonado, por exemplo, é pouco discernível de um bacalhau, mas tem um antepassado evolutivo comum mais recente com a vaca do que com o salmão. Assim, na taxonomia evolutiva, os dois peixes acabam separados. É o que os cladistas chamam de debate de “instinto versus ciência”.
Pode parecer um mero detalhe, mas classificações filogenéticas rigorosas ajudam os cientistas a entender – e a explicar – fatos bizarros, como a relação importante entre dinossauros e galinhas.
Da próxima vez que for ao aquário, além de procurar o Nemo, vale se perguntar se aqueles peixinhos nadando lado a lado são “irmãos” darwinianos ou primos separados por milhares de anos de pressão evolutiva.
EXAME.com Ana Carolina Leonardi
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Lucy morreu após cair de árvore, dizem cientistas
Lucy, o mais conhecido e mais antigo fóssil de um ancestral dos humanos, provavelmente morreu após cair de uma árvore, segundo um estudo publicado na segunda-feira, 29, na revista Nature.
De acordo com os autores, a descoberta não se limita a esclarecer o mais antigo caso de morte acidental, ocorrido há 3,1 milhões de anos. Ela traz pistas cientificamente importantes de que a espécie de Lucy também subia em árvores. Desde que foi desenterrada na Etiópia em 1974, Lucy – que pertencia à espécie dos bípedes terrestres Australopithecus afarensis – levanta discussões entre cientistas sobre se esses hominídeos viviam integralmente no chão, ou se eram parcialmente arbóreos, isto é, se passavam parte do tempo em árvores.
“É irônico que o fóssil que está no centro do debate sobre o arborealismo na evolução humana provavelmente tenha morrido por ferimentos sofridos depois de cair de uma árvore”, disse o autor principal do estudo, John Kappelman, da Universidade do Texas, em Austin (Estados Unidos).
Durante 10 dias, os cientistas examinaram, em um aparelho de tomografia computadorizada de raios X de alta resolução, todos os ossos de Lucy – um dos fósseis de hominídeos mais completos já encontrados -, obtendo mais de 35 mil imagens. Ao analisá-las, os cientistas perceberam que o úmero, um osso do braço, estava fraturado de uma maneira que normalmente não se vê em fósseis. “Essa fratura acontece quando a mão atinge o chão durante uma queda, com impacto em elementos do ombro, criando uma característica única”, disse.
Segundo ele, a fratura foi causada “pela queda de uma altura considerável, quando a vítima esticou o braço para tentar amparar o corpo.” Outras fraturas menores no tornozelo e na pélvis completam as evidências do acidente, segundo o cientista.
De acordo com o estudo, para atingir a velocidade necessária para um impacto que provocasse os ferimentos, Lucy, que tinha cerca de 1 metro de altura e 27 kg, deve ter caído de uma altura de pouco mais de 12 metros. Com informações do Estadão Conteúdo.
Notícias ao Minuto
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Tomar aspirina a cada três dias reduz risco de infarto.
O que se fazia até então para reduzir esses efeitos colaterais, segundo De Nucci, era reduzir a dose de aspirina
O ácido acetilsalicílico (AAS), conhecido como aspirina, é utilizado para prevenir o infarto, a doença vascular periférica ou o acidente vascular cerebral (AVC). No entanto, o uso constante e diário da aspirina costuma provocar complicações gastrointestinais nestes pacientes. Mas um estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros concluiu que tomar aspirina a cada três dias pode ser tão eficiente quanto na prevenção dessas doenças e também evita as complicações gastrointestinais causadas pelo uso diário do medicamento.
O estudo foi coordenado por Gilberto De Nucci, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). “De uns 35 anos para cá, verificou-se que a aspirina tem um efeito benéfico seja no tratamento do infarto seja como profilaxia do infarto. O problema de usar aspirina é que ela tem um efeito colateral importante, causando irritação no estômago. Essa irritação pode não dar sintomas e o paciente pode apresentar uma hemorragia gástrica”, explicou.
O que se fazia até então para reduzir esses efeitos colaterais, segundo De Nucci, era reduzir a dose de aspirina. “Toda a literatura [médica] dos últimos 35 anos procurava reduzir a dose de aspirina para minimizar o risco da hemorragia gástrica. Mas demonstramos a segurança desse sistema terapêutico”, disse. “Tem pacientes que não tomam aspirina, e que deveriam tomar, porque [a aspirina] apresenta risco de hemorragia muito alto. Mas agora demonstramos que esse esquema terapêutico é tão benéfico quanto os anteriores com a vantagem demonstrada de não causar nenhuma irritação”, ressaltou.
O estudo, desenvolvido por cerca de um ano, teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Biolab Farmacêutica e foi publicado no The Journal of Clinical Pharmacology.
A pesquisa
O ácido acetilsalicílico evita que as plaquetas se agrupem e obstruam os vasos sanguíneos. Por isso é que popularmente se diz que o AAS “afina” o sangue. Por outro lado, ao mesmo tempo, a aspirina atua na mucosa gástrica, diminuindo a produção de prostaglandinas – substâncias lipídicas que protegem o estômago e o intestino.
Durante o estudo de doutorado de Plinio Minghin Freitas Ferreira, na USP, sob orientação de De Nucci, 24 voluntários sadios foram divididos em dois grupos. Metade deles recebeu AAS todos os dias durante um mês. A outra metade recebeu o medicamento a cada três dias e, no intervalo dos dias, apenas placebo (substância sem efeito direto em doenças, simulando um medicamento). Neste período, os voluntários passaram por diversos exames como endoscopia, biópsia gástrica, teste de agregação plaquetária e medição do nível de prostaglandina, por exemplo. “Quando fizemos esse estudo, verificamos que, quando tomada a aspirina de três em três dias a eficácia para prevenir a formação do trombo era a mesma. Entretanto, a produção de prostaglandina, quando se tomava [a aspirina] todo dia, havia redução de 50%. Quando tomava de três em três dias, não havia redução da produção de prostaglandina”, disse o coordenador do estudo.
ORMNEWS
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WhatsApp muda política de privacidade e vai passar dados de usuários para o Facebook
App vai compartilhar o número do celular,o número de identificação, sistema operacional, dentre outros
O aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp anunciou ontem uma grande mudança em seus termos de serviço e em sua política de privacidade. O novo texto torna oficial o compartilhamento dos dados cadastrais dos usuários do serviço – que incluem o número do celular, além do número de identificação, sistema operacional e resolução da tela do dispositivo utilizado para acessar o serviço – com o Facebook.
A rede social mais popular do mundo adquiriu o WhatsApp em fevereiro de 2014 por US$ 19 bilhões. A colaboração entre os dois serviços vai permitir que, a partir de agora, o Facebook utilize o número de celular e o número de identificação do aparelho para conectar as contas dos usuários nos dois serviços. É possível desligar o compartilhamento, o que impede que as informações sejam usadas pela rede social.
Na prática, a integração significa que, se o usuário não informou o número de seu celular no Facebook, a rede social será capaz de usar o número cadastrado no WhatsApp para localizar e sugerir pessoas que o usuário conheça. Além disso, essas informações serão usadas pelo Facebook para melhorar a precisão de seus anúncios.
Um comerciante que usa a rede social, por exemplo, poderá informar ao Facebook o número dos celulares de sua base de clientes e, então, a rede social poderá mostrar uma peça de publicidade especificamente para os usuários que cadastraram aqueles celulares em sua conta – seja no Facebook ou no WhatsApp. Segundo o diretor de comunicação global do WhatsApp, Matt Steinfield, o Facebook não terá acesso às mensagens, fotos e vídeos enviados e recebidos pelo usuário por meio do aplicativo de mensagens instantâneas.
Da Redação
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Novo iPhone 7 deve ser lançado em setembro
A Apple deve anunciar os novos iPhone 7 e 7 Plus no próximo dia 7 de setembro, segundo informações divulgadas pela agência de notícias especializada “Bloomberg”.
A poucas semanas do lançamento, imagens dos novos modelos começaram a surgir na internet, especialmente nas redes sociais.
A principal polêmica levantada pelos internautas é de que o novo iPhone não terá entrada para fones de ouvido. Ao invés disso, a marca apostará em fones sem fios, seguindo a linha minimalista de todos os lançamentos.
Além dessas novidades, os burburinhos garantem que haverá uma melhoria na câmera frontal e na traseira e que o celular ganhará uma quinta versão de cor, no tom azul escuro. As fontes revelaram também que, por enquanto, não é esperado para setembro o lançamento do novo notebook MacBookPro. A nova versão do laptop, que ainda está em desenvolvimento, vai ser a primeira após quatro anos sem modificações. (ANSA)
Notícias ao Minuto
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Julho foi o mês mais quente já registrado, segundo dados da Nasa
Dados divulgados nesta segunda-feira (15) pela Agência Espacial Americana (Nasa) revelam que o mês de julho passado atingiu alta recorde de temperatura.
Mesmo após o enfraquecimento do fenômeno “El Niño”, que eleva as temperaturas globais em conjunto com as mudanças climáticas, o mês de julho de 2016 foi 0,84ºC mais quente do que a média registrada entre 1950 e 1980, e 0,11ºC acima dos meses de julho mais quentes até então registrados, em 2011 e 2015.
O diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da Nasa, Gavin Schmidt, divulgou através do Twitter um gráfico com o aumento da temperatura em julho de 2016, afirmando ser este o mais quente desde o início dos registros.
Os cientistas atribuem a alta das temperaturas principalmente às mudanças climáticas provocadas pela queima de combustíveis fósseis, além de uma intensificação do El Niño, que, com intervalo de alguns anos, provoca um aquecimento natural em regiões do Oceano Pacífico, modificando as temperaturas em todo o mundo.
Segundo a Nasa, este é o décimo mês mais quente registrado em sequência. “O mais assustador é que entramos numa era onde será surpreendente quando cada novo mês de um ano não for o mais quente já registrado”, observa Chris Field, cientista do clima da Universidade de Stanford e do Instituto Carnegie.
Gavin Schmidt diz que o novo recorde, juntamente com todos os outros que foram quebrados recentemente, contam uma mesma história: “O planeta está aquecendo. Isso é importante pelo que nos diz em relação ao futuro”, afirmou. Os registros da temperatura global foram iniciados em 1880.
G1
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Chuva de meteoros Perseidas ilumina céus nesta sexta-feira
Com regularidade absoluta, em 12 de agosto a Terra atravessa a cauda do cometa Swift-Tuttle, resultando num espetáculo celeste de luzes e estrelas cadentes. Mas o fenômeno também suscita dúvidas e gera riscos.
A chuva de meteoros Perseidas é um evento anual quase tão pontual quanto o Natal. Sua data precisa pode variar, dependendo das posições relativas da Terra e do Sol, ou se se o ano é bissexto, mas ela é confiável.
Portanto é fato científico que as Perseidas terão seu pico nesta sexta-feira (12), e durante mais de uma semana o céu noturno no Hemisfério Norte – o fenômeno é bem menos perceptível nos países abaixo do equador – estará povoado por aparições espetaculares, como brilhantes luzes e estrelas cadentes.
Apesar dessa aparência mágica, o fenômeno – cujo antigo nome era “Lágrimas de São Lourenço” – ocorre quando, ao orbitar em torno do Sol, a Terra atravessa o rastro de poeira e rochas – os meteoroides – na cauda do cometa Swift-Tuttle.
Quando se vê uma estrela cadente, isso significa que um meteoroide acaba de se chocar com a atmosfera terrestre, entrando em incandescência. Os que têm sorte conseguem resistir à fricção do ar e chegar até o solo, passando então a ser chamados meteoritos.
Espetáculo celeste em dose dupla
John Mason, da Associação Astronômica Britânica, conta que “as Perseidas possuem um grande número de meteoros brilhantes, muitos com rastros persistentes, e as pessoas gostam de observá-los numa noite quente de verão”. E para 2016 está previsto um “duplo pico”.
“A expectativa é que a Terra passará através de um número de filamentos densos do cometa, na noite anterior ao ápice usual. Devemos ter uma breve eclosão, do início da noite de 11 agosto até o alvorecer da sexta-feira, e depois o ápice principal, na noite seguinte, até a manhã do sábado”, antecipa Mason.
Pessoas acampam em lugar aberto à espera da chuva de meteoros Perseidas enquanto uma estrela cadente cruza o céu sobre Ramon Carter, em Israel, em 2015. A mancha da Via Láctea também é vista no céu (Foto: Amir Cohen/Reuters)
Há, ainda, estimativas de que durante o pico haverá o dobro das estrelas cadentes costumeiras. No entanto Detlef Koschny, especialista de objetos próximos da Terra (Near Earth Objects ou NEO) do grupo de pesquisa da Agência Espacial Europeia (ESA), não está convencido. “Estou curioso para ver se isso se confirmará. Se você pergunta: ‘Quantas estrelas cadentes há, em termos absolutos?’ – esse é um problema.”
Veículo de história cósmica
O nome oficial do cometa por que a Terra passa é 109P/Swift-Tuttle. Descoberto em 1862, ele tem um ciclo orbital de cerca de 130 anos, e seu último encontro com a Terra foi em 1992. Ao passar. Ele deixa densos filamentos de poeira, cada camada dos quais contém grande volume de informações sobre o universo.
“Ficamos sabendo sobre o próprio cometa, sobre a evolução da poeira no sistema solar”, explica Mason. “A poeira dos cometas é importante, por ser um dos materiais mais primitivos do sistema solar.”
Meteoro Perseida cruza o céu de Potsurnentsi, na Bulgária, em foto de arquivo (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)
Sabe-se, por exemplo, que partículas interplanetárias tendem a ser ricas em sódio, e é possível até mesmo datar a poeira através de modelos computadorizados.
“Os modelos traçam a evolução do cometa ao longo de milhares de anos e calculam a posição exata de cada filamento de poeira deixado a cada 130 anos. E então vê-se como os planetas perturbam essas partículas e pode-se predizer quando passaremos por esses rastros de poeira específicos”, diz Mason.
A chuva de meteoros é denominada Perseidas pelo fato de aparentemente se originar na constelação de Perseu, no hemisfério celeste setentrional. Essa trilha mede mais de 1 milhão de quilômetros, com as minúsculas partículas que a formam se deslocando a cerca de 60 quilômetros por segundo. É devido a tamanha velocidade que elas produzem tanta energia e incandescem tão fortemente ao colidir com a atmosfera terrestre.
Questões em aberto
Apesar de todo o conhecimento já existente sobre as Perseidas, ainda há muito que se precisa saber.
Em primeiro lugar, há uma questão de ciência básica: meteoroides se originam de cometas, e estes – assim como outros objetos celestes – são nosso contato mais próximo com o Big Bang, a explosão que, segundo se acredita, teria criado o universo.
“Se encontrarmos resquícios de material orgânico num meteoroide, poderemos entender um pouco melhor como a vida chegou à Terra”, exemplifica Koschny, da ESA. Contudo, é igualmente necessário entender melhor a distribuição da poeira no sistema solar, pois essas minúsculas representam um perigo para os veículos espaciais.
“Ao se chocar contra um artefato espacial, uma partículas dessas pode gerar uma carga elétrica, uma mini-nuvem de plasma, provocando curto-circuito num satélite. Satélites são muito sensíveis, e não possuem condutores de proteção, ou fios-terra, como todo equipamento na superfície do planeta. Portanto uma alteração do potencial elétrico pode causar danos.”
Meteoros Perseidas vistos em 12 agosto de 2008 no estado americano de Nevada (Foto: Ethan Miller/Getty Images North America/AFP)
Além disso, há uma questão de números absolutos: nos últimos dez anos os cientistas têm tentado prever o número de partículas, a fim de estimar quantas estrelas cadentes serão observadas. Mas tudo ainda é “muito relativo”, aponta o especialista em NEO.
“Um modelo pode predizer 200 estrelas cadentes por hora, e aí os observadores registram 50 por hora, ou vice-versa. Então é nisso que se está trabalhando agora, no que chamamos de densidade de fluxo.”
Não se trata apenas de antecipar a magnitude do espetáculo anual: o estudo “é muito relevante devido ao risco de impacto contra os satélites”, complementa. “Os operadores de veículos espaciais querem saber se há probabilidade de eles serem atingidos uma vez por ano ou a cada dez anos.”
Uma câmera no céu?
Grande parte do trabalho de observação dos meteoroides é realizado a partir da Terra. Mas, se se quer saber mais sobre eles, não faria mais sentido procurar acessá-los antes que se consumam na atmosfera?
“Há muito tempo vimos tentando colocar câmeras no espaço para também observar os meteoros”, confirma Koschny. “Melhor ainda seria uma câmera registrando o céu permanentemente, mirando para baixo, digamos, a partir de uma estação espacial. E se eu acrescentar diante da minha câmera um espectógrafo, uma rede de difração com objetivas, eu obtenho um espectro, e posso analisar a composição química do objeto, saber de que ele é feito.”
Para tal, só seria necessário uma câmera de vídeo “normal”, filmando a 25 quadros por segundo para capturar o movimento, e um sensor bidimensional. Mas, apesar de concordar teoricamente quanto às vantagens da observação a partir do espaço, John Mason tem ressalvas.
“O que não podemos fazer a partir do solo é coletar grãos de poeira e analisá-los antes do contato com a atmosfera – em vez de observar de cima os rastros luminosos na atmosfera. Mas não se precisa de uma câmera para isso: existe um monte de detectores de partículas que voaram em missões cometárias anteriores, e eles dariam conta desse serviço muito bem.”
TOPNEWS
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Nasa cria supercâmera para filmar testes com foguetes; confira!
High Dynamic Range Stereo X, a câmera de alta tecnologia desenvolvida para filmar testes da NASA
A Nasa lançou uma câmera de alta tecnologia desenvolvida para filmar os testes, surpreendendo pela potência e inovação: a High Dynamic Range Stereo X.
O aparelho tem a capacidade de capturar, com alta qualidade, o lançamento de um foguete. A experiência acaba sendo barulhenta e brilhante demais para outras câmeras.
Muitas das gravações anteriores acabavam prejudicadas pelo ofuscamento das lentes e não registravam os detalhes do funcionamento do motor.
A nova câmera foi feita por jovens profissionais que tem a missão de montar equipamentos que auxiliem na construção das espaçonaves.
POR Notícias Ao Minuto
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Pesquisa comprova eficácia de plantas da Amazônia no combate contra o veneno da Jararaca
Casca de uma planta é extraída na floresta Amazônica
Na Amazônia, o saber tradicional de caboclos, índios, ribeirinhos e comunidades rurais sobre o poder de cura das plantas medicinais, cultivadas em quintais ou coletadas na natureza, é passado de geração em geração. Apesar do pouco respaldo encontrado na literatura científica, esse tipo de conhecimento ainda é amplamente utilizado pela população amazônida como alternativa ao difícil acesso aos centros hospitalares das grandes cidades e à obtenção de exames e medicamentos. Esses obstáculos fazem com que, muitas vezes, as plantas sejam a única forma de acesso aos cuidados básicos de saúde.
Com o objetivo de resgatar e preservar o conhecimento tradicional sobre o uso de plantas medicinais em acidentes com serpentes na Amazônia, a bióloga Valéria Mourão iniciou sua pesquisa de mestrado em 2010 na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), sob a orientação da professora doutora Rosa Helena Mourão, do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia (PPGRNA). O grupo decidiu investigar as plantas utilizadas em algumas comunidades na área do município de Santarém, no Pará, para tratar o envenenamento por cobras.
Em todo o mundo, os acidentes ofídicos afetam cerca de 420 mil pessoas por ano, chegando a 20 mil casos de morte. No Brasil, a maioria dos acidentes desse tipo notificados ao Ministério da Saúde ocorre na região Norte, sendo o Pará o estado com maior número de registros. Dentre os municípios paraenses, Santarém tem o maior número de notificações, com uma média de 300 acidentes por ano. Apesar do número expressivo de casos, Valéria verificou que ainda eram poucos os estudos científicos abordando acidentes com cobras na área de Santarém.
O tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde para o envenenamento por serpentes é a aplicação de soro antiofídico. Na região Oeste do Pará, o atendimento médico costuma ser realizado no Hospital Municipal de Santarém. Mas esse tipo de acidente ocorre com maior frequência na zona rural e o deslocamento até a área urbana do município nem sempre é fácil ou rápido. “Muitas vezes os pacientes demoram até conseguir receber o tratamento específico. Isso pode levar ao aumento do número de complicações nos casos”, explica Valéria. É aí que entram as plantas medicinais, de fácil e rápida obtenção. “As plantas são usadas como coadjuvantes à soroterapia ou como medicamento alternativo aplicado na falta de recursos soroterápicos”, destaca.
Em seu projeto, Valéria testou o potencial antiofídico das plantas frente ao veneno de serpentes do gênero Bothrops (Bothrops atrox e Bothrops jararaca), popularmente conhecidas como “jararacas”. Esse gênero foi escolhido porque até 95% dos acidentes ofídicos na região de Santarém são atribuídos a Bothrops. O envenenamento por este tipo de cobra causa reações locais como edema, dor, hemorragia, necrose e mionecrose (um tipo grave de gangrena, com necrose do músculo). Dependendo da gravidade, o acidente pode levar também a reações sistêmicas, principalmente problemas de coagulação sanguínea e hemorragia mais severa.
Para definir quais plantas estudar, o grupo de pesquisa realizou um levantamento etnobotânico com moradores das comunidades de Cucurunã, São Pedro, Alter do Chão e na cidade de Santarém. Através de entrevistas, eles verificaram quais eram as espécies vegetais utilizadas nessas localidades para tratar casos de envenenamento por cobras. Das 24 espécies listadas, as 12 mais citadas foram testadas contra o veneno da Bothrops jararaca. Os resultados mostraram a eficácia dos extratos vegetais em bloquear, in vitro, a hemorragia induzida pelo veneno de serpente. Os testes in vitro são feitos fora de organismos vivos, em ambientes controlados. Em seguida, o grupo realizou ensaios in vivo, em que os extratos são testados em organismos vivos, como pequenos animais, a fim de validar o uso tradicional dessas espécies como antiofídicas.
Todas as 12 espécies testadas reduziram, em diferentes porcentagens, a atividade hemorrágica induzida pelo veneno, mas os chás preparados com extratos de cinco espécies (Bellucia dichotoma, Connarus favosus, Plathymenia reticulata, Aniba fragrans e Philodendron megalophyllum) se mostraram mais eficazes e inibiram 100% da atividade hemorrágica, utilizando o protocolo de pré-incubação. “Fiz um projeto muito grande no mestrado, pois acreditava que conseguiria, naquele curto espaço de tempo, dar um retorno da pesquisa para as comunidades. Como dois anos não foram suficientes, ingressei no doutorado em 2012 e resolvi focar meu trabalho em uma única espécie (Bellucia dichotoma), para fazer um estudo mais aprofundado”, enfatiza Valéria.
Durante o doutorado, realizado no Programa de Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Valéria pesquisou a espécie popularmente conhecida como muúba ou goiaba-de-anta. Em forma de chá, o extrato da casca da planta foi capaz de reduzir o edema significativamente a partir de 30 minutos após a ingestão. A inibição foi ainda maior quando o chá foi administrado junto com o soro antibotrópico. Este tipo de tratamento, combinado, se mostrou mais eficaz do que o feito somente com o antiveneno padrão. “Conseguimos mostrar que os extratos das plantas em forma de chás são bastante eficazes no combate aos efeitos locais do envenenamento, principalmente contra a atividade edematogênica. Mas a essência do projeto, que seria retornar a informação para as comunidades, ainda não foi atingida”, analisa Valéria.
De acordo com a professora Rosa Mourão, além de devolver para a população o conhecimento de forma melhorada, deve-se levar em consideração que, num futuro próximo, existe a possibilidade de desenvolver produtos para uso das comunidades ou de empresas locais. “Isso geraria renda e garantiria a eficácia das plantas medicinais, além de termos produtos seguros para a população, que poderiam ser prescritos por médicos. Esse é o tipo de inovação que proporciona o desenvolvimento da região, porque agrega valor aos produtos não madeireiros”, enfatiza.
Ainda segundo a docente, alguns alunos dos cursos de Farmácia e Biotecnologia da Ufopa estão complementando os estudos do projeto, com o objetivo de melhorar os preparos e garantir o controle de qualidade dos extratos vegetais. Além de avaliar a caracterização química e outras atividades biológicas, a equipe tem desenvolvido formulações, que deverão ser testadas primeiramente em animais. “Estamos elaborando um kit com um fitoextrator/percolador para o preparo de extratos em oficinas nas comunidades, como uma forma de fazer com que a população compreenda a importância do estudo científico aliado ao conhecimento popular”, avalia Rosa Mourão.
Depois de concluir o doutorado, Valéria chegou a escrever um projeto de pós-doutorado com o objetivo de estudar as outras espécies de plantas e padronizar extratos antiofídicos, além de poder dar o tão esperado retorno para as comunidades. No entanto, com os recentes cortes do governo federal na área de educação, ela não conseguiu obter recursos financeiros para prosseguir com a pesquisa. “Foi aí que surgiu a ideia de escrever uma cartilha, onde fosse possível colocar todos os resultados do projeto de uma forma mais acessível para os moradores das comunidades”, ressalta.
Para tentar concretizar a ideia da cartilha, a bióloga resolveu contar com a ajuda de amigos e iniciou uma campanha de financiamento coletivo na Internet. “O valor arrecado nesta campanha vai permitir que o projeto continue por mais um ano. Vamos poder divulgar o restante dos resultados em revistas científicas e retornar às comunidades para ministrar palestras, além de produzir e distribuir as cartilhas. Sempre acreditei que um dia as informações repassadas pela população poderiam retornar para as comunidades de forma aplicada”, explica.
Atualmente, o grupo do qual Valéria participa é o único dos estados do Pará e do Amazonas que pesquisa plantas antiofídicas. Os interessados em contribuir para a continuidade da pesquisa podem acessar a página http://www.kickante.com.br/campanhas/plantas-da-amazonia-contra-o-veneno-de-jararaca.
Jararaca é uma das cobras mais venenosas da Amazônia
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/Ufopa
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Versão beta do WhatsApp traz recurso para GIFs
Versão de testes não permite envio direto das imagens, mas sistema os reconhece e identifica
Após meses de especulação, o WhatsApp pode estar mais próximo de lançar um recursos que reconhece e identifica GIFs animados.
Uma versão beta do app para sistema operacional Windows Phone traz a novidade, segundo informações do site Windows Central.
O recurso, no entanto, ainda não permitiria a reprodução direta da animação, mas adiciona uma pequena tag que identifica a imagem como sendo um GIF.
Um dos principais concorrentes do WhatsApp, o Telegram já tem o recurso há tempos. O Messenger, do Facebook, também suporta as animações por meia da plataforma Giphy.
POR Notícias Ao Minuto
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