Cerca de quinze mil professores estão com salários atrasados em vinte municípios do Pará, diz sindicato

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Professores e trabalhadores no ensino municipal de Baião reclamam do atraso salarial. — Foto: Sintepp
O Sintepp disse que as prefeituras estão com atrasos no pagamento há três meses, em outros um ou dois meses, além do corte de 50% nos salários.
Cerca de 15 mil professores estão com salários atrasados em vinte municípios do interior do Pará, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Pará (Sintepp).

De acordo com a coordenação do sindicato, há atrasos em Alenquer, Aveiro, Curuçá, Oeiras do Pará, Santa Maria das Barreiras, Pau D’ Arco, Sapucaia, Breves, Anajás, Portel, Acará, Bujaru, Concórdia do Pará, Tomé-Açu, Moju, São João de Pirabas, Mãe do Rio, São Caetano de Odivelas, Irituia e Terra Alta.

O sindicato disse que as prefeituras dos municípios atrasaram o pagamento há três meses, em outros um ou dois meses, além do corte de 50% nos salários.

Em Breves, no Marajó, um grupo de professores realizou um protesto nesta sexta, em frente à Secretaria de Educação do município, reclamando o atraso no pagamento de salários. De acordo com os manifestantes, a prefeitura ainda não apresentou proposta para o pagamento.

“São diversos professores com pendências de pagamento. Parte da categoria ainda não recebeu nem o salário de dezembro, outros o 18º salário”, disse o professor de ciências Elson Barbosa.

Na quinta, professores ocuparam a sede da prefeitura de Baião, no oeste do estado. Segundo eles, o salário de dezembro está atrasado.

Em Alenquer, também no oeste, professores fizeram campanha nas ruas da cidade para recolher alimentos. “Foi muito bom contar com a solidariedade, mas foi humilhante, porque dentre aqueles que doaram alimentos, houve aqueles que debocharam da gente estar pedindo”, contou a professora Débora Miranda.

“É muito constrangedor porque você trabalha para receber. Isso mexe com a dignidade do ser humano”, disse a professora.

A prefeitura de Alenquer disse que vai pagar os atrasados até 28 de fevereiro.

Em Aveiro, no oeste do estado, os professores dizem também que não recebem desde novembro.

Em Irituia, também houve protestos na última semana. Os servidores fizeram um ato público em um evento da cidade. Segundo o progessor André Silva, há atrasos desde o mês de agosto e a “prefeitura adotou critério de pagar por ordem alfabética, mas isso não ocorre”. “Isso gera instabilidade ao servidor, que não sabe se está nesse sorteio”, afirmou.

A prefeitura de Irituia disse vai regularizar os pagamentos até dia 28 de janeiro.

Em Mãe do Rio, também houve atrasos. O professor Walter Luz disse que há falta de gestão quanto aos repasses que deveriam gerir toda a educação. A prefeitura de Mãe do Rio não quis comentar sobre o assunto.

A reportagem tentou contato com as prefeituras Baião, Breves e Aveiro, mas não teve resposta.
Por G1 PA — Belém
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