Cerveró diz que recebeu cargo de Lula como gratidão por empréstimo

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O ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, disse, em delação premiada, que o ex-presidente Lula o nomeou para a BR Distribuidora como gratidão por uma ajuda ao PT.

Nestor Cerveró assumiu a diretoria financeira e de serviços da BR Distribuidora em 2008, depois de deixar a diretoria internacional da Petrobras. Na delação, Cerveró disse que isso aconteceu porque o PT tinha um sentimento de gratidão por ele ter ajudado na contratação da Schahin para operar a sonda da Petrobras Vitória 10 mil.

A contratação, afirmou Cerveró, tinha como objetivo quitar um empréstimo do PT perante o banco Schain, garantido pelo pecuarista José Carlos Bumlai. Bumlai está preso em Curitiba.

Cerveró disse que como reconhecimento da ajuda dele nessa situação, o presidente Lula decidiu indicá-lo para uma diretoria da BR Distribuidora.

Segundo Cerveró, nessa época o presidente Lula também havia concedido influência política sobre a BR Distribuidora a Fernando Collor de Mello, senador pelo PTB.

Em 2009 a presidência da empresa foi ocupada por José de Lima Andrade Neto, indicado pelos senadores Edison Lobão, do PMDB, e Fernando Collor. Cerveró conta que, durante uma reunião, Andrade Neto foi muito didático ao falar sobre os negócios que poderiam render propina mais substancial na BR Distribuidora.

No documento, Cerveró também explicou como cada diretor foi indicado ao cargo. E como ficou decidida a distribuição de propina na empresa durante uma reunião em 2010, logo após as eleições.

De acordo com Cerveró, participaram Pedro Paulo Leoni Ramos, representante de Collor, o então deputado do PT Cândido Vaccarezza e o senador Delcídio do Amaral, afastado do PT e preso na Lava Jato. Também estavam presentes os diretores da BR Distribuidora.

De acordo com Cerveró, a diretoria financeira e de serviços tinha influência do PT e PMDB e arrecadaria propina para o senador Renan Calheiros, do PMDB, e Delcídio do Amaral. E também atenderia as solicitações de Collor e de Vacarezza.

A diretoria de mercado consumidor era indicação da bancada do PT na Câmara de deputados e arrecadaria propina pra parte da bancada petista na Câmara.

Já as diretoria de operação e logística e de rede de postos de serviço seriam indicações de Fernando Collor e arrecadariam propina para o senador.

Nestor Cerveró relata que essas reuniões aconteceram até 2013. Nestor afirmou que, em 2012, foi chamado ao gabinete de Renan Calheiros, que reclamou da falta de repasses de propina por parte dele.

Cerveró disse que não estava arrecadando propina na BR Distribuidora. Renan teria dito, que a partir de então deixava de prestar apoio político a Cerveró. Mesmo assim, contou Cerveró, ele permaneceu como diretor da BR Distribuidora até março de 2014.

Ele também relata que Collor teria conseguido o afastamento de dois diretores por não estarem atendendo aos compromissos assumidos. Na delação, Cerveró também relatou uma reunião com Collor.

O senador disse que havia falado com a presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Collor a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora.

Em nenhum momento Collor ou Cerveró afirmam que a presidente tinha conhecimento de pagamentos de propina na BR Distribuidora.

O Instituto Lula afirmou que o ex-presidente disse à Polícia Federal que Nestor Cerveró foi nomeado diretor da Petrobras e da BR Distribuidora por indicação de um partido da base aliada. Segundo o instituto, Lula não tem relação pessoal com Cerveró, muito menos sentimento de gratidão.

O instituto também afirmou que Lula sempre atuou dentro da lei e negou ter tratado com qualquer pessoa sobre supostos empréstimos ao PT, ou sobre a contratação de sondas pela Petrobras.

O PT reafirmou que todas as doações foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.

A assessoria do senador Renan Calheiros declarou que ele nega as acusações e já prestou as informações necessárias.

A defesa do senador Fernando Collor de Mello afirmou que, até agora, não teve acesso aos termos da delação de Nestor Cerveró. E negou que o senador tenha usado de influência pra obter favores na BR Distribuidora. A defesa de Collor classificou de seletivo e parcial o vazamento de partes da delação premiada.

A defesa do senador Delcídio do Amaral negou as acusações e declarou que isso será demonstrado no processo.

Cândido Vacarreza negou ter participado de qualquer reunião ou acerto de propina com Cerveró.

O Palácio do Planalto, o PMDB, a BR Distribuidora, a Petrobras, o Grupo Schahin, José Carlos Bumlai e Nestor Cerveró não vão comentar.

Nós não conseguimos contato com os advogados de José de Lima Andrade Neto, Pedro Paulo Leoni Ramos e Edison Lobão.

JN
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981171217 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)  (093) 35281839  E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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