Cesta básica cai de preço, mas ainda pesa no bolso

image_pdfimage_print

Pelo segundo mês consecutivo este ano, a alimentação básica dos paraenses comercializada em Belém voltou a recuar de preço, com queda de 2,66% em relação ao mês de janeiro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA).

Mesmo assim, a alimentação dos paraenses continua entre as mais caras do país, comprometendo quase metade do atual salário mínimo, R$ 937,00.

Em fevereiro, a cesta básica em Belém custou R$ 395,57. De acordo com pesquisa realizada pelo Dieese em todas as capitais do país, em 25 foram verificadas quedas; em apenas duas houveram aumentos de preços.

As maiores altas, segundo o Dieese, ocorreram nas capitais dos estados da Região Norte, entre elas, Belém.

Segundo pesquisa sobre as flutuações de preços da cesta básica dos paraenses, os maiores recuos ocorreram no feijão (33,63%), seguido do leite (4,95%), manteiga (3,69%), arroz (3,25%) e tomate (2,16%).

No mês passado, poucos produtos mantiveram alta, com destaque para o óleo de soja, carne bovina e açúcar.

Custo da cesta básica ainda é elevado

Mesmo com a queda, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense ainda é elevado.

Segundo o Dieese/PA, para uma família composta de dois adultos e duas crianças o custo fica em R$ 1.582,28, ou seja, sendo necessário quase 1,7 salários mínimos para garantir as necessidades básicas do trabalhador e sua família, somente com alimentação.

A pesquisa apontou ainda que, para comprar 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense comprometeu 45,89% do salário mínimo e teve que trabalhar cerca de 92 horas e 53 minutos das 220 horas previstas em lei.

Segundo o Dieese/PA, o salário necessário para atender os preceitos constitucionais – que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para alimentar o trabalhador e sua família – deveria ter sido de R$ 3.658,72, ou seja, cerca de 3,90 vezes maior que o salário mínimo oficial, em vigor desde janeiro deste ano.

Reajuste acumulado

Segundo o Dieese/PA, nos últimos 12 meses, houve um reajuste acumulado de 8,52% no preço da cesta básica. Nesse período, a maioria dos produtos que compõem a cesta dos paraenses apresentaram altas expressivas, acima da inflação estimada em 5,5% para o mesmo período.

E você, paraense, sentiu essa queda ou ainda está pesando no bolso?

Fonte: DOL.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: