‘China não fechará suas portas para o mundo’, diz presidente

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Ao abrir Congresso do PC chinês, Xi Jinping promete abrir economia

O Partido Comunista Chinês (PCC) iniciou nesta quarta-feira (18) seu XIXº Congresso quinquenal, com o presidente Xi Jinping prometendo abrir a economia e respeitar os interesses das empresas estrangeiras no país.

“A abertura traz progresso para nós, enquanto o isolamento nos deixa atrasados. A China não fechará suas portas para o mundo, estaremos cada vez mais abertos”, disse Xi, que defendeu a proteção “dos direitos legítimos e interesses dos investidores estrangeiros”.

No mesmo discurso de abertura, Xi Jinping convocou os delegados a combater “as palavras e atos” capazes de minar “o poder do partido e o sistema socialista” na China. “Devemos (…) nos opor energicamente a qualquer ação capaz de atentar contra os interesses do povo e de afastar o Partido do povo”, disse o líder chinês.

“Se nosso Partido conseguir unir e guiar o povo (…), enfrentaremos os principais riscos, superaremos os maiores obstáculos”, disse Xi Jinping sobre a luta do regime contra a pobreza e a corrupção.

PCC tem 89 milhões de filiados

Os 2.300 delegados do “maior partido do mundo” (89 milhões de membros) se instalaram no Grande Salão do Povo, sob estritas medidas de segurança, para escutar Xi apresentar o balanço de seus cinco primeiros anos como secretário-geral do PCC.

O Congresso, que será concluído no dia 24 de outubro, concederá a Xi um novo mandato de cinco anos à frente do país mais povoado do planeta.

O limite de idade de 68 anos imposto aos membros do bureau político, a instância de 25 membros que governa a China, poderá efetivamente desaparecer para Xi Jinping, que fará 69 no próximo Congresso, em 2022.

Desde sua chegada ao poder, no final de 2012, Xi Jinping colocou seus homens em postos-chave, ajudado por uma campanha anticorrupção que puniu mais de 1,3 milhão de funcionários.

Apesar de não questionar “a economia de mercado socialista”, o governo de Xi Jinping esteve marcado por um regresso à ideologia marxista e por uma repressão que se manifesta na Internet, contra os defensores dos direitos humanos e dos dissidentes.

Em entrevista coletiva concedida nas vésperas da abertura do Congresso, o porta-voz Tuo Zhen anunciou que o governo continuará lutando contra a corrupção e que as reformas econômicas seguirão “até o final”. Também informou que o Congresso analisará um plano de reforma política, que não seguirá os modelos ocidentais.

Em um claro indício da influência de Xi Jinping, seu nome poderá ser inscrito na carta do partido, honra reservada até então apenas a Mao Tse-Tung, fundador da República popular, e a Deng Xiaoping, artífice das reformas que levaram a China ao patamar de segunda potência econômica mundial.

Para garantir um ar respirável em uma das capitais mais contaminadas do mundo, as autoridades ordenaram o fechamento das fábricas na região de Pequim durante o Congresso.

Eleição do núcleo dirigente

Após a cerimônia de abertura em Pequim no Palácio do Povo, um total de 2.287 delegados, eleitos pelas distintas assembleias do partido, se reúnem a portas fechadas.

Os delegados designam o Comitê Central (205 membros), uma espécie de parlamento do partido que define por sua vez o núcleo dirigente: os 25 membros do gabinete político, incluindo o secretário-geral. A composição da equipe dirigente será anunciada ao final do congresso.

A Comissão Militar Central (11 membros), fundamental por controlar o exército, também será renovada, assim como a temida Comissão Central de Inspeção Disciplinar, que persegue os membros corruptos do partido.

Na prática, o poder real está nas mãos dos sete membros permanentes do gabinete político.

Como em todos os sistemas do tipo soviético, o partido prevalece sobre o Estado. O poder de Xi Jinping é consequência de suas funções de secretário-geral do PCC, cargo que assumiu em 2012, antes de ser eleito presidente do país pelo Parlamento em 2013.

Fonte: ORMNews.
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