Condenada por peculato, ex-esposa de Mano Dadai já devolveu mais de R$ 20 mil aos cofres públicos

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(DINHEIRO — Foto: Reprodução: TV Globo)

Patrícia Gonçalves teria recebido mais de R$ 55 mil em salários sem nunca ter prestado serviços à Câmara Municipal de Santarém.
Patrícia Gonçalves, ex-esposa do vereador Mano Dadai (PRTB), que foi condenada a 6 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial semiaberto, pelos crimes de peculato e associação criminosa, já devolveu aos cofres públicos públicos parte dos R$ 55 mil que recebeu de salários da Câmara Municipal de Santarém, no oeste do Pará, sem nunca ter trabalhado na casa legislativa.

De acordo com o juiz titular da 1ª Vara Criminal, Alexandre Rizzi, há alguns meses, Patrícia procurou espontaneamente a Justiça para comunicar que gostaria de começar a devolver o dinheiro recebido indevidamente, o que foi autorizado pelo juiz. Até segunda-feira (15), quando foi proferida a sentença contra Patrícia e o vereador Mano Dadai, a ex-servidora “fantasma” já havia depositado pouco mais de R$ 20 mil em conta corrente em nome da Prefeitura de Santarém.

A exemplo de Mano Dadai, Patrícia que respondeu ao processo em liberdade, poderá recorrer da sentença condenatória na mesma condição.

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público à justiça referente à operação “Placitum”, Patrícia foi lotada na folha da Câmara Municipal de Santarém de novembro de 2015 a dezembro de 2016, recebendo mensalmente cerca de R$ 4 mil de salário sem nunca ter prestado serviço ao legislativo, resultado de um acordo político entre o seu então marido Mano Dadai e o ex-vereador Reginaldo Campos.

Segundo o promotor de Justiça Bruno Fernandes, antes das eleições municipais de 2016, houve indicação de Patrícia Gonçalves para trabalhar em prol das eleições de Mano Dadai e Reginaldo Campos, e em troca disso, haveria o pagamento de uma assessoria para ela sem a respectiva prestação de serviço público.

“Ela (Patrícia) trabalhava pelo particular e recebia pelo público. Diante da renúncia de Reginaldo Campos houve a possibilidade de Mano Dadai alcançar a vereança. Diante disso, o Ministério Público verificou que a nomeação de Patrícia era um acordo político para garantir uma remuneração a Mano Dadai e a ela, em prejuízo do erário público”, disse Bruno Fernandes.

Na colaboração premiada, Reginaldo Campos afirmou ao Ministério Público, quer a vaga na sua assessoria era de Mano Dadai, mas este, temendo chamar atenção com sua indicação preferiu que fosse nomeada a sua esposa. “Mano Dadai como todos sabem, foi membro da diretoria da Associação de Moradores do Santarenzinho e eventual nomeação para a assessoria de Reginaldo Campos chamaria atenção do controle social, da imprensa e do Ministério Público”, explicou o promotor Bruno Fernandes.

Por:Sílvia Vieira, G1 Santarém — PA    Santarém

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