Conflitos por terra podem ter motivado assassinato de mulher em Rurópolis, diz família

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Raquel foi assassinada na frente dos filhos no Km 140 da BR-163 — Foto: Israel Nascimento/Arquivo Pessoal Raquel foi assassinada na frente dos filhos no Km 140 da BR-163 — Foto: Israel Nascimento/Arquivo Pessoal

Conflitos por terra podem ter motivado assassinato de mulher no KM 140 da BR-163, diz família
Segundo relatos de familiares de Raquel Adriene, o crime foi cometido na frente de quatro dos cinco filhos da vítima.

Conflitos por terra podem ter motivado o assassinato de uma mulher, no Km 140 da BR-163, na segunda-feira (22), segundo família da vítima Raquel Adriene Santos, 35 anos. A vítima foi morta na frente de quatro dos seus cinco filhos. A suspeita do crime foi presa no mesmo dia pela equipe Polícia Militar de Rurópolis, sudoeste do Pará.

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Segundo a Polícia Militar, Raquel Adriene teria sido morta por Karen Kelly Oliveira Bortelo, com disparos de arma de fogo. Ao ser presa, Karen teria dito que a vítima tinha um caso com seu pai, e que essa era motivação do crime. Mas segundo a família da vítima, Karen mentiu para livrar a cara de alguém.

Raquel estava viúva há 2 meses e trabalhava para cuidar dos cinco filhos – que têm 16, 13, 11, 8 e 5 anos de idade -, em um comércio no Km 140 da BR-163, área da circunscrição do município de Belterra, no oeste do Pará. Mas, já haviam conflitos com a família da suspeita por conta de lotes de terras, que as duas famílias possuíam na mesma área.

Ao G1, o irmão da vítima, Israel Nascimento, relatou que a irmã era uma pessoa honesta que estava trabalhando para pagar dívidas que o marido deixou e também para manter os cinco filhos, e afirmou que a irmã não tinha nenhum envolvimento amoroso com o pai da suspeita.

“Ela ainda estava morando lá, por conta de ter que trabalhar para pagar dívidas que o marido deixou. O pai da suspeita tinha um lote que fazia fundos com o dela. Então, quando soube que a Karen Kelly, suspeita, disse que o pai dela teria um caso com a minha irmã, nos revoltou muito, porque minha irmã não teve nenhum envolvimento com ele. Ela não gostava dele por conta de conflitos de lote e dos conflitos que ele já teria tido com o marido da Raquel”, contou Israel.

Para a família de Raquel, a suspeita Karen Kelly usou a história de que a vítima teria um caso com o pai dela, para camuflar a verdadeira razão e quem realmente mandou matá-la.

“Tudo indica que foi encomendado, porque ela estava bem preparada e sabia o que estava fazendo. Mas o motivo alegado por ela não é verdade, porque não tinha nada a ver. Foi realmente por conflitos”, assegurou Israel.

 Cinco filhos menores de Raquel Adriene Santos agora estão órfãos de pai e mãe — Foto: Kamila Andrade/G1

Cinco filhos menores de Raquel Adriene Santos agora estão órfãos de pai e mãe — Foto: Kamila Andrade/G1

Momentos de terror

Raquel Adriene foi alvejada com tiros na frente das crianças. O filho de 11 anos de Raquel ficou no local até a mãe cair no chão. Ele foi um dos últimos a correr e só o fez, porque a mãe dele, ainda com vida, pediu para que ele corresse para o mato.

Ao G1, o menino contou que a mulher que matou a mãe dele chegou no comércio deles como se fosse uma cliente e pediu primeiro um tipo de carne, depois outro. Pediu também para que um rapaz que trabalhava no local, abastecesse a moto dela.

“Ela chegou em uma moto preta e também estava de peruca loira. Pediu carne da mamãe, depois pediu de novo outro tipo de carne. Assim que minha mãe virou para cortar a carne, ela fez sinal com a arma para a gente ficar em silêncio, inclusive o homem que tava abastecendo a moto dela, então ela atirou”, relatou.

Ainda segundo o relato do filho de 11 anos de Raquel, o rapaz que estava abastecendo a moto viu a situação e correu com a chave do veículo da suspeita na mão e levou três crianças com ele, para se esconder no mato. A suspeita ainda teria disparado tiros contra eles, mas não acertou, depois continuou atirando na Raquel.

“Eu fiquei lá com a minha mãe e gritei com a mulher chamando ela de louca, que ela tinha matado minha mãe. Ela apontou a arma pra mim e atirou, mas não deu certo, não saiu nada. Minha mãe disse pra eu correr, então eu corri pra junto dos meus irmãos, para o mato, e ficamos por uma hora lá. A mulher ficou um tempo esperando a gente voltar, depois foi embora de carona”, relatou o menino.

Prisão

Karen Kelly foi presa pela Polícia Civil de Rurópolis, quando fugia em uma caminhonete branca. Com ela, a polícia encontrou o revólver usado no crime, com quatro cápsulas deflagradas e duas intactas, além de outras seis sobressalentes.

A suspeita foi conduzida à delegacia de Polícia Civil de Placas, onde foi lavrado o flagrante pelo crime de homicídio. A polícia segue investigando o caso.
Por Kamila Andrade, G1 Santarém — Pará
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