Construtora começa corte de 384 árvores para construção de prédio
Imagem ilustrativa (Freepik). Moradores reclamam do que chamam de “devastação” e apontam haver árvores centenárias, plantas frutíferas (como jabuticabeiras e amoreiras), macacos, saruês e tucanos no local.
A construtora Tenda iniciou, nesta quarta-feira (26), o corte de 384 árvores, incluindo 128 nativas, na Avenida Guilherme Dumont Villares, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. Como mostrou o Estadão, a Prefeitura já havia autorizado a derrubada, desde que fossem cumpridas medidas compensatórias.
A empresa terá de plantar 221 mudas de espécies nativas, no terreno ou nos arredores do imóvel. O acordo de compensação ambiental firmado com a gestão municipal também prevê a transferência de aproximadamente R$ 2,5 milhões para o Fundo Especial do Meio Ambiente, usado para benfeitorias ambientais, principalmente em parques municipais.
A Tenda afirma que o empreendimento foi devidamente aprovado pelo Município. Já a Prefeitura informa que as medidas compensatórias estão de acordo com a Lei do Licenciamento Ambiental. “A gestão segue trabalhando pela preservação e equilíbrio ambiental, com responsabilidade e com análise técnica rigorosa”, afirma.
Moradores reclamam do que chamam de “devastação” e apontam haver árvores centenárias, plantas frutíferas (como jabuticabeiras e amoreiras), macacos, saruês e tucanos no local. A autorização para o corte das árvores foi concedida em maio e dura até outubro de 2026. O local foi adquirido pela empreiteira para a construção de um condomínio com quatro torres de nove andares e 708 apartamentos de cerca de 30 m².
Na fachada, um banner anuncia o empreendimento Max Vila Sônia. Uma placa informa sobre o manejo arbóreo e a autorização da Prefeitura. A remoção inclui:
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128 árvores nativas
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226 exóticas
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5 espécies invasoras
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25 consideradas mortas
Moradora do bairro há três décadas, a vice-diretora escolar Adriana Fuciji, de 58 anos, é vizinha do terreno. “São árvores maravilhosas, frondosas, que abrigam uma fauna rica. E vão destruir isso”, diz. “Não é apenas o nosso bairro, mas um santuário vital para a biodiversidade da nossa cidade e um legado ambiental que precisamos preservar para as futuras gerações”, afirma.
Também morador da região e integrante do coletivo Fórum Verde Permanente de Parques, Praças e Áreas Verdes, o sociólogo Francisco Eduardo Bodião, de 55 anos, critica o que avalia como “grandes empreendimentos rifando a vegetação na cidade”.
Para ele, a legislação é insuficiente para proteger a mata nativa. “O plantio é sempre de mudas que precisam de tempo para vingar e a maioria delas se perde. Não tem plano de acompanhamento desses plantios que seja satisfatório. As mudas são abandonadas à própria sorte, sem manutenção adequada.”
A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente diz que todas as mudas são avaliadas por equipe técnica da pasta no momento do certificado de conclusão das obrigações ambientais. “Esse processo assegura a efetividade das compensações e o equilíbrio ambiental”, afirma.
Fonte: Estadão Conteúdo e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 26/11/2025/15:02:11
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