Contra a Colômbia, a quinta etapa de nova rivalidade

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Parece ter virado regra: às vésperas de um Brasil x Colômbia, a discussão em torno do jogo extrapola o estritamente futebolístico. A fratura na costela de Neymar na Copa do Mundo foi o ponto de partida, seguida de um amistoso nos Estados Unidos em que Zúñiga foi escalado como capitão, como tentativa de promover a paz. Em vão. Depois, a Copa América do Chile, que culminou na expulsão de Neymar, parecia ter fechado um ciclo de confrontos tensos. Até que o jogo pelo torneio olímpico reacendeu a discussão: o Brasil reclamando de faltas excessivas, os colombianos acusando a seleção de revidar e, principalmente, reclamando que Neymar se atira no chão.
A rivalidade recente se escora mais na tensão do que nos resultados. Antes de perder por 1 a 0, pela Copa América de 2015, o Brasil não era derrotado pela Colômbia desde 1991. Desta vez, os colombianos chegaram a Manaus colocando o tema em pauta.
— Todos sabem como é Neymar, seu jeito. Mas são coisas que acontecem no campo, onde as coisas esquentam, às vezes. Fora de campo, acho que é boa pessoa. Vai ser um jogo intenso, muito disputado — afirmou o zagueiro Murillo, o mesmo que Neymar ameaçou atingir com a cabeça na Copa América de 2015, no jogo em que o brasileiro acabou expulso e suspenso até dos primeiros jogos das eliminatórias.
Já o volante Sebastian Pérez foi mais direto do que o companheiro.
— Quando se dedica a jogar, Neymar é um dos melhores do mundo, todos sabem disso. Mas é muito criticado porque, às vezes, gosta de provocar os rivais, toca no orgulho dos adversários. E não gostamos disso. É verdade também que temos jogadores que vão forte para o choque. Ao verem que Neymar se atira muito, seguem em cima, o que pode acabar causando este tipo de confusão — disse Pérez, que estava no confronto pelas quartas de final da Olimpíada do Rio, no estádio do Corinthians.
‘Vai ser um jogo intenso, muito disputado’
– MurilloZagueiro da Colômbia ao analisar a partida contra o Brasil
A seleção brasileira trata de tentar colocar um pouco de água na fervura. Jogando em casa, em Manaus, parece interessar mais aos brasileiros que a partida tenha menos catimba e mais tempo de bola corrida.
— Temos que fazer um jogo tranquilo, em paz. É importante que o time fique concentrado na partida. De vez em quando, acontecem entradas mais duras, um pouco mais fortes. Mas aqui há jogadores de grande qualidade, que sabem manter o controle — afirmou o volante Paulinho.
— O jogo da Olimpíada foi muito duro. Torço para que não tenha muitas pancadas, seja mais jogado — disse Gabriel Jesus, que atuou na partida de São Paulo. Ele preferiu celebrar o clima leve que a seleção vive. — Todos aqui brincam muito, criam um ótimo ambiente e me deixam tranquilo. A gente tem levado isso para o campo.

O GLOBO

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