COP 30: inquilinos dizem que foram obrigados por proprietários a deixar imóveis alugados em Belém; ‘era meu lar’, lamenta moradora
(Foto: Reprodução) – Moradores precisaram deixar locais onde viviam há anos, sem justificativa clara e associam o despejo à COP. Corretor diz que prática foi comum este ano, e advogada explica o que diz a lei.
A falta de leitos e preços altos de hospedagem são alguns dos principais entraves nos preparativos da COP 30. O problema afeta não apenas delegações estrangeiras, mas também quem vive em imóvel alugado em Belém: há proprietários pedindo imóveis de volta e deixando os inquilinos “na mão”.
“A gente morava lá havia 5 anos, quando todo mundo recebeu uma ordem de despejo, todo mundo do prédio . Eles deram 30 dias para a gente se mudar e procurar outro lugar para morar”, comenta a universitária Evelyn Ludovina.
O que ocorreu com a família da estudante Evelyn Ludovina se repetiu com a professora Ana Carolina Barros. Sem justificativa clara, o proprietário deu 30 dias para que ela deixasse a casa, onde morava também havia 5 anos.
“Eu estava em viagem em outro país. Recebi uma mensagem do dono do apartamento pedindo o imóvel de volta sem ao menos me avisar e após ter confirmado comigo que esse ano seguiríamos com o contrato. Eu fico atônita, pois não esperava passar por isso. Saí de casa com a certeza de que iria voltar”, conta Ana Carolina, de 27 anos.
“Comecei a me desesperar e procurar casa, mas estando em outro lugar a busca estava muito complicada, tudo o que eu achava era no mínimo R$ 4 mil ou R$ 2 mil, podendo ficar no local até antes da COP acontecer. Ou seja estamos sendo retirados dos nossos espaços por causa de um evento”, lamenta Ana.
O corretor de imóveis Rodolfo Magalhães afirma que, com a COP 30, muitos proprietários decidiram pedir o término de contratos com a expectativa de altos ganhos com o evento da ONU.
“Muitas pessoas que tinham seus contratos regulares, clientes com 7, 8 anos já morando no seu apartamento, resolveu pedir ao longo do ano de 2024, 2025, a finalização do contrato para que ela pudesse mobiliar, preparar e anunciar no período da COP com a expectativa de altos ganhos”, diz.
De acordo com a advogada especializada em direito imobiliário Letícia do Vale Alves, para contratos com prazos indeterminados, o documento pode ser rescindido com uma notificação prévia de 30 dias.
A advogada diz ainda que contratos de locação são relações de direito privado e dependem da anuência mútua (veja mais abaixo detalhes sobre o que diz a lei).
🏨 As hospedagens em residências são 60% dos leitos para a COP 30. Os preços altos têm preocupado delegações. O presidente da Áustria, por exemplo, cancelou a participação na COP e o Brasil tenta reverter ausência. O governo diz que haverá 53 mil vagas de hospedagem e reservou 2,3 mil leitos especificamente para os 196 países participantes.
🛎️Órgãos públicos notificaram plataformas para que excluam anúncios com preços abusivos e avaliam entrar na Justiça. Até a noite de quinta-feira (21), nenhuma medida judicial havia sido anunciada.
Fonte: g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 22/08/2025/14:26:20
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