Covid: Exército já trabalha com a hipótese da terceira onda

Paulo Sergio espera que a vacinação livre o país de uma terceira onda forte (Foto:Reprodução / Youtube)

Diferentemente das diretrizes do governo federal, o alto comando desacelera a pandemia seguindo diretrizes da OMS

O general Paulo Sérgio, autoridade máxima de saúde no Exército, que esteva em Belém quando houve a primeira onda de covid, em 2020, afirma que a Força entrou em uma espécie de lockdown, identificando e colocando integrantes de grupos de risco home office e pondo fim a cerimônias militares em todos os quartéis. Com a terceira onda começando na Europa, o militar afirma que o Exército já está se preparando caso chegue ao Brasil.

Quando os números de mortes e casos aumentavam na Europa, o Departamento-Geral de Pessoal foi incumbido da missão de aplicar medidas sanitárias, realizar campanhas e proteger o contingente da covid-19.

O pesquisador Atila Iamarino comentou no Twitter a entrevista do general.

https://twitter.com/oatila/status/1376264219918733324?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1376264219918733324%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.oliberal.com%2Fpolitica%2Fcovid-exercito-ja-trabalha-com-a-hipotese-da-terceira-onda-1.369552

 

Além dos militares da ativa, são de responsabilidade da Força os que estão na reserva e os dependentes, uma rede de 700 mil pessoas.São 60 unidades de saúde, entre hospitais, policlínicas e postos avançados. E a taxa de letalidade no Exército se mantém em 0,13%, bem abaixo do índice de 2,5% na população em geral. Para conseguir esses números, foi adotada uma política oposta à do governo federal.O general Paulo Sérgio deu uma entrevista ao Estado de Minas.

Veja alguns pontos.

Início“

O Exército, ou melhor, o Ministério da Defesa, lá em março do ano passado, vendo o problema se adiantar, criou 10 conjuntos em todo o Brasil. Esses conjuntos envolveram as Forças Armadas e as autoridades estaduais e municipais. Esses 10 comandos conjuntos trabalharam harmônicos. No Exército, para dar suporte a esses comandos e aos nossos hospitais, criamos a Operação Apolo.

Tem toda uma equipe logística, saúde, administrativa que coordena as ações. Eu estava em Belém, era o comandante da área quando isso começou. O Brasil inteiro se voltou para a Amazônia Ocidental.

Nós tomamos nossas medidas. O Exército, por exemplo, baixou recomendações administrativas claras, com relação à prevenção mais especificamente. A partir dali, foi uma coisa muito disciplinada, no uso da máscara, no afastamento social nos refeitórios, nos dormitórios.

Aí, começaram a surgir campanhas de conscientização. Os hospitais começaram a pedir sangue, e iniciamos uma campanha. Hoje, já passa de 40 mil doadores de sangue, no Exército, espalhados pelo Brasil.

”Segunda onda“

Temos militares mais jovens que foram evacuados, ou seja, moravam no interior, onde não tinha hospital, e foram transportados para outro local. Tivemos de convocar pessoal médico. Às vezes, tem equipamento, mas não tem equipe médica. Eu não posso transformar um infectologista em três, um intensivista em quatro, por estar abrindo mais 10 leitos.

Então, tivemos de convocar e capacitar novas equipes. A primeira fase da pandemia veio em ondas. Começava por Manaus e descia para o resto do país. Melhorava em um estado e piorava em outros, então, a gente deslocava equipes.”Belém”Depois que os números caíram no Pará [em 2020], (os casos) vieram para o Rio de Janeiro.

Nós socorremos, deslocamos equipes médicas para Belém. Adquirimos equipamentos para reforçar nossos hospitais no Pará. Não faltou leito, pois tivemos êxito nessa operação.

A coisa foi se expandindo para o Sul. Agora, os números estão crescendo no Rio de Janeiro. Vamos manobrando com nossos meios, apoiando estados e municípios. Nosso hospital de campanha no Rio é dividido em quatro módulos. Temos um hospital de campanha apoiando o hospital da rede pública, e outro em Manaus ainda.

Também apoiamos a própria rede militar em algumas regiões.”Terceira onda“Quando soubemos que França e Alemanha estão começando novo lockdown com esta terceira onda, imaginamos que, como ocorreu na segunda, que começa na Europa, dois meses depois se alastra por outros continentes. Temos de estar preparados no Brasil.

Não podemos esmorecer. É trabalhar, melhorar a estrutura física dos nossos hospitais, ter mais leitos, recursos humanos para, se vier uma onda mais forte, a gente ter capacidade de reação. É um planejamento contínuo. Tudo que a gente faz sempre tem a visão do futuro. Se temos a notícia de que, lá na frente, pode ter uma terceira onda, temos de estar preparados. Mas torcemos para não termos, que a gente avance, e a vacina está aí para isso.

”OMS“

Todas as medidas sanitárias, diretrizes emanadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), corroboradas pelas nossas diretorias de saúde, são rigorosamente cumpridas em nossos quartéis.

É uma Força disciplinada.”Exemplo”Os números [no Exército] são relativamente bons em relação à população em geral, por conta da prevenção que temos. O índice de letalidade é muito baixo, menor do que na rede pública, graças a essa conscientização, essa compreensão, que é o que eu acho que, se melhorasse no Brasil, provavelmente, o número de contaminados seria bem menor.”

Por:Redação Integrada com informações do Estado de Minas

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