Cresce o número de mulheres grávidas durante a pandemia em Santarém e demais municípios do Pará

(Foto:Reprodução) –  O aumento do número de mulheres que buscam a consulta de pré-natal em hospitais públicos e particulares nos municípios do Pará, entre os quais Santarém, na região Oeste, chama atenção de médicos e enfermeiros.

Segundo eles, medidas de isolamento social, adotadas pela gestão pública durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), onde os casais ficam mais tempo juntos, está contribuindo para o aumento da taxa de natalidade no Estado.

No início desta semana, nossa reportagem acompanhou a movimentação de pacientes nos principais hospitais públicos e particulares de Santarém. Em um hospital particular localizado na orla da cidade, no período de duas horas, pelo menos 20 mulheres grávidas deram entrada em busca de atendimento de pré-natal.

Além da unidade de saúde particular, no Hospital Municipal de Santarém (HMS), um funcionário revelou, que, nesse período de pandemia, está sendo grande a procura de mulheres grávidas por atendimento, assim como nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), nos bairros da cidade.

Um médico ginecologista informou que tem ouvido de muitas pacientes a preocupação em relação ao coronavírus, mas salienta que os hospitais estão organizados para separarem os pacientes com Covid-19, de outras alas.

DESAFIO NA PANDEMIA

Como se carregar um ser humano em formação dentro do seu corpo não fosse um desafio suficiente, algumas mulheres têm encarado essa missão em meio a um momento ainda mais tenso, na pandemia mundial de coronavírus.

A dona de casa Adriele Silva conta que, diante da pandemia, ela, o marido, e o enteado, já estão acostumando com a ideia de receber um novo membro da família em um parto num hospital particular de Santarém. “É algo que sempre achei muito bonito, mas não tinha colocado na minha cabeça, que ia acontecer numa pandemia, mas nosso bebê será bem-vindo”, garante Adriele.

Ela afirma que receios e questionamentos existem, mas que está encarando o desafio com naturalidade. “Os receios já são normais: será que está tudo bem? O bebê está se desenvolvendo? Estou comendo direito? Como vai ser o parto? Existem alguns questionamentos: posso ir às consultas médicas? Como me proteger? Como proteger o bebê? Posso ter acompanhante na maternidade?”, pergunta Adriele.

ESTATÍSTICA MUNDIAL

Um relatório divulgado pela ONG Marie Stopes International – que atua em 37 países pelo mundo – estima que 1,9 milhão de mulheres tenham deixado de ter acesso a métodos contraceptivos entre janeiro e junho deste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus. Segundo o documento, são esperadas 900 mil gestações indesejadas e 3,1 mil mortes maternas como consequência.

“Com bloqueios que restringem o movimento, falta de informação sobre quais serviços estão disponíveis, interrupções da cadeia de abastecimento e sistemas de saúde sobrecarregados, desviando recursos para a resposta à Covid-19, o acesso a serviços de contracepção, seguro-aborto e atenção pós-aborto foi restringido e as barreiras aumentaram”, diz o relatório.

Em abril deste ano, o Fundo de População da ONU já havia estimado perdas semelhantes. Segundo o órgão, a cada três meses de confinamento, mais de 2 milhões de mulheres podem não ter acesso a contraceptivos modernos.

Ainda segundo a projeção, em seis meses de isolamento, 47 milhões de mulheres em 114 países de média e baixa renda não conseguiram acessar contraceptivos modernos, o que pode ter levado a 7 milhões de gestações não intencionais.

Por: Manoel Cardoso

Fonte: Portal Santarém

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