Criminosos usam a fé em esquema de pirâmide no Pará e Minas

Dinheiro apreendido em um dos alvos da Operação Mercadores do Templo | Foto: Divulgação Ascom/MPMG

O recente aumento na procura por investimentos financeiros também tem levado a um crescimento no volume de denúncias de fraudes financeiras, contra quem promete rendimentos exorbitantes para aliciar e fraudar vítimas. O esquema de pirâmide, também conhecido como “Esquemas Ponzi”, é um bom exemplo dessa prática criminosa.

Nesta quinta-feira (5), o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) participou de uma megaoperação deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a Polícia Civil mineira. O procedimento policial estava relacionado a um suposto esquema Ponzi.

O órgão paraense participou da ação por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco),

A chamada “Operação Mercadores do Templo” tem como objetivo desmantelar a organização criminosa responsável por fraudes multimilionárias envolvendo uma complexa composição piramidal para captação de recursos financeiros sob a promessa de lucros muito acima do mercado.

Em um comunicado à imprensa, as autoridades confirmaram que, na manhã desta quinta-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Belém, e nas cidades de Unaí, Belo Horizonte, Contagem, Guanhães/MG e em Brasília/DF.

De acordo com as investigações, os integrantes da organização criminosa utilizavam a fé como principal isca para atrair investidores para os supostos serviços financeiros que ofereciam.

Para tentar passar maior credibilidade, o líder do grupo apresentava-se como um “homem de Deus”, fazendo tudo para parecer uma pessoa honesta e de conduta irretocável. Dono de uma oratória afiada, utilizava-se de passagens bíblicas, jargões de cunho religioso e, inclusive, de músicas gospel, para enganar as vítimas, que terminavam convencidas a investirem suas economias no esquema fraudulento.

De acordo com a investigação, as empresas do grupo criminoso eram responsáveis por operar um sistema altamente complexo e semelhante ao malfadado esquema de pirâmides financeiras ou “esquemas Ponzi”, oferecendo serviços de investimento com a previsão de um retorno financeiro insustentável sobre o valor aportado. A promessa era de juros remuneratórios de 8,33% ao mês para pessoa física e de 10% ao mês para pessoa jurídica.

O nome da “Operação Mercadores do Templo” faz referência ao episódio bíblico no qual Jesus Cristo, enfurecido, expulsa do Templo de Jerusalém os mercadores que estavam usando a casa de Deus para fazer negócios e explorar as economias do povo.

Jornal Folha do Progresso em 05/05/2022/

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