Decreto da Prefeitura de Santarém proíbe venda de tambaqui, pirapitinga e pacu vindos do Amazonas

Consumo de peixes pode estar associado à “doença da urina preta”. — Foto: Marcelo Moreira/Rede Amazônica

Documento assinado pelo prefeito Nélio Aguiar foi publicado na noite desta sexta (10). Proibição começa a valer a partir de sábado (11).

Foi publicado na noite desta sexta-feira (10) em Santarém, no oeste do Pará, o decreto que proíbe a comercialização de peixes das espécies tambaqui, pirapitinga e pacu vindas do estado do Amazonas. A proibição da venda entra em vigor no sábado (11).

O documento, assinado pelo prefeito Nélio Aguiar, proíbe a comercialização das três espécies como medida preventiva à Síndrome de Haff, também conhecida como doença da “urina preta”. O Amazonas registrou ao menos 61 casos da doença em dez municípios do estado. Uma mulher de 51 anos morreu em Itacoatiara (AM).

Em Santarém, os cuidados com relação à doença começaram depois que um homem de 55 anos morreu no hospital municipal de Santarém com suspeita da Síndrome. O resultado dos exames que confirmam ou descartam a suspeita, ainda não saíram.

O decreto ressalta que há poucos estudos sobre a Síndrome que causa rabdomiólise, e que os casos suspeitos da doença continuam sendo investigados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sespa). O documento destaca ainda que a comercialização do pescado está proibida temporariamente.

O hospital municipal é a unidade referência para atendimento dos casos que deverão ser comunicados ao Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para o acompanhamento epidemiológico.

Outro caso

Um outro caso suspeito da Síndrome de Haff chegou ao hospital municipal nesta sexta-feira. O homem de 55 anos, identificado como Valdir Rufino, teria ingerido o peixe da espécie pacu na noite de quinta (9). Ele está internado no HMS.

Cor da urina do paciente está escura — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

Segundo Vanessa Ebraim, filha do paciente, ele começou a sentir fortes dores depois que comeu o peixe. “Ele comprou os peixes a tarde e comeu à noite. Mais ou menos uma 3h depois ele começou a sentir dores leves nas pernas, na nuca e na cabeça, mas ficou por isso mesmo. Hoje de manhã ele já estava com as pernas adormecidas, sentia fortes dores e teve febre, já não conseguia se mexer direito”, relatou.

Amostras do sangue e da urina do homem foram coletadas no hospital. O exame de sangue de Valdir apresentou alteração, mas o que chamou a atenção dos médicos foi a cor escura da urina no paciente.

“Meu pai tava bem, joga futebol, ele é forte. Só foi ele consumir o peixe e ficou assim”, disse Vanessa, preocupada.

O que é a Síndrome de Haff?

Conheça a doença da urina preta

A doença é causada pela ingestão de pescado contaminado por uma toxina capaz de causar necrose muscular, ou seja, a degradação dos músculos. Outros sintomas da doença são decorrentes desse quadro. A síndrome está associada ao consumo de peixes como arabaiana, conhecido como olho de boi, e badejo (veja vídeo acima).

A forma como o animal é contaminado pela toxina que provoca a doença, no entanto, não é consenso entre especialistas. Alguns infectologistas dizem que a toxina é gerada pelo mau acondicionamento do pescado, mas outros afirmam que a toxina vem de algas consumidas pelo animal.

Fonte G1 Santarém

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