Dez cidades do Pará criaram mais de 7 mil postos de trabalho

Dez cidades do interior do Pará foram responsáveis, juntas, pela criação de mais de 7 mil postos de trabalho ao longo deste ano. Os dados obtidos pelo DIÁRIO foram extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e demonstram que o mapa da mina, em tempos de desemprego, está mesmo fora do eixo da Grande Belém que, ao contrário das cidades interioranas, acumulou perdas ao longo do ano.

De janeiro a setembro, Belém, por exemplo, contratou 59.647 trabalhadores, ao mesmo tempo em que desligou outros 61.193, gerando saldo negativo de 1.546 postos. As 10 cidades que mais geraram empregos no Pará, tomando como análise o saldo positivo que ficou entre admitidos e desligados, foram: Marabá (2.265 vagas), Barcarena (1.354), Paragominas (681), Santarém (516), Xinguara (490), Pacajá (445), Cametá (424), Itaituba (375), Ulianópolis (363) e Acará (204). Em setembro, outras cidades se destacaram no balanço de geração de empregos, como Paraupebas, Castanhal e Tomé-Açu.

Entre os 10 municípios que lideram a lista dos que mais geraram empregos no Estado, 4 deles têm a construção civil como o setor que saiu na frente. Marabá está em primeiro lugar do ranking. A cidade, por exemplo, gerou 1.396 postos de trabalho apenas neste ramo. Juntos, os 10 municípios geraram 3.295 vagas no setor.

INTERIOR

Presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Pará (Sinduscon), Alex Carvalho acredita que as cidades do sul e sudeste do Pará são as que prometem gerar empregos no ramo. “A demanda de obras deve aumentar nessas regiões. A Metropolitana tem muitas obras públicas de mobilidade urbana, unidades habitacionais também. No Oeste, com o crescimento do agronegócio, vamos precisar de estradas. São essas com grandes potenciais para os próximos meses”, estima. O setor de serviço também teve um número expressivo no saldo de geração de empregos formais, segundo o Caged. O ramo abriu 1.987 vagas nos 10 municípios.

A indústria da transformação, que compreende as atividades que envolvem transformação física, química e biológica de materiais, em substâncias e componentes para obter produtos novos, gerou 927 postos de empregos. Neste ramo, entram as indústrias de produtos alimentícios, bebidas, cigarro, roupas, papel, combustível, eletrônicos, carros e móveis.

Construção civil é destaque positivo

Segundo Roberto Sena, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), setembro representa uma sazonalidade na criação de postos de trabalho no Estado. Ao longo dos primeiros 9 meses do ano, este mês foi o segundo que registrou saldo positivo na geração de empregos, depois de junho.

Com a injeção do 13° salário, em novembro e dezembro, o economista acredita que pode haver um equilíbrio ainda maior neste saldo. “Ano passado, foi injetado R$ 4 bilhões no Pará. Nesta base, com mais dinheiro na economia, a tendência é o desemprego se equilibrar, ao menos até o fim de 2017”, analisa. Sena observa que o setor da construção civil foi responsável por impulsionar as contratações. “Ele puxa o serviço e o comércio, principalmente na construção de obras no interior. Movimenta a economia das cidades grandes e pequenas também”, explicou. Sena destaca que outro ramo que respondeu às contratações positivas no Pará foi o da indústria de transformação.

TRANSFORMAÇÃO

“Este setor pouco tem tido saldo negativo ao longo do ano. No interior é forte e, particularmente no Estado, trabalha muito com a metalurgia”, aponta. Ele avalia o crescimento dos postos de emprego na agropecuária como o início de uma recuperação na economia vinda do campo. “Mesmo o Pará tendo perdido 23 mil de trabalho nos últimos 12 meses, é animador o crescimento na agropecuária, que, quando se coloca investimento, cresce”, garante.

Fonte: DOL.
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