Dia da Amazônia: projetos da Emater recuperam áreas verdes em todo o Pará

(Foto: Reprodução) – As duas famílias são beneficiárias de uma meta ambiental, criada pela Emater.

Esta sexta-feira, Dia da Amazônia, 5 de setembro, amanheceu na comunidade São José do Anapolina, em Santa Maria do Pará, na região Guamá, no nordeste paraense, com dois agricultores nos preparativos para reflorestar áreas de suas propriedades, a partir de orientação do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater).

Antônio Araújo, de 42 anos, vai plantar madeira em cerca de um hectare à beira do rio Furo Lindo, no Sítio São Pedro: “Andiroba, ipê, buriti”. O que tiver eu vou tacar-lhe dentro. Acho que voltar a ter floresta é uma boa ideia, porque a natureza é a base do trabalho no campo”, diz.

Já João Luiz Florêncio, de 57 anos, quer recompor três hectares do Sítio Ebenézer com açaí, cupuaçu e mogno, entre outras espécies. “É um espaço que já vinha desmatado quando comprei a terra. Eu penso que, diversificando, colocando as plantas certas, vai ter muita serventia, pra alimentação, pra comercialização”, considera.

As duas famílias são beneficiárias de uma meta ambiental, criada pela Emater. O documento Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) Pública para Justiça Climática na Amazônia para a Cop-30 foi lançado pela Emater em março, em alinhamento com o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) e com o Programa de Atuação Integrada para Territórios Sustentáveis (PTS). Ali, entre diversas ações, consta a previsão de, até o fim do ano, pelo menos 600 Planos de Recuperação de Áreas Degradadas e Alteradas (Pradas) sobre pequenas e médias propriedades historicamente prejudicadas por atividades predatórias, nos 144 municípios paraenses.

Em Santa Maria, três pradas já foram concluídos e 12 encontram-se em andamento. “A programação é atender, no total, a 41 propriedades. Primeiro promovemos reuniões com os interessados, esclarecemos sobre a política pública.

Os pradas, diz a Emater, visam ao apoio aos agricultores na adequação à legislação ambiental, com regularização do passivo ambiental nas áreas de reserva legal [arls], áreas de preservação permanente [apps] e áreas de uso restrito [aurs] identificadas por meio dos cars [cadastros ambientais rurais] emitidos pela Emater”, explica o chefe interino do escritório local da Emater em Santa Maria, Elcyley Dias, técnico em agropecuária.

Meio Ambiente

A elaboração dos Pradas pela Emater fundamenta-se em geotecnologias e análise socioeconômica para indicar possibilidades tanto de regeneração natural, com separação calculada de área, processo que pode demorar décadas, quanto de implantação de sistemas agroflorestais (safs), com plantio integrado de frutíferas e espécies madeireiras, iniciativa que deve gerar colheita entre três a cinco anos.

A Coordenadoria de Operações (Coper) da Emater indica que o foco deste 2025 emblemático no significado ecológico é de, em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), reflorestamento do bioma amazônico junto com produção de alimentos próprios aos costumes da região, como açaí.

A estratégia conscientiza sobre adaptação de práticas como queima e derrubada e pode ser associada à aplicação de crédito rural do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pronaf), ante o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Brasil (BB).

Conforme a coordenadora de operações da Emater, engenheira ambiental Camila Salim, pós-graduada em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia e mestra em Ciências Ambientais, a restauração florestal e o combate ao desmatamento são “urgências inadiáveis” e contam com o protagonismo institucional da Emater e com o protagonismo existencial das comunidades rurais.

“Restaurar é devolver a vida, garantir água limpa, conservar as espécies, assegurar a dignidade das comunidades. As populações da floresta vivem lá há séculos, em harmonia, e seus saberes, as práticas: são populações que ensinam muito sobre sustentabilidade. Proteger a Amazônia é proteger a nós mesmos. A Amazônia é importante para o planeta inteiro”, diz Camila Salim.

 

 

Fonte: Agência Pará / Jornal Folha do Progresso e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 05/09/2025/14:19:42

O formato de distribuição de notícias do Jornal Folha do Progresso pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, ou pelo canal uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Jornal Folha do Progresso, clique nos links abaixo siga nossas redes sociais:

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Sugestão de pauta enviar no e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com.

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835– (93) 98117 7649.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com