Diz pesquisa: Brasil é corrupto, mas brasileiro não

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Foram ouvidas 2.422 pessoas em todo o país, que tiveram que eleger em uma lista valores que melhor as definiam, os que representavam o Brasil de hoje e aquilo que desejariam para o país

Um estudo sobre corrupção no Brasil e entre os brasileiros fez uma revelação no mínimo contraditória: o país é corrupto, mas a sua gente não. Segundo a Pesquisa Nacional de Valores de 2017, publicada pelo jornal Folha de São Paulo, a honestidade é a qualidade que melhor caracteriza o brasileiro.

O estudo, encomendado ao Instittuto Datafolha pela consultoria Crescimentum e pelo instituto britânico Barret Values Centre, tem como foco os valores pessoais mais importantes dos brasileiros este ano, assim como aqueles que moldam a cultura do país atualmente e aqueles que são desejados para o Brasil. Foram ouvidas, em agosto passado, 2.422 pessoas em todas as regiões do país, que tiveram que eleger em uma lista de cerca de 90 valores os dez que melhor as definiam, os que representavam o Brasil de hoje e aquilo que desejariam para o país.

Se no campo pessoal as qualidades escolhidas foram amizade, honestidade, respeito, confiança e paciência, a cultura nacional foi definida pelos “valores” de corrupção, violência, agressividade e discriminação racial. “Não tem nenhuma correspondência entre o que cada um percebe como seu valor individual e o que ele percebe como a cultura ao seu redor”, avaliou o escritor e cientista social Eduardo Giannetti, em entrevista à Folha. “Este é um traço definidor da nossa cultura: o brasileiro é o outro”.

A percepção dos problemas no país teria subido de 51%, em 2010, ano em que o estudo foi realizado pela primeira vez, para 61%, este ano. A corrupção, que no primeiro ano era destacada por 54% dos entrevistados, em 2017 foi indicada por 72% do público ouvido.

Sobre aquilo que se deseja tanto no campo pessoal, quanto para o país, a educação ganha espaço como tema predominante. No contexto pessoal, surge como o valor de “aprender sempre”, enquanto para a nação aparece como “oportunidades de educação”. “Brasileiro fala do brasileiro na terceira pessoa, e se dissocia”, concluiu Guilherme Marback, economista e diretor da Crescimentum, na mesma reportagem.

Fonte: Notícias ao Minuto.
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