Documentário gravado em Marabá será lançado nesta quarta-feira

(Foto: Reprodução) – O curta-metragem tem como ponto de partida o livro “Marabá: cidade do diamante e da castanha”, do sociólogo francês H. D. Barruel de Lagenest, que viveu em Marabá em 1955

O documentário “Como estamos nós, Barruel” (16’), dirigido por Marcelo Barbalho, será exibido amanhã, quarta-feira (2), na Galeria de Arte Vitória Barros, em Marabá. Após a exibição do filme haverá debate com o realizador. O curta-metragem tem como ponto de partida o livro “Marabá: cidade do diamante e da castanha”, do sociólogo francês H. D. Barruel de Lagenest, que viveu em Marabá em 1955. Na obra, Barruel retrata a cidade de maneira crítica ao apontar a “exploração do homem pelo homem” como um dos principais problemas da região.

O documentário procura dar uma resposta a Barruel, mostrando aspectos da cidade hoje, setenta anos após a publicação do livro. O filme foi realizado com recursos do Edital de Audiovisual Fomento Inciso I – Lei Paulo Gustavo Marabá, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Fundação Casa da Cultura de Marabá.

Professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Marcelo Barbalho fala a seguir sobre seu primeiro documentário e esse tipo de cinema em Marabá.

‘Como estamos nós, Barruel’ mostra a realidade atual de Marabá?

Marcelo Barbalho – O documentário é como eu mostro Marabá para as pessoas que assistem ao filme. Ele aborda a minha relação com a cidade e como a leitura do livro de Barruel influencia a minha interpretação sobre Marabá. O filme, portanto, não é exatamente sobre Marabá, não é uma sentença sobre a cidade. Mas ele representa aspectos de Marabá sob uma perspectiva bastante particular a partir de uma narrativa criada por mim.

O filme é um documentário de denúncia social?

Marcelo Barbalho – Não. Não é um documentário de mobilização política, de denúncia social. Embora uma crítica social não deixe de estar presente na obra, o que é um reflexo da presença da obra de Barruel. Neste momento, estou mais preocupado com as questões formais do documentário do que em produzir um filme com uma mensagem social, que procura passar uma determinada ideologia.

A cidade é a principal personagem do documentário?

Marcelo Barbalho – Sim, a cidade está presente todo o tempo. Tanto a Marabá de Barruel quanto a Marabá de hoje. Mas eu também sou um personagem. A narração em primeira pessoa deixa isso evidente. E, também, Emmanuel Wambergue, o Manu. Francês e uma das principais lideranças da Comissão Pastoral da Terra nos anos 1980-90, Manu é uma espécie de elo de ligação entre as questões levantadas por Barruel nos anos 1950 e a cidade nos dias de hoje.

O filme demorou quanto tempo para ficar pronto?

Marcelo Barbalho – As imagens e os sons foram captados em cinco dias de filmagem, em diversos pontos da cidade. Mas o filme demorou cerca de quatro meses para ser montado. Esse documentário, como boa parte dos documentários, foi feito na ilha de edição, não no momento da filmagem. Eu convivi com essas imagens durante meses. E na ilha de edição eu construí uma história sobre Marabá, sobre a minha relação com a cidade e baseada no livro de Barruel. Muita coisa eu não consegui incluir no filme, ficou fora da edição final. A experiência do que vivi ao fazer esse trabalho está muito reduzida no filme.

Como está o cinema documentário em Marabá?

Marcelo Barbalho – Não tenho dados concretos sobre essa questão. Também não tenho referências sobre como era a situação do documentário na cidade há dez anos, por exemplo. Mas percebo que neste momento há várias pessoas com interesse pelo cinema, incluindo o documentário, como um meio de retratar a região. Talvez existam alguns fatores que possam estar influenciando diretamente essa produção: jovens estudantes têm sido incentivados por seus professores a produzir, participar ou assistir documentários e há cerca de uma década existe um festival de cinema em Marabá que exibe filmes, boa parte deles documentários, dotados de forte carga política. Além disso, a presença dos editais tem auxiliado a produção audiovisual na região. É claro que ainda há muito o que evoluir. Mas a cidade vive uma pequena efervescência no campo do audiovisual. Eu me considero fruto desse cenário. É meu primeiro documentário, e que foi produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo, de Marabá.

SERVIÇO:

O QUÊ: Lançamento do documentário ‘Como estamos nós, Barruel’

ONDE: Galeria de Arte Vitória Barros (Novo Horizonte)

QUANDO: Quarta-feira, 2 de abril, às 19 horas

QUANTO: Entrada franca

Para mais informações:

Marcelo Barbalho: (85) 98802-0030 | leitebarbalho@gmail.com

 

Fonte: Vinícius Soares – Portal Debate  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 01/04/2025/14:40:59

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