Edmilson cobra o uso de força federal no Pará

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A população do Pará está condenada à morte.” A declaração é do deputado federal Edmilson Rodrigues (PSol-PA), feita ontem na tribuna da Câmara dos Deputados e transmitida pela Rede Câmara para todo o País. Edmilson denunciou que, apesar do aumento do número de assassinatos, inclusive de ocorrência de matanças que remetem a chacinas, o governador do Estado, Simão Jatene, se recusa a pedir apoio de forças federais, ao contrário do que acontece em outros Estados, como o Espírito Santo e o Rio de Janeiro, entre outros.

“É calamitosa a situação da Segurança Pública no Pará. A ação dos grupos de extermínio e os assassinatos em sequência nas periferias em vingança aos homicídios de policiais requerem o emprego de forças federais, o que não é admitido pelo governador Jatene”, acusou o parlamentar.

Ele destacou a recente chacina ocorrida em Abaetetuba, no nordeste do Pará, dando projeção nacional ao fato, que chocou a população local. Cinco pessoas foram executadas com tiros na nuca e outras quatro foram baleadas após o assassinato de um policial, na noite do dia 7 deste mês. “O Governo do Estado cruza os braços. O caos na área da segurança é profundo. Enquanto o governo (estadual) se nega a pedir apoio das forças federais, as mortes se avolumam e o crime paralelo se prolifera”, denunciou.

SÉRIE DE CHACINAS

“Uma série de chacinas vem ocorrendo no meu Estado. Já fiz aqui denúncia da existência de grupos de extermínio, em 2014, após a morte de um cabo que coordenava uma das milícias [Cabo Antônio Marcus Figueiredo, o Pet, da Polícia Militar], inclusive, tinha comandado a morte de dois chefes do narcotráfico. Como espécie de retaliação à morte do cabo, as milícias resolveram matar dez cidadãos inocentes”, ressaltou.

Edmilson Rodrigues também lembrou que, no fim de janeiro deste ano, 50 pessoas foram baleadas em Belém, resultando em 32 mortes. “Todos com sinais de execução, com pistola de uso exclusivo da polícia [crimes ocorridos após a morte do soldado Rafael da Costa, da PM]. Isso nos preocupa”, disse o parlamentar, referindo-se ao histórico de chacinas registrado em Belém.

No caso de Abaetetuba, ele lembrou que o município ganhou as manchetes da imprensa em todo o Brasil, no ano de 2007, quando descobriu-se que uma jovem de 14 anos foi mantida presa numa cela da delegacia, “junto a mais de 20 homens, quando sofreu violências sexuais. Isso envergonha a história do Pará”.

“A nossa querida Abaetetuba, terra da atriz Dira Paes e do poeta Paes Loureiro, terra linda de povo trabalhador e honesto, agora também demonstra a presença de grupos de extermínio e, novamente, após a morte de um policial, ocorreram vários assassinatos. Isso tem de ser investigado com firmeza. Quem usa uniforme não pode de forma alguma ter prática de bandido,” denunciou.

“Infelizmente, o Governo do Estado cruza os braços, e o caos, na área da segurança, é profundo. O baixo índice de resposta do Estado, seja na prevenção dos crimes, na apuração e na prisão dos criminosos confirma a falência da Segurança Pública na gestão de Simão Jatene”, criticou o deputado Edmilson Rodrigues.

CHACINA DE ABAETETUBA

Cinco pessoas foram mortas com sinais de execução, e outras quatro foram baleadas mas sobreviveram, no município de Abaetetuba, no nordeste paraense. Os crimes aconteceram horas após o assassinato do policial militar Sérgio Augusto Miranda Margalho, de 55 anos.

Os crimes foram registrados entre as 21h30 e as 23h25, em diferentes bairros do município, e, segundo testemunhas, os autores dos disparos seriam de três e quatro homens encapuzados em motocicletas.

A perícia do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que os quatro assassinatos têm características de execução. A onda de crimes no município aconteceu menos de um mês depois da maior chacina já registrada em Belém, quando 32 pessoas foram mortas. Ninguém foi preso em nenhum dos casos.

Fonte: DOL.
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