Eduardo Braga diz que impeachment é político e defende Dilma.

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Foto: O Globo-Ministro do PMDB diz que o partido no Senado ainda não fechou questão sobre o tema

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, indicado pela bancada do PMDB no Senado, disse nesta terça-feira que não é recomendável o processo de impedimento de um presidente da República por razões políticas, sem a existência de um crime. Ele ainda anunciou que sua suplente na cadeira do Senado pelo Amazonas, a sua esposa Sandra Braga, votará contra o impeachment, se o processo avançar, defendendo a presidente Dilma Rousseff.

— Minha história política é de coerência. Estou fiel ao compromisso que assumi com o país quanto cheguei ao ministério, em um momento crítico para o setor elétrico. Minha questão é muito maior que a questão partidária — disse Braga, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

Para Braga, um processo de impeachment político é ruim para o país, ainda mais por ser o segundo processo em 31 anos de retomada da democracia – referindo-se ao impedimento do ex-presidente Fernando Collor. Ele reconheceu, porém, que o desafio atual que se apresenta no país exige alguns “remédios amargos”.

— O sistema político brasileiro está em xeque — reconheceu.

Segundo ele, o PMDB no Senado ainda não fechou questão em relação a como votará sobre o impeachment, se o processo for aprovado pela Câmara dos Deputados neste domingo. A maior parte dos deputados do PMDB devem votar contra Dilma e expoentes do partido no Senado, como o atual presidente do partido, Romero Jucá, vêm atuando em favor do impeachment.

Braga lembrou hoje, porém, que, em sua origem, o PMDB era uma frente ampla em que “sempre se admitiu divergências”. Para ele, as questões do ministério neste momento se impõem.

— Seja qual for o resultado de domingo, na segunda-feira as coisas vão continuar funcionando e teremos um longo período a caminhar — disse Braga, em coletiva que foi uma espécie de balanço do seu período de um ano e quatro meses à frente da Pasta, como indicado do PMDB do Senado.

O senador licenciado pelo Amazonas disse que o ambiente apropriado para a eventual decisão do Congresso pela retirada da presidente seria a criação de uma Constituinte exclusiva para deliberar sobre uma emenda. Ele lembrou, porém, que Dilma fez proposta similar em 2013, que foi rejeitada pelos parlamentares.

Braga não quis comentar a avaliação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que avalia processo já deliberado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), que poderá vir a alterar o resultado das últimas eleições para governador, em que Braga foi derrotado. O processo poderá alçá-lo ao governo do estado.

— O governo do Amazonas não depende da minha vontade, mas de o TSE avaliar a decisão do TRE. O que posso dizer é que tenho dever de gratidão e compromisso com o meu estado — disse Braga.

Por O Globo
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