Em coletiva na Rússia, FIA dá detalhes sobre acidente de Bianchi no Japão

FIA descarta falha mecânica e diz que ainda não pode precisar velocidade do impacto

A FIA revelou nesta sexta-feira mais detalhes sobre o gravíssimo acidente de Jules Bianchino GP do Japão. Em uma coletiva de imprensa realizada em Sochi, palco do GP da Rússia, o diretor de corridas da entidade, Charlie Whiting, apresentou aos jornalistas imagens dos minutos que antecederam a batida do piloto francês em um guindaste. Segundo o dirigente, a análise inicial das cenas descartou a hipótese de que uma falha mecânica tenha causado o episódio.

As imagens, obtidas por meio de câmeras posicionadas em direção à curva 7, permitem estabelecer uma cronologia nas circunstâncias que levaram ao grave acidente. Tudo começa quando Adrian Sutil perde o controle de sua Sauber em um trecho com bastante acúmulo de água da chuva e roda. O alemão acerta a barreira de pneus, e os comissários posicionados perto do local passam a agitar as bandeiras amarelas.

Na volta seguinte, Bianchi atinge o mesmo trecho com água acumulada. Mas, em vez de rodar, o francês tenta manter a direção e acaba escapando da pista em linha reta, com direção ao guindaste que estava trabalhando no rebocamento do carro de Sutil. De acorco com Whiting, ainda não é possível precisar qual é a velocidade do piloto da Marussia no momento do acidente.

– Você pode ver Jules fazendo algo semelhante a Sutil. Ele atinge a água, mas há uma pequena diferença. Ele não gira, como Adrian fez. Ele corrige a perde o controle em uma trajetória um pouco diferente. É um pouco cedo demais para obter todos os dados corretos do carros. Os dados do GPS são os únicos confiáveis, mas não é uma boa ideia analisá-los até que as investigações apropriadas sejam concluídas – afirmou o dirigente.

Em relação a uma das imagens mais polêmicas do acidente, que mostra os fiscais agitando a bandeira verde próximo ao local da batida de Sutil no momento da colisão de Bianchi,  Whiting disse que a organização da prova agiu corretamente. Segundo o dirigente, a bandeira verde foi agitada porque não havia riscos de segurança nos trechos próximos à localização do guindaste.

O diretor de provas da FIA também rejeitou que a aproximação do anoitecer teria impedido o acionamento do safety car, e rebateu as acusações do brasileiro Felipe Massa, que declarou que estava “gritando pelo rádio” para alertar sobre as péssimas condições de visibilidade e estabilidade da pista.

– Isso não é totalmente verdade. Eu não acho que ele estava gritando. “As condições da pista estão piorando”, foi a única coisa que ele realmente disse. Eu pessoalmente não acho que ele gritou. Mas nós não ouvimos todos os pilotos. Cabe às equipes nos dizer coisas importantes que nós deveremos saber – disse Whiting.

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Bianchi continua internado em estado crítico no Hospital Geral de Mie, próximo ao circuito de Suzuka. Em homenagem ao francês, a Marussia montou o carro do piloto em Sochi e o deixará exposto na garagem ao longo de todo o fim de semana. Com isso, o time correrá apenas com o inglês Max Chilton, mesmo tendo inscrito o americano Alexander Rossi como eventual substituto de Bianchi.

Fonte: Globo Esporte.

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